Novo teste de DNA rápido pode ajudar a medicina

Por , em 15.06.2011

Hoje em dia, testes genéticos são cada vez mais usados para ajudar os médicos a receitar medicamentos com mais precisão, entre outras funções. Já a análise do DNA não evoluiu tão rápido quanto sua utilidade: continua sendo um processo longo e caro.

Agora, um novo tipo de máquina que usa o DNA de um circuito integrado pode analisá-lo em poucas horas.

Além de outros cientistas escoceses, o professor David Cumming está envolvido na pesquisa, por desenvolver um microchip, atualmente utilizado pela empresa de biotecnologia Life Technologies em uma nova máquina, que pode demorar apenas duas horas para sequenciar DNA.

“Um dos objetivos da pesquisa é fazer com que o sequenciamento de DNA seja muito mais barato do que é hoje. Se ele fica mais barato ou se seu uso se torna mais abrangente, podemos vê-lo até mesmo na prática geral”, diz Cumming.

Dessa forma, o futuro pode esperar sequenciadores de DNA rápidos e baratos que poderão ser comuns em cirurgias e clínicas. Por exemplo, David Cumming afirma que a análise do DNA pode ajudar a acelerar o tratamento de infecções bacterianas.

A técnica foi usada para identificar a estirpe rara de E. coli que infectou mais de 3.000 pessoas na Alemanha; foi a primeira vez em que o genoma foi usado para identificar características de uma bactéria durante um surto de doença.

“Se alguém se apresenta com um determinado tipo de infecção bacteriana, podemos encontrar a sequência do DNA da bactéria e, em seguida, escolher um antibiótico especialmente orientado para esse tipo de bactéria, ao invés de apenas dar um antibiótico de largo espectro”, explica Cumming.

Outros especialistas concordam. “No futuro, um teste de DNA será muito mais poderoso e vai lhe dar muito mais informação do que atualmente”, diz o dono de um laboratório, Lee Murphy. “Eu acho que o poder desses testes genéticos vão determinar com quais medicamentos você será tratado e em que dosagem, determinados pela sua genética e quão bem você metaboliza drogas”, complementa.[BBC]

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