O mundo é mais belo quando o seu cérebro é magnetizado?
Um grupo de cientistas da Universidade de Milão (Itália) descobriu algo que eu realmente gostaria de tentar: se você usar campos magnéticos para estimular uma parte do cérebro – o córtex pré-frontal dorsolateral -, tudo vai ficar muito mais bonito para você. O campo modifica seu julgamento subjetivo, não sua visão. E, na verdade, faz isso de forma tão eficiente que te faz você pensar que André Marques é tão atraente quanto George Clooney.
“Apreciação estética […] é um julgamento subjetivo que fazemos quando olhamos para uma pintura, uma paisagem, ou, de fato, uma outra pessoa […] Nós mostramos que a experiência de beleza pode ser artificialmente reforçada com estimulação cerebral […] Assim, nossos resultados mostram que a beleza está no cérebro de quem vê, e oferecemos uma visão nova sobre as redes neurais subjacentes à apreciação estética”, escrevem os autores da pesquisa.
A alteração do nosso julgamento funciona com tudo, desde as pessoas até a arte, a arquitetura, ou qualquer objeto que possa ser submetido a nossa sensação subjetiva de beleza. Segundo a coautora do estudo Zaira Cattaneo, em entrevista à publicação espanhola Neurolab, essa pesquisa é a primeira que mostra que podemos modificar a apreciação estética do ser humano modulando diretamente a atividade do cérebro.
Ela diz que o experimento não afetou a apreciação da cor ou quaisquer outros atributos físicos do objeto, como fariam drogas modificadoras da percepção. A alteração temporária não está relacionada com a percepção visual, mas o próprio processo cognitivo.
Beleza, conclui o estudo, está no cérebro de quem vê. [Gizmodo]
4 comentários
Muito bem…E os efeitos colaterais???
Conheço outros métodos de induzir esse mesmo efeito, heheheh..
Como diz o Jeff Hawkins: há milhares de neurocientistas, só nos Estados Unidos, uma montanha de dados (como esse da notícia) e ainda não há uma teoria que explique a inteligência e o funcionamento do cerébro. Esta é a grande barreira a ser derrubada pela ciência moderna. O livro dele, “On Intelligence”, é muito bom. Não sei se já tem em português.
*cérebro