É por isso que você nunca deve estourar suas espinhas

Por , em 9.08.2017

O que, exatamente, tem dentro de uma espinha? A resposta é pior do que você imagina. Aquele pus branco amarelado é um coquetel de bactérias, células de pele morta, células brancas de defesa e sebo. Tudo isso junto é a receita perfeita para uma infecção.

Em cada poro da pele há pequenas bolsas chamadas glândulas sebáceas. Elas produzem o sebo que lubrifica os pelos e cabelos do corpo todo, mesmo os mais fininhos e invisíveis a olho nu. O problema é que o sebo também é uma fonte de energia para um tipo de bactéria chamada Propionibacterium acnes que vive em harmonia na pele de todo mundo, sem causar grandes problemas.

Os problemas de acne surgem quando as glândulas sebáceas começam a produzir um excesso de sebo, normalmente na puberdade. Esse sebo extra pode entupir os poros, que viram um banquete para as bactérias. Com aumento na oferta de alimento, essas bactérias também aumentam de forma descontrolada.

Isso faz com que o sistema de defesa do corpo fique em alerta, identificando a infestação de bactérias como uma ameaça. Para resolver o problema, o corpo envia células brancas para a área, para lutar contra o aglomerado de bactérias. Como resultado, a área fica inflamada, e a superfície da pele fica inchada e avermelhada.

Tentar espremer a espinha abre um canal de comunicação entre a área infectada e seus dedos. Com os dedos contaminados, você acaba piorando outras áreas da pele que originalmente estavam calmas, e bactérias novas que já estavam nos seus dedos acabam entrando na pequena ferida da espinha, piorando a infecção.

Então da próxima vez que bater uma vontade de dar “só uma espremidinha” naquela espinha, lembre-se de que ela é uma barragem natural para conter as bactérias isoladas naquele ponto, sem infectar novos poros.

Dermatologistas e esteticistas bem treinados podem fazer a limpeza de pele de forma segura. Para começar, eles usam luvas e materiais esterilizados, além de produtos e técnicas que permitem a extração de forma menos traumática para a pele. A melhor opção, se possível, é deixar as espinhas para os profissionais.

Se o caso for sério, é necessário consultar um dermatologista, que poderá indicar um tratamento adequado como antibióticos específicos ou até medicamentos mais fortes. [Business Insider]

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