Células-tronco devolvem movimento a pessoas paralisadas

Depois de iniciar um tratamento experimental, cinco pacientes do Glasgow’s Southern General Hospital (Escócia) que haviam sofrido paralisia parcial por causa de um derrame começaram a mostrar uma melhora significativa.
Um deles, o ex-professor Frank Marsh, de 80 anos, conta como os resultados devolveram parte da sua independência. “Eu posso segurar certas coisas que antes não conseguia, como o corrimão do banheiro, com a mão esquerda e com a direita”. Seu equilíbrio e coordenação motora também melhoraram.
O tratamento consiste em injetar células-tronco (capazes de se transformar em praticamente qualquer tipo de célula) nas áreas danificadas do cérebro dos pacientes. Embora ainda seja cedo para dizer exatamente o que estaria por trás da melhora (se as células-tronco se converteram em tecido neurológico saudável, ou se aceleraram a capacidade de regeneração do cérebro), os resultados foram considerados promissores tanto por parte dos envolvidos como por avaliadores externos.
Cada paciente havia sofrido derrame entre seis meses e cinco anos de iniciar o tratamento, o que descarta, a princípio, a possibilidade de a melhora ter sido natural.
As células-tronco foram fornecidas pela empresa Reneuron, cultivadas a partir de uma amostra (coletada há 10 anos) de tecido neurológico de um feto – a única do tipo coletada pela empresa desde então, de acordo com seus representantes.
A equipe responsável pretende fazer mais testes em julho deste ano.[BBC, Daily Mail UK]
2 comentários
´”se as células-tronco se converteram em tecido neurológico saudável, ou se aceleraram a capacidade de regeneração do cérebro…” Não sei se pode colocar este “acelera capacidade de regeneração” porque, ao que se sabe, células do encéfalo não se regeneram e sim fazem novas conexões como circuitos alternativos adjacentes ao local lesado… astrócitos fazem este trabalho… isto permite um fenômeno conhecido como neuroplasticidade. Mas, a ciência tem caminhado a passos largos neste sentido… então novidades devem estar por perto nestas novas experiências…
Efeito placebo?