O futuro dos computadores: mais finos que papéis

Por , em 31.07.2011

Cada vez mais, os notebooks, PCs e outros dispositivos ficam mais finos, tanto que podem passar por debaixo de uma porta.

Claro que isso não é nenhuma surpresa: temos visto os computadores “emagrecerem” desde as primeiras invenções, dos gigantes do tamanho de uma sala até a introdução dos primeiros PCs nas décadas que se seguiram.

Mas, por um tempo, foram adicionados constantemente recursos nos notebooks e PCs, como espaço em disco rígido, drives óticos, cartões de memória, etc.

Agora, conforme o armazenamento migra para servidores online, e a mídia e os downloads ficam mais atrativos e prováveis em relação a um disco de DVD, muitos desses recursos estão diminuindo ou sendo vetados totalmente.

Conclusão: os consumidores estão favorecendo tamanho e portabilidade, ao invés de uma máquina pesada “faz de tudo”.

Os especialistas confirmam que tamanho certamente será um importante fator quando o consumidor for comprar seu próximo PC ou notebook.

Sendo assim, nos últimos anos, temos visto computadores ultraportáteis, como o MacBook Air, da Apple, que vem sem unidade ótica a fim de manter sua silhueta fina. O mesmo ocorre com o Mac Mini, que também perdeu o drive ótico em sua última iteração. E, agora, surgiram boatos de que a Apple está trabalhando em notebooks ultrafinos, de 15 e 17 polegas, que devem chegar ao mercado até o fim do ano.

Outra tendência observada é o favorecimento do armazenamento flash, em unidades de estado sólido, um tipo de dispositivo sem partes móveis para armazenamento não volátil de dados digitais, ao invés dos conhecidos drives de disco rígido (HDs), mais espessos e propensos a falhas.

Embora os drives sólidos sejam atualmente mais caros do que os HDs com capacidade similar, eles oferecem mais benefícios do que apenas ter um tamanho menor: são mais silenciosos, menos vulneráveis a choques físicos, têm menos latência e tempo de acesso mais rápido. Dessa forma, provavelmente se tornará mais e mais prevalente em notebooks e computadores.

O armazenamento em nuvem é um outro fator que permitirá aos computadores perder algumas gramas. Há uma variedade de soluções de armazenamento em nuvem que os clientes podem usar, em vez de baixar arquivos em seu dispositivo real.

Se nossas músicas, fotos e documentos estiverem armazenados na “nuvem”, a necessidade de armazenamento no aparelho em si torna-se cada vez mais irrelevante e desnecessária.

O Chromebook do Google leva esse conceito tão ao extremo que elimina quase tudo, a não ser sua capacidade de se conectar a internet. Apesar de um dispositivo como esse não estar completamente pronto para o mercado de massa hoje, fica claro que essa é a direção que estamos tomando.

Mas seria essa tendência uma coisa boa? Como tudo na vida, existem desvantagens.

Os especialistas dizem que a melhor maneira de se ter dispositivos finos é integrando tantos componentes quanto for possível em uma única placa: isso mantém uma espessura mínima, mas também afeta a capacidade de atualização, reparabilidade, e as características do dispositivo.

Sendo assim, esses dispositivos mais finos também se tornam dispositivos descartáveis. Os consumidores são mais propensos a jogá-los fora quando ficam velhos, ao invés de tentar consertá-los ou atualizá-los, o que sem dúvida poderia levar a problemas ambientais no futuro. [CNN]

9 comentários

  • Anderson:

    A tecnologia está avançando-se muito rápido, daqui a pouco vamos ter vários robôs em nossas residências trabalhando para nós.

  • Nie:

    É bom assim que de tão fino talvez nem precise mais de cooler e não fique mais com aqueles ruidos chatos…viva a tecnologia.

  • José Calasans.:

    Acontece que a preocupação é reduzir o tamanho e aumentar a portabilidade.Tá faltando ver o outro lado da moeda,que é o aumento do lixo devido a alta velocidade da inovação tecnologica.Isso tém que ser levado em conta para não piorar oa problemas do meio ambiente,é hora de se pensar em alguma forma de compensar as pessoas com desconto ou vantagem para a compra de um aparelho,devolvendo o obsoleto.

  • anonimo:

    o futuro dos computadores, mais finos, e menos resistentes.

  • lucas:

    A gente tem q entender uma coisa tudo que é fabricado hoje eh feito pra nao durar muito mais do que a garantia , pois as empresas sabem que quando quebrar e naum tiver mais garantia , voce vai procurar assistencia para o aparelho e quando ver o preco da assistencia vai preferir comprar um novo…

  • Renato Rodrigues:

    Muito legal, a reportagem. Mas acho que esse lance de armazenamento em “nuvem” não é muito legal. Uma falhazinha na internet e você fica sem seus dados/programas. -_-
    Ah, detalhe. No começo do 10° parágrafo é dito “O armazenamento em nuvem é um outro fator que permitirá aos computadores perder algumas gramas”, onde o correto seria “alguns gramas”.

  • Jairo Wilson Muller:

    SIMPLESMENTE PODEMOS NOS PREPARAR PARA TECNOLOGIAS INCRÍVEIS MAS ISSO IRÁ ACABAR COM OS TÉCNICOS, UMA VEZ QUE TUDO SERÁ ABSOLUTAMENTE DESCARTÁVEL.
    FUTURAMENTE, SE TEU PC ESTRAGAR, ELE MESMO DIRÁ O QUE DEVES INSERIR NELE PARA CORRIGIR A FALHA.

  • Roberto:

    A reciclagem de computador, é uma farsa política pois a cada 2 anos as máquinas dobram a sua capacidade de processamento, de modo que quando são descartados também já estão obsoletos. Reciclar o cobre e o plástico parece antieconômico, até porque são utilizados cada vez menos.

  • Marcelo Ribeiro:

    Computadores velhos são como carros velhos: são mais caros para manter do que os novos. O melhor é trocar.

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