Casal emociona e diverte a internet com postagem fofa no dia em que conseguiram adotar um filho

Por , em 17.05.2019

O dia 17 de maio é muito importante para a luta contra o preconceito. Nesta data, é celebrado o Dia Mundial Contra a Homofobia, em alusão à retirada da homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), atitude tomada em 17 de maio de 1990. Para celebrar essa data, nada melhor do que uma notícia positiva, importante e muito fofa. O portal Bored Panda entrou em contato com dois pais que viralizaram na internet ao publicar a foto acima (abaixo, a parte das costas, com os dizeres “hoje eu me tornei um pai” na camisa dos homens e “hoje eu tenho dois pais” na camisa do menino) quando conseguiram adotar seu primeiro filho para conversar sobre os obstáculos que eles tiveram que superar para conseguir adotar uma criança e superar a homofobia.

Pesquisa mostra que o cérebro de pais gays age como o de um pai e o de uma mãe ao mesmo tempo

Abaixo está o que um dos pais, chamado Paul, contou:

“Gregg e eu nos conhecemos em outubro de 2012 e nosso primeiro encontro foi um jantar e um filme. Após cerca de 3 meses de namoro, mudei-me para Rhode Island para morar com Gregg em sua casa. Ao longo dos meses seguintes, falamos sobre o quanto ambos queríamos um filho e a paternidade, ambos incrivelmente nervosos sobre se tínhamos o que era necessário para ser pais. Nós conversamos longamente sobre barriga de aluguel. Fizemos uma pequena pesquisa sobre o processo e descobrimos que o processo completo custava de 75 a 150 mil dólares. Nós dois decidimos que, em vez de fazer isso, poderíamos pegar o mesmo dinheiro e tornar incrível a vida de uma criança

“Descobrimos que Rhode Island estava executando um programa piloto chamado Torne-se uma âncora. Era um caminho rápido para as pessoas que desejavam adotar. Em um fim de semana, poderíamos concluir todas as aulas necessárias. Foi brutal! Nós começamos em uma noite de sexta-feira, nos registramos em um hotel em Providence, e, como 300 outras pessoas, estávamos em classes durante 6 horas na sexta-feira pela noite, 12 horas no sábado e 8 horas no domingo. Aprendemos tudo o que podíamos sobre as leis estaduais, o processo, as estruturas de apoio, etc. Rimos, choramos muito ouvindo as histórias de outras crianças e conhecemos pessoas incríveis. Depois disso, programamos nossas inspeções de incêndio e residência e escolhemos uma agência de adoção. Depois do que parecia ser uma montanha de papelada e obstáculos, finalmente fomos liberados para adoção”.


Porque os casais homossexuais podem ser os melhores pais

Paul contou ao Bored Panda que o que foi mais perturbador para eles foi o fato de que a agência combinou os dois com cinco crianças que, segundo a agência, eram as mais adequadas para a família que eles pretendiam iniciar, e lhes disse para escolher entre elas. “Nós nos sentimos surreais diante da escolha, como se estivéssemos escolhendo um cachorro ou um gato. Foi um pouco perturbador pensar que foi assim que funcionou. A primeira criança era Gavin. Ele tinha uma história difícil de abuso. Ele tinha TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), ODD (Transtorno Desafiador de Oposição) e TEPT (Transtorno de Estresse Pós Traumático). Disseram-nos desde o início que ele seria a criança mais difícil e exigiria mais tempo, atenção e paciência. Fomos então apresentados a todos a informações das crianças restantes. Mesmo agora, eu não acho que poderíamos dizer o que era. Algo sobre a história de Gavin falou comigo, ficou preso na minha cabeça e eu não consegui tirar”.

Gavin então foi adotado, e a foto com as camisetas fazendo alusão ao clássico Rei Leão tornaram a história dessa família um exemplo para o mundo. Paul diz que ficou chocado com todos os comentários positivos que eles receberam: “Chocado, enamorado, humilde e orgulhoso. Fizemos as camisas porque achávamos que elas eram engraçadas e fofas. Vários familiares e amigos apareceram durante a adoção e estávamos indo para a Disney logo em seguida, então imaginamos por que não ter um pouco de diversão. Eu nunca em um milhão de anos teria pensado que teria alguma atenção e nunca esperei que fosse além do nosso círculo de amigos”.


25 pessoas contam quando decidiram “virar” gays

Comentários recheados de homofobia também apareceram, como era de se esperar, mas Paul prefere tirar uma mensagem positiva do episódio – com ou sem homofobia. “Tivemos nossa quantia de comentários estranhos, coisas ofensivas e odiosas que vão desde ele não crescerá normal, ele vai ser perseguido, e francamente posts perturbadores que eu não vou repetir. Nada mudaria o que estamos fazendo e fizemos a esse respeito e eu tenho muito amor em pensar que talvez alguma criança que está lutando com sua sexualidade ou tenha pais do mesmo sexo veja isso como algo que é possível, algo que é aceitável e não há nada do que se envergonhar”. [Bored Panda]

Deixe seu comentário!