Cientistas podem ter descoberto tratamento para o Alzheimer

Por , em 18.05.2015

Adotando uma nova abordagem, os cientistas do The Scripps Research Institute (TSRI), nos EUA, descobriram alguns detalhes surpreendentes sobre um grupo de compostos que têm mostrado um potencial significativo em estimular o crescimento de células cerebrais e restaurar a memória em modelos animais que imitam o mal de Alzheimer.

Os novos estudos apontam para direções promissoras usando uma estratégia terapêutica já conhecida para o combater a doença, que afeta 35,6 milhões de pessoas no mundo todo, 1,2 milhões só no Brasil.

Este novo estudo baseia-se em achados anteriores dos professores Courtney Miller e Gavin Rumbaugh, nos quais os dois pesquisadores demonstraram o potencial de resgate da memória através da inibição das histonas deacetilases (HDAC), uma família de enzimas de sinalização que agem como interruptores moleculares. As mutações em genes de HDAC foram associadas a problemas de saúde, incluindo câncer, doenças inflamatórias e auto-imunes, distúrbios metabólicos e perda de função de memória.

Nova abordagem

No estudo atual, a equipe usou inibidores inicialmente desenvolvidos pelo professor Joel Gottesfeld, um biólogo molecular em La Jolla, na Califórnia e, posteriormente, pela empresa de biotecnologia Repligen Corporation, para atacar mais de uma forma de HDAC de classe 1 ao mesmo tempo em um modelo do mal de Alzheimer em ratos.

“Queríamos descobrir quais inibidores eram os mais seletivos e mais eficazes em restaurar a função de memória”, disse Miller. “Descobrimos que a chave para a restauração das memórias foi o crescimento de novas sinapses (sinaptogênese), o que exigiu a inibição simultânea de múltiplos HDACs”.

“Nós encontramos evidências de que um melhor crescimento de sinapses está associado com a inibição menos específica de HDACs classe 1”, acrescenta Rumbaugh. “Houve uma correlação clara entre o surgimento de sinapses – que pode conduzir a uma melhora da rede de energia – e a restauração de memória pelos diferentes inibidores de HDAC”.

Curiosamente, a memória não foi aumentada em animais normais através deste tratamento, o que sugere que um cérebro doente responde a estes compostos de forma diferente do que um cérebro saudável. [MedicalXpress]

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