Como a Antártica ficou tão fria?
Nós conhecemos a Antártica apenas como um continente completamente gelado. Mas se você acha que ela sempre foi assim, a história não é bem essa. Uma nova pesquisa descobriu que a Antártica se tornou o que é hoje por esfriamento progressivo, ao longo dos últimos 37 milhões anos.
A Antártica já foi muito mais quente do que agora: pouco antes de 40 milhões de anos, o continente foi o lar de uma vegetação diversificada, com temperaturas médias entre menos 1 e 10 graus Celsius.
Para saber quando o continente começou a esfriar, os cientistas coletaram dados sísmicos e perfuraram solos do local até mais de 30 metros durante dois cruzeiros na área norte da Península Antártica.
A tarefa nem sempre foi fácil. Muitas vezes, os pesquisadores gastaram muito tempo baixando os tubos de perfuração no fundo do mar só para descobrir um iceberg e ter que puxar o tubo de volta e mudar de local.
Em seguida, eles reconstruíram o clima da região e a história da vegetação através da análise de esporos e pólen fossilizados, restos de organismos marinhos e areia.
Os materiais depositados nos sedimentos viram camadas e, portanto, podem ficar presos a pontos específicos no tempo, se essas camadas não forem perturbadas.
Os cientistas descobriram que 37 a 34 milhões de anos atrás, a redução da concentração de dióxido de carbono na atmosfera coincidiu com uma maior formação de montanhas de geleira.
De 34 a 23 milhões de anos atrás, a vegetação consistia principalmente de florestas e tundra, dominadas por coníferas e faias do sul. “Pedaços” limitados dessa tundra ainda estavam presentes até 12,8 milhões de anos atrás – ou seja, a longa transição de uma região de clima temperado para congelado continua até quase o presente.
Os cientistas já suspeitavam que o resfriamento do clima na Antártida tinha sido gradual. No entanto, estudos recentes tinham sugerido um resfriamento muito mais abrupto e uma glaciação associada, devido à rápida baixa de dióxido de carbono no final do Eoceno (34 milhões de anos atrás).
Agora, os novos resultados, apesar de suportarem a teoria da refrigeração, também indicam que o fim do clima da Antártida foi gradual, e que o início das condições glaciais plenas e a evolução da camada de gelo na Península Antártica ocorreram ao longo de muitos milhões de anos.
Os cientistas acreditam que a abertura gradual das passagens do oceano ao redor da Antártica, o que isolou o continente, ajuda a explicar por que ele resfriou progressivamente. Essas passagens resultam em correntes que fluem em torno da Antártica, perturbando correntes oceânicas que normalmente transportariam calor em direção ao Polo Sul.
E há ainda um alerta: esse resfriamento progressivo contrasta com a tendência de rápido aquecimento da Península Antártica, vista por pelo menos meio século.
Segundo os pesquisadores, é importante colocar a mudança climática atual no contexto da mudança natural. O fato é que a mudança do clima na Península Antártida ao longo das últimas décadas é sem precedentes em termos de taxa e extensão geográfica, e isso suporta outras evidências, como a atual taxa sem precedentes do aumento do nível do mar, de que os seres humanos estão significativamente alterando o clima da Terra.[OurAmazingPlanet]
6 comentários
Ainda que o CO2 seja um gás do efeito estufa, seu efeito é superestimado. A concentração de CO2 na atmosfera é de 0,0038 da composição total da atmosfera. O vapor d’água presente na atmosfera é infinitamente mais poderoso, sendo responsável por mais de 90% do efeito estufa.
Portanto, se a concentração de CO2 dobrar devido às emissões antrópicas, o aumento de sua massa molecular seria ínfimo, de 0,038 % para 0,076 %, e sua contribuição para a temperatura desprezível, impossível de ser detectada com a instrumentação disponível atualmente.
Lembrando-se que no Período quente Medieval, por volta do ano 1.000 d.c, a temperatura era bem superior à atual, havia até plantações na Groelândia, que atualmente é coberta de gelo, e naquela época não havia as emissões antropogênicas de CO2.
O Comercial explica que é por causa do novo processo de fabricação e quem bebe ainda grita GELAAAAAAAAAAAAAAAAAAADAAA
Correwto, somente com uma ressalva, não foi por conta da diminuição do carbono abrupta que diminuiu-se a temperatura e sim por conta da diminuição abrupta da temperatura que diminuiu-se o carbono, por conta da absorção promovida pelo oceano deste elemento em mais baixas temperaturas.
O CO² não consegue dirigir o clima da terra, e sim o sol que o faz
Dêem uma olhada nesse artigo e vão ver que o CO² não consegue “controlar” o clima: http://www6.cptec.inpe.br/revclima/revista/pdf/Artigo_Aquecimento_0805.pdf
e esse artigo também: “The great global warming swindle”
e esse link também fala sobre o CO²: http://betoorcy.blogspot.com/2010/01/entrevista-com-luis-carlos-molion.html
Ao contrário, o gás carbônico é um dos gases de efeito estufa. A redução do mesmo na atmosfera reduz o efeito estufa, o que vai resultar em um resfriamento do planeta.