Ouvidos sensíveis de insetos evoluíram antes mesmo de seus predadores

Por , em 4.01.2012

Várias espécies de insetos possuem orelhas nos lugares mais bizarros possíveis, incluindo pescoço e debaixo de suas asas. Agora, um novo exame de fósseis de 50 milhões de anos de grilos e gafanhotos mostra que esses ouvidos estranhos podem ter evoluído antes mesmo da aparência dos predadores que esses ouvidos podem reconhecer.

Grilos, traças e outros insetos voadores podem ouvir o sonar de alta frequência de morcegos, um talento que os ajuda a não virarem comida. Cientistas suspeitavam que o aparecimento de morcegos tinha provocado a evolução desses ouvidos sensíveis. Mas a nova pesquisa revela que grilos e gafanhotos tinham ouvidos modernos 50 milhões de anos atrás, antes mesmo da ecolocalização dos morcegos evoluir.

As habilidades de detecção de morcegos podem apenas ter se tornado mais aparentes depois, afirmam os pesquisadores.

Insetos evoluíram seus ouvidos em pelo menos 17 diferentes linhagens, e outros insetos, como a borboleta Morpho Azul, podem até mesmo ser capazes de distinguir altos e baixos sons com suas primitivas orelhas localizadas embaixo das asas.

As antigas orelhas supersensíveis reveladas no estudo são praticamente idênticas as dos grilos e gafanhotos de hoje. [LiveScience]

3 comentários

  • Rômulo:

    Neste mesmo site há um relato de adaptação rápida em que determinadas habilidades/estruturas em mexilhões devem ter evoluído por serem estas, características que lhes deram vantagens frente a um predador (caranguejo). Contudo, alegou-se que esta observação seria evidência da teoria que sugere que toda a diversidade biológica terrestre descende de micro-organismos primitivos.
    https://hypescience.com/63426-8-exemplos-da-evolucao-em-acao/

    Vemos que, por este argumento, apenas aqueles que conseguem expressar determinado fenótipo podem levar vantagem. Também é o mesmo argumento que explica o aumento do cérebro humano, isto é, que, divergimos dos símios por termos necessidade de abarcar atividades cada vez mais complexas.

    Alega-se, desta forma, que a permissibilidade dos sistemas de correção genética provêm variabilidade fenotípica suficiente para que a necessidade de sobrevivência gere novos planos corporais e novos sistemas bioquímicos. Ou seja, a seleção de um fenótipo é “causa eficaz” do “surgimento” dele!!! Isto não é circular???

    O que teria “ocasionado” o “surgimento” destes ouvidos ultra-sensíveis antes de sua finalidade, digo, aguardo por seleção? Outros usos não conhecidos, ou talvez, capricho?

    • Cesar:

      Obviamente os ouvidos tinham outro uso antes do surgimento da ecolocalização.

    • Rômulo:

      Eita! Agora sim elucidou-me todo o raciocínio.

      Como é bom saber que ouvidos ultra-sensíveis “surgem” assim desta forma tão simplista.

      Depois dizem que são os céticos criacionistas que são adeptos da ciência do pufismo.

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