Como a internet salvou a vida deste homem

Por , em 14.05.2012

Em apenas alguns meses, Bear Silber passou de um jovem atleta para uma pessoa sedentária, sem energia e disposição. Ele conta que até para subir um lance de escadas tinha que parar e descansar, para então continuar. Ele ganhou muitos quilos e não queria mais sair em público. Nos últimos dois anos, esses sintomas pioraram, e mesmo fazendo todos os tipos de exames, seu médico não conseguia descobrir o que havia de errado.

Silber perdeu a esperança de que um diagnóstico seria feito. Até que, em uma noite de sábado, enquanto se distraía com a internet, se deparou com um comentário que mudou tudo, e salvou sua vida. Ele relembra que se arrepiou ao notar uma foto de um homem obeso e deformado, em que a legenda dizia: “Como é possível ficar nessa forma?”:

Síndrome de Cushing

“Alguém colocou a foto de brincadeira, mas eu não tinha dúvida que eu ficaria como aquele homem se não conseguisse ajuda”, conta. Silber leu rapidamente todos os comentários que foram feitos sobre a foto, e percebeu que alguns sugeriam que o homem fotografado teria Síndrome de Cushing. Depois de fazer algumas pesquisas sobre a síndrome na internet, percebeu que seus estranhos sintomas se encaixavam perfeitamente com a descrição da doença.

“Eu imprimi o que encontrei e levei para meu médico ver. Ele deu risada e disse que odiava a internet e como os pacientes se autodiagnosticavam. Ele disse que de jeito nenhum eu teria a Síndrome de Cushing”, lembra Silber.

Frustrado, procurou outro médico, que o encaminhou para um especialista. Ele conta que no momento em que o especialista olhou para ele, já sabia que era Síndrome de Cushing. Alguns meses depois, ele passou por cirurgia para retirar um pequeno tumor de sua glândula adrenal. Assim, seu corpo voltou a produzir a quantidade correta do hormônio do estresse, o cortisol, que deixou de provocar o acúmulo de gordura em seu corpo. Ele já se sente muito melhor. [DigitalLife]

8 comentários

  • Gabriel Medeiros:

    Dumb Doctors against Smart Doctors… ^^

  • Luiz Carlos Júnior:

    Acabei de ver no NATGEO um documentário a qual é informado sobre este síndrome.

    • Luiz Carlos Júnior:

      esta* síndrome.

  • coitado:

    Quando um paciente apresenta um possível diagnóstico para um médico a tendência é ele ridicularizar o paciente para aumentar o seu ego ridículo e elevado nas nuvens, os médicos reclamam do sus, reclamam dos planos de saúde mas eu geralmente preciso ir em 3, até mais médicos até conseguir um diagnóstico satisfatório e isso por que eu já chego falando: -olha já estive em mais médicos e cada um me disse tal coisa… se não o último ignorante tbm não saberia ta feia a coisa nessa classe…

  • D. R.:

    É verdade, se tem coisa que médico detesta é você dizer que pesquisou sua doença na internet. Deve ser o medo de perder a ‘boquinha’!

    Com o acesso livre à informação proporcionado pela internet, está casa vez mais difícil ser o “dono da verdade”; seja para os governantes, para os padres e pastores, para os médicos, para os professores, etc.

  • arturfreddy:

    É fato que hoje em dia procurar por ajuda na internet é sim uma alternativa para quem precisa.
    As vezes dá a impressão de que os médicos sentem-se enciumados ou constrangidos pelo fato de seus pacientes procurarem por si só uma explicação na internet para algo que os próprios médicos não estejam conseguindo resolver.
    Os médicos, e outros profissionais, precisam aprender a compartilhar o que sabem e aceitar que não sabem tudo.

  • Andhros:

    Antes de ir ao médico, pesquiso em várias fontes a respeito os sintomas. Chego para a consulta com uma boa ideia do que pode ser, ou que exame deve ser necessário para saber.

    O objetivo não é substituir o profissional, nem tomar qualquer medida baseada em auto-diagnóstico, como se auto-medicar. É se informar e ser capaz de discutir o problema com o médico e poder argumentar. E, ainda, reconhecer divergências em relação ao que você se informou e pedir explicações.

    Muita gente já recebeu um diagnóstico de “não é nada não” e depois de insistir com outro médico, foi diagnosticado com um problema.
    Já aconteceu, como no artigo, de me encontrar mais consciente sobre o meu problema do que o médico ou dentista em questão. Tanto que os próximos médicos discordaram do anterior e o dentista, depois, mudou de opinião. E eles dão aquele sermãozinho mesmo…

    Seres humanos erram por vários motivos, mas quando o que está em jogo é a sua saúde, acho melhor não contar com a sorte!

  • Paulo Eduardo:

    As pessoas que usufruem a internet para coletar informações tendem a saber melhor para prever e poder fazer algo a respeito do seu problema, è como diz uma frase de Comte:

    “Saber para prever a fim de poder”

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