Projéteis controlados por rádio atingem inimigos ocultos

Por , em 8.06.2009

Um rifle que dispara balas explosivas que podem ser detonadas mais próximas ao alvo é a mais nova arma do exército estadunidense. O rifle XM25 foi desenvolvido para permitir que os soldados possam atacar quando o inimigo está escondido em trincheiras, por exemplo. “Este foi o primeiro passo para um maior desenvolvimento e aplicação de tecnologia para as tropas”, afirma Douglas Tamilio, chefe de projetos para novas armas do exécito.

O rifle utiliza um laser para calcular a distância até a obstrução que impede que a bala chegue até o alvo. O soldado pode então adicionar ou reduzir três metros dessa distância para permitir que as balas explodam acima ou abaixo do alvo. Quando a bala de 25 milímetros é disparada, o rifle manda um sinal de rádio para um chip dentro da bala, que mostra a distância exata até o alvo. A patente do projétil pelo seu fabricante, a Alliant Techsystems, mostra que o chip da bala conta quantas vezes ela já girou para calcular a distância que já percorreu.

A nova tecnologia permite, por exemplo, que um soldado atire em um franco-atirador escondido dentro de uma janela. É só medir a distância até a janela, adicionar um metro e atirar. Deste modo, a bala será detonada e fragmentada um metro dentro do local. O mesmo método pode ser utilizado para atirar atrás de uma janela ou dentro de uma trincheira. “O projétil tem a capacidade de combate de um lançador de granadas combinado com a capacidade de armas sniper que atingem coisas a uma distância maior”, afirma John Pike, analista de segurança.

De acordo com Pike, armamentos “inteligentes” são possibilitados atualmente pelos avanços na tecnologia de microchips. Embora o rifle utilize balas de grande capacidade de explosão em sua fase inicial, será possível depois substituí-las por balas menos explosivas, para ataques não-fatais.

Atualmente, segundo Douglas Tamilio, soldados que se encontram em situações em que o inimigo está escondido têm como opção o uso de lançadores de granadas, que têm um alcance limitado e menor eficiência, ou podem pedir o auxílio da artilharia ou ataques aéreos – técnicas que trazem riscos à vida de civis, principalmente em áreas urbanas. Além disso, esses ataques são caros: “Nesses casos, é possível usar um míssil Javelin, que custa 70 mil dólares, ou as novas balas, que custam 25 dólares cada. São relativamente muito mais baratas”, diz Tamilio. O exército dos EUA planeja testar protótipos do rifle no Iraque ou no Afeganistão, e espera colocá-los em uso já em 2012. [New Scientist]

2 comentários

  • euclides de oliveira pinto neto:

    É impressionante a capacidade humana para desenvolver armas. Caso utilizassem estas competencias para criar artefatos que ajudassem a melhorar a vida das pessoas, seria motivo de satisfação para todos. Criar armas sofisticadas é uma prova que a humanidade ainda se encontra em estágio de barbárie… é uma lástima gastar os recursos de inteligencia para criar uma aberração militar… tudo em função da ganância…
    Um cientista com tais ideais deveria ser eliminado fisicamente… bem como seus patrões…

  • josé:

    O Brasil devia largar de ser tonto de ficar vendedo
    sója ,carne de boi pq os paises rico ñ compra pq calsa desmtamento da amasonia e coisa e tal ,ja
    o povo dos paises pobres ñ tem dinheiro .Já quando se trata de armamento ninguem quer saber foi produsido com trabalho escravo ou se causou ipacto ambiental eles compram ,os paises pobre arruma dinheiro e compra e se os governos
    ñ compra os terroristas e traficantes compra e paga mais este ngocio do Brasil produsir alimento para o mundo é burrice o negocio é armas.

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