Nova tecnologia permite que o espectador escolha o fim do filme através de suas emoções

Por , em 19.04.2011

Você rezou para Jack, interpretado por Leonardo DiCaprio, e Rose, interpretada por Kate Winslet, viverem felizes para sempre em “Titanic”?

Você desejou que o mocinho não morresse, que o vilão fosse preso, que a mocinha beijasse o mocinho em todos os filmes que já assistiu até hoje? E ficou extremamente bravo ou chateado quando isso não aconteceu?

Você pode ter a chance de assistir um novo Titanic onde ninguém morre. Uma nova tecnologia permitirá que os espectadores de cinema controlem a evolução do roteiro através do poder da emoção.

O sistema Myndplay usa um fone de ouvido para captar os padrões de ondas cerebrais associadas com diferentes estados de espírito. Com base nas leituras desse sistema, o filme pode tomar direções diferentes a vários finais possíveis.

As interações entre os bilhões de neurônios no cérebro humano geram minúsculos sinais elétricos. Diferentes estados de espírito ou tipos de pensamento criam padrões elétricos específicos que podem ser pegos com sensores de eletroencefalograma (EEG).

O espectador assume o papel de protagonista. Ele pode ver resultados positivos para a sua personagem se alcançar altos níveis de concentração mental ou relaxamento em momentos chaves do roteiro, medidos por esse sensor de atividade elétrica no cérebro.

Segundo seus criadores, o método chega a um nível de interatividade do vídeo nunca visto antes; o espectador escolhe quem vive ou morre, se o mocinho ou o bandido ganha, etc.

A experiência é um meio-termo entre assistir um filme e jogar videogame. O Myndplay foi lançado em Birmingham, Reino Unido, no dia 13 de abril, junto com três novos curtas-metragens interativos sobre um assassino, um assalto a banco que dá errado e outro baseado em personagens da mitologia gaélica com poderes sobrenaturais.

Os primeiros curtas-metragens interativos já estão disponíveis para assistir em computadores, mas é necessário ter os fones de ouvido (que custam cerca de 205 reais) e o player de vídeo Myndplay, que é um software grátis.

“Paranormal Mynd” é um filme de terror, no qual o espectador assume o papel de um exorcista contratado para expulsar um demônio de uma mulher possuída, enquanto no filme gangster “Bullet Dodger” o protagonista deve ficar calmo para evitar um fim de uma série de confrontos no submundo de Londres.

Os filmes interativos são vendidos online, e custam entre 2,57 e 7,79 reais. Outras aplicações dos criadores incluem um jogo de tiro com arco e um instrumento de meditação, e outros jogos baseados em esportes, como boliche e golfe.

O fone de ouvido EEG utilizado no sistema de vídeo interativo foi desenvolvido e lançado pela empresa californiana NeuroSky no mês passado, principalmente para jogos e aplicações educacionais. [NewScientist]

15 comentários

  • Gilmar Costa:

    eu mudaria todo o roteiro do filme do spilberg acho esse diretor muito infantil, faz filmes pra babacas ou lesados assistirem

  • Ananias:

    duvido que aconteça isso e se acontecer vai demora muito tempo!isso é protótipo ainda.

  • Vander Port:

    Vocês já imaginaram como seria um filme pornô, o telespectador escolheria se o cara transaria ou não.

  • pedro:

    a piada do filme está em não sabermos como ele vai se desenrolar e terminar. Qual a graça de as coisas correrem sempre como queremos? Cientistas parabéns aí e tal!

  • samuel:

    nossa gente que invensão louca é essa? aqui ponto a tecnologia chegou? como pode fazer isso ,como posso inventar um final feliz se os atores do filme morreram ou não teve final feliz!é de imprecionar mesmo!!!!!!!!!!!

  • Christian:

    Que graça teria assistir um filme que o final já sabemos?

    • Alex:

      bom, pelo que entendi, não iremos saber exatamente como sera o filme, as emoções iram leva o roteiro par uma direção da qual te agrade mais

  • Lucas:

    vou assistir alien vs predador de novo e ver os aliens exterminarem os predadores e humanos.

    Sim, até eu cai nesse truque, com essa tecnologia, os filmes deixaram de nos surpreender.

  • Pedro Vaz_De_Angola:

    Aih Natasha, que noticia inovadora que vc trouxe pra gente. Mas esse negócio só funciona com filmes? Se for para Videogames nem adianta, assim todo mundo vai querer ganhar sempre

  • Sasse:

    Acho que não podemos pensar nesse tipo de tecnologia como um substituto do cinema tradicional, mas sim como uma nova forma de interação com a arte. Afinal já cansaram de prever o apocalipse dos livros e eles continuam aí. As novas formas de tecnologia nos permitem novas formas ver e lidar com o mundo e usado da maneira correta é positivo para a sociedade.

  • Murilo:

    se isso for realmente verdade, seria incrivel poder ter o final desejado durante todo o filme 😀

  • Cesar:

    E assim o cinema deixa de ser uma arte que faz pensar e refletir, e passa a ser apenas entretenimento alienante, onde tudo que a gente quer que aconteça, acontece, e não há uma mensagem no filme, não há nada a ensinar, é só distração e alienação.

  • EP:

    Obrigado, Eduardo, por me contar o final de um filme que eu não assisti. FUUUUUU.

    Se eu usasse essa tecnologia, agora ela recomendaria para mim um filme de drama, um drama bem drama mesmo.

  • eduardo:

    Desde que eu vi na internet pela primeira vez essa tecnologia da neurosky eu fico ansioso pra poder usar algum dia…
    Infelizmente o preço ainda tá muito salgado e a tecnologia ainda não é muito disseminada…
    Agora, qnt a essa nova maneira de usar o capacete eu acho que não daria muito certo… as pessoas, apesar de ficarem chateadas qnd o mocinho morre no final, na verdade gostam de novidade… o cérebro precisa disso… ficaria meio monótono pq o espectador de alguma maneira já saberia o final do filme…
    Por exemplo, eu fikei bolado qnd Leônidas e todos os seus 300 morreram… mas a graça está aí… o final trágico foi um tocante, foi um ato heroico pra ser lembrado…

    Acho que a equipe que desenvolveu essa tecnologia deveria se concentrar em aplicar isso de outras formas…

  • lucas xavier:

    Que fantástico, isso me lembra “I- Doser”

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