O Google vai dominar o futuro?

Por , em 15.01.2014

O cenário da tecnologia hoje é dominado por algumas empresas – Facebook, Yahoo, Apple, Twitter e Google – que competem pelos mesmos tipos de receita: publicidade, sistema de buscas, localização e hardware móvel.

Agora, se você for imaginar o cenário futuro da tecnologia, o que você vê? Eu vou responder por você: Google, Google e Google.

Apenas ao longo do ano passado, o Google adquiriu mais de uma dúzia de equipamentos tecnológicos de projetos que podem parecer loucura hoje, mas poderiam fazer parte do nosso futuro não muito distante.

Entre as recentes aquisições do Google, estão vários robôs humanoides, incluindo a empresa Boston Dynamics; a Holomni, uma pequena firma de design que faz rodas de alta tecnologia robótica, presumivelmente para mais robôs, ou até mesmo para sua frota de carros sem motorista; e a Makani Power, companhia que faz turbinas eólicas (quem sabe como o Google vai usar isso?).

No entanto, muitos de seus concorrentes parecem presos ao presente. O Facebook, o Yahoo e o Twitter só compraram um monte de software, design, publicidade e conteúdo de empresas. Nenhum robô, carro que se autodirige ou turbina eólica.

Não está claro onde a Apple se encaixa em tudo isso – a empresa, é, afinal, famosa por ser melhor em guardar segredos do que a CIA, agência de inteligência norte-americana. A companhia também tem claramente dinheiro o suficiente para competir com o Google.

Mas se a Apple está trabalhando em segredo em seu próprio exército de robôs, o Google está construindo um em público.

Recentemente, o gigante anunciou que está comprando a Nest Labs, empresa que cria dispositivos domésticos conectados à internet, como termostatos e alarmes de fumaça, por US$ 3,2 bilhões em dinheiro (cerca de R$ 6,4 bi). O que o Google pretende com isso?

Provavelmente, algo ligado com o que Tony Fadell, presidente-executivo da Nest Labs, disse ao The New York Times no ano passado: a criação de um mundo de objetos com consciência.

“Toda vez que eu ligo a TV, isso é uma informação de que tem alguém em casa. Quando a porta da geladeira é aberta, isso é outro sensor, mais informações”, disse Fadell. Seu termostato atual pode controlar e recolher esses dados, mas ele vê um futuro ainda diferente, com “redes de sensores que podem evoluir, todas interagindo com estes padrões de aprendizagem”.

No entanto, essas ideias e aquisições do Google não parecem um pouco malucas? Prever um futuro que se parece com um universo alternativo no qual apenas tecnófilos querem viver, com robôs que vagueiam a Terra e sensores em nossas salas de estar, parece um exagero – e o investimento da companhia pode falhar.

Larry Page, presidente-executivo do Google, reconhece que muitas desses investimentos da empresa são “tiros no escuro”. Mas ele também acredita que vários deles vão ser bem sucedidos e posicionar a empresa para um futuro que seus concorrentes ainda não parecem ter se planejado.

Em outras palavras, Page está apostando que o futuro pertence a Google, Google e Google. [NYTimes]

6 comentários

  • Genioso Irreligioso:

    Décadas atrás investir em software era ridículo; o que valia era o hardware. Dos anos “80” do séc. passado pra cá houve uma reviravolta e quem investiu em software se deu muito bem(Microsoft só por exemplo). Pode ser que numa reviravolta dessas da história; as coisas se invertam: olha o Google aí investindo em hardware; adquirindo a Motorola; lançando seu “Chromebook” etc… e de hardware pra robos; energia limpa etc… coisas que poderão fazer parte da vida de todos; é só um passo! Ela tem bala na agulha e pra fazer $$$ quem tem $$$! 😉

    • Genioso Irreligioso:

      *pra fazer $$$ tem que ter $$$ 😉

  • Falcone Big:

    Teve uma coisa que aprendi com a história:

    – Todo império, sem exceção, um dia desmorona.

    E essa tal de história é danada, ela teima e teima em repetir, repetir, repetir… Vai ver é um círculo vicioso nesse Universo, rsss!

  • Daum Comm:

    Mas para o futuro “pertencer” à Grande G, ela primeiro deveria ser capaz de sobre a um imenso cataclismo que ocorrerá na TI, um evento de magnitude sem precedentes e que cuja duração se estenderá por anos, onde no fim deixará a face deste mercado irreconhecível.

    “Tempestade na TI” é um vídeo que prediz tal evento, e deixa claro o que acontecerá com as atuais marcas:
    http://www.youtube.com/watch?v=serAx0CeBGg

    “Prelúdio para a Ascensão do Império da Informação” fala sobre as origens das grandes mudanças que ocorrerão:
    http://www.youtube.com/watch?v=GlINGIdQ3Pc

  • Eduardo Araújo:

    Claro que são tiros no escuro ! Como aqueles malucos que investiram na companhia de telefone do Graham Bell (a Bell Telephone Company) que posteriormente se tornou a Nova AT&T. Cada centavo aplicado na Bell tem hoje seu correspondente em milhões na AT&T (claro, para quem não vendeu e reinvestiu nas próprias ações). Mais tarde, outros malucos decidiram investir num garotão que criava computadores e programas de computador na garagem de casa; o cara teve a coragem de pedir dinheiro para uma empresa que ele chamou de Pequeno & Mole (dizem quem em homenagem própria). Hoje muita gente queria ter investido no início. O próprio por Mark Zuckerberg, ao criar o “Face” teve por investidor seu colegas de quarto da faculdade Eduardo Saverin, brasileiro, que investiu US$ 100,00 em um negócio que nem o criador sabia o que seria ao certo. Apesar de ter levado uma pernada de seu mui amigo Zuckerberg, atualmente possui uma fortuna de US$ 2.2 Bi, mais 2,5% das ações do Face, mais um US$ 3 Bi.
    Como vemos, alguns malucos “dão tiros no escuro”, com base em previsões tecnológicas ainda não provadas, tendências; outros ficam se lamentando depois “- Poderia ter investido nisto, naquela época e seria milionário hoje.”

  • Danilo Engelhard:

    Alguém já ouviu falar de Skynet?

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