Se fazer de difícil realmente vale a pena

Por , em 31.12.2012

A famosa postura “se fazer de difícil” tem funcionado por muito tempo. Enquanto alguns dizem que a atitude não adianta ou até atrapalha, a ciência confirma que fingir não estar interessado em um parceiro em potencial para fazê-lo o querer mais pode realmente valer a pena.

No estudo, publicado no European Journal of Personality, psicólogos fizeram quatro experimentos diferentes para determinar como e por que as pessoas se fazem de difíceis, e se ou quando isso funciona para atrair um companheiro.

Em um dos experimentos com 500 universitários americanos, os participantes identificaram, entre uma lista de 58 estratégias, “agir confiante” e “conversar com outras pessoas” como os dois métodos mais comumente usados para se fazer de difícil.

Mas havia pequenas diferenças de estratégias entre os sexos. Mulheres tendiam a “não telefonar”, “não falar muito” e “se manter ocupada” mais do que os homens. Eles, quando queriam parecer menos disponíveis, usavam mais do que mulheres três métodos: “agir arrogante ou rude”, “dizer todas as coisas certas, mas não telefonar” e “tratar mal os outros”.

Os pesquisadores também descobriram que as mulheres se fazem mais de difícil do que os homens.

“As mulheres conseguem os maiores benefícios dessa atitude, porque lhes permite testar os homens e aumentar a demanda de interessados nelas”, disse o autor do estudo, Peter Jonason, professor assistente de psicologia na Universidade da Austrália Ocidental, em Sydney.

“Como as mulheres têm maior valor no mercado de relacionamentos, elas podem se dar ao luxo de se fazer de difícil mais do que os homens”, explica. “Os homens que são muito difíceis podem perder uma oportunidade de relação”.

Outro experimento com cerca de 300 estudantes universitários americanos identificou as duas principais razões para se fazer de difícil: aumentar a demanda (fazer um potencial parceiro lhe querer mais) e testar a vontade de um parceiro de estar em um relacionamento sério (avaliar e manter o interesse do possível companheiro).

O estudo também descobriu que, para um relacionamento sério, as mulheres preferem um homem com disponibilidade média (que não é muito fácil nem muito difícil de obter), enquanto os homens preferem mulheres com baixa disponibilidade (mais difíceis de obter).

Se for apenas uma “ficada”, no entanto, os resultados mudam: se você é uma mulher à procura de um encontro romântico casual, não vale a pena se fazer de difícil. Já se você é um homem à procura de uma aventura casual, vale a pena se fazer de difícil.

Por fim, um experimento com 425 estudantes universitários revelou que, quando se trata de gastar dinheiro e tempo com um parceiro romântico, quanto menos disponível ele é, mais o companheiro em potencial está disposto a investir tempo e dinheiro nele ou nela.

A pesquisa concluiu que se fazer de difícil pode ser benéfico, sendo o mais óbvio benefício atrair um companheiro de alta qualidade com o maior nível de compromisso para um relacionamento de longo prazo.

Porém, os pesquisadores admitem que, como o estudo só analisou o comportamento de universitários, os resultados podem não se aplicar a outras faixas etárias de pessoas solteiras. [NBCNews]

3 comentários

  • Paulo Galliza:

    …é muito relativo e depende das pessoas. Eu acho que cada caso é um caso especial. Você pode se fazer de difícil e a outra pessoa não está nem aí. Depende muito da interação havida.

  • João Matheus:

    Não tenho a menor duvida que de funciona, em ambos os sentidos, tanto eu me fazer de difícil quanto alguma mina se fazer também.

  • Francisco Assis Gurgel Gurgel:

    olhem, sinceramente parece que isso funciona pois é exatamente o que acontece com relacionamentos mas bem sucedidos que quando na verdade estas coisas difíceis tem grandes peculiaridades e qualidade daquilo que é indissolúvel valeu a pesquisa

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