OneWeb: internet barata para bilhões de pessoas

Por , em 25.01.2015

A OneWeb anunciou um conceito de constelação de satélites para fazer com que a internet de alta velocidade e a telefonia esteja disponível para bilhões de pessoas sem acesso.

O plano é lançar uma rede para fornecer esse acesso a um custo baixo, em todo o mundo. O grupo Virgin e a Qualcomm são investidores iniciais daquilo que o fundador do grupo Virgin, Richard Branson, disse será a maior rede de satélites já feita.

A constelação ficará na baixa órbita da Terra. Segundo o comunicado da OneWeb, os aparelhos são “microssatélites da classe telecom”. Além de ter investido na companhia, a Virgin também fará o lançamento dos satélites através do seu braço Virgin Galactic. Para permitir lançamentos frequentes, a ideia é usar o programa LauncherOne.

“[O LauncherOne é] uma maneira muito eficiente de colocar satélites no espaço e muito mais eficiente do que os grandes foguetes do passado, no qual podemos literalmente decolar a cada três ou quatro horas, reabastecer com satélites novamente quando retornarem e distribuir mais [satélites] em seguida”, explica Branson. “Pretendemos colocar uma matriz inicial de 648 satélites, e se isso for bem-sucedido, queremos ir para 2.400 satélites”.

O projeto funcionaria da seguinte maneira: a frota de microssatélites daria acesso à internet de alta velocidade e baixa latência diretamente para pequenos terminais de usuário implantados em todo o mundo. Sob esse sistema, as redes dos operadores móveis a nível mundial dariam cobertura às áreas rurais e remotas que historicamente não têm sido economicamente viáveis para se conectar usando redes terrestres.

Os terminais da OneWeb agem como células pequenas com a capacidade de fornecer acesso à área circundante através de conexão WiFi, LTE, 3G ou 2G usando o espectro licenciado de um parceiro operador, ou apenas LTE ou WiFi no espectro não licenciado. Além de fornecer cobertura para telefones, computadores ou tablets, a rede também seria um passo para o acesso de emergência e equipes de primeiros socorros em situações de desastre, campos de refugiados etc.

“Sobre valores, a matriz inicial vai custar cerca de US$ 2 bilhões para ser feita, mas ainda podemos ser muito competitivos em preço no que diz respeito ao usuário”, garantiu o empresário da Virgin.

De acordo com a União Internacional de Telecomunicações, até o final de 2014, mais de metade da população do mundo não tinha acesso à internet. “Pessoas que atualmente não têm acesso ao ensino adequado poderão receber educação. As pessoas que querem criar postos de trabalho poderão desenvolver novos negócios de ligação com o resto do mundo. As possibilidades são infinitas”, disse Branson, comemorando o acordo que “pode transformar o mundo”. [Phys.com]

2 comentários

  • Simon Wedeck:

    E o acesso pela tomada elétrica, o chamado “PLC”? Não é mais viável? Nem é discutido mais…

    • Jane Cameron:

      Há ruído no sinal, pesquisas resolveriam. Embaraços sobre ‘royalties’ foi o que ceifou o projeto da Internet via rede elétrica.

    • Wagner Soares:

      O PLC tem uma distancia muito restrita, e o calor do sol ainda interfere no sinal. Por isso não foi pra frente.

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