Estudo diz que ejaculação precoce não precisa de tratamento

Por , em 10.11.2015

Sofre com ejaculação precoce e acha que possui um grande problema?

Temos uma boa notícia para você: de acordo com uma nova revisão de estudos publicada na revista científica Clinical Anatomy, a ejaculação precoce não deve ser classificada como uma disfunção sexual masculina.

Em outras palavras, não é uma doença e não precisa ser tratada com remédios.

Segundo os autores da revisão, a ejaculação precoce é mais bem descrita como “uma doença construída por especialistas em medicina sexual sob a influência de empresas farmacêuticas”.

Ejaculação precoce é normal

O termo “ejaculação prematura ou precoce” foi utilizado pela primeira vez em 1915. Por muito tempo, tem sido associado com problemas psicológicos. Outros pesquisadores médicos sugerem que há uma ligação entre EP e genética.

Os pesquisadores da nova revisão não concordam. Eles afirmam que os casais não devem se envergonhar da ejaculação precoce e podem encontrar maneiras naturais de contornar o problema.

Eles também dizem que a ejaculação precoce é uma ocorrência natural, especialmente entre homens mais jovens, e que as pessoas afetadas podem aprender a controlar sua resposta à estimulação sem recurso a quaisquer remédios ou terapias.

“Urologistas, sexólogos e especialistas em medicina sexual devem reconhecer que EP é realmente normal em adolescentes do sexo masculino, principalmente durante os seus primeiros encontros sexuais”, diz o relatório.

Mitos sobre o sexo

Os cientistas ainda apontam que as falsas suposições sobre a relação sexual não ajudam a dissipar a ideia de que a ejaculação precoce é uma doença a ser tratada.

“É importante para os homens entenderem que a fisiologia da ejaculação e o orgasmo não são prejudicados pela ejaculação precoce, e que ela é normal em adolescentes do sexo masculino”, disse um dos coautores da revisão, Vincenzo Puppo. “Os adolescentes e os homens podem compreender a sua resposta sexual durante a masturbação e aprender controle ejaculatório sem terapia medicamentosa”.

Além disso, os pesquisadores dizem que a relação sexual pênis-vaginal não é importante para o orgasmo da mulher, por isso, nesse aspecto, não importa quanto tempo o sexo dura.

“Em todas as mulheres, o orgasmo é sempre possível se os órgãos eréteis femininos são efetivamente estimulados, seja durante a masturbação, sexo oral, antes e após a ejaculação masculina, ou durante a relação sexual vaginal se o clitóris é simplesmente estimulado com um dedo”, afirma outra coautora do estudo, Giulia Puppo, que é filha de Vincenzo.

Fique calmo, você não está sozinho

Estatísticas confiáveis sobre ejaculação precoce são difíceis de encontrar, visto que muitos homens podem mentir sobre sua verdadeira situação sexual, mas estima-se que um em cada três homens experimentem ejaculação precoce durante o sexo.

Isso significa que o novo relatório pode gerar um grande interesse, especialmente já que conclui que pílulas e cirurgia não são necessárias para ajudar homens a durar mais tempo na cama. [ScienceAlert]

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