Tubarões usam matemática para caçar
Quando um tubarão avista um saboroso par de pernas humanas nadando a sua frente ele segue o seu almoço. Mas quando não há nada que sua visão ou que seu olfato alcance, como ele procura comida?
Um novo estudo mostra que algumas espécies de tubarões seguem estratégias matemáticas para encontrar suas presas. Teoricamente, os animais se moveriam em um padrão, chamado de “caminhada Levy”.
Basicamente, ao contrário de outros animais, os movimentos dos tubarões são muito precisos e, se você desenhar o percurso que o peixão faz em linhas simples, o resultado será um fractal (um fenômeno matemático no qual os padrões permanecem não importa a escala em que são feitos, como a figura abaixo):
Por muito tempo biólogos acharam que os tubarões e o resto dos animais se moviam de forma aleatória, encontrando comida no caminho por “acidente”. Agora pesquisadores afirmam que predadores marinhos como tubarões (algumas espécies), atum e peixes-espada, possuem esse padrão em seu percurso.
Os cientistas descobriram isso analisando animais com rastreadores durante 5700 dias e depois “desenhando” o padrão dos bichos, perceberam que os resultados eram fractais. Essa maneira de “procurar” alimento pode ser a resposta de porque os tubarões se não evoluíram tanto quanto outros animais no último ano – basicamente, eles não precisaram.
Resta saber se esse comportamento provém de reflexão ou é puramente instintivo. [New Scientist]
9 comentários
Não dá para usar o padrão de Lévy para evitar encontros com tubarões. O artigo original aponta que os tubarões usam o padrão Lévy eventualmente, só quando há pouco alimento disponível. No resto do tempo, predomina o movimento aleatório.
Outra coisa, o padrão não é pensado, o tubarão não planeja ele, então a última pergunta não faz sentido. É apenas um comportamento que é disparado em certas condições (pouco alimento). Muito provavelmente ele evoluiu normalmente, ou seja, os tubarões que não mudavam de comportamento quando a comida escasseava tinham menos chances de sobreviver. Os que mudavam de padrão tinham mais chances e por isto sobreviveram e deixaram descendentes que hoje apresentam este comportamento.
E também desta forma que o próprio comportamento foi aperfeiçoado.
Como disse Theodosius Dobzhansky (1900- 1975): “Nada em biologia faz sentido senão sob a luz da evolução”.
quer dizer entao que se aprendermos a analizar esses padroes poderemos nadar com tubaroes evitando rotas de colisao e ate aprendendo a lutar contra um ataque de tubarao 😉
essa é uma descoberta fabulosa!!!
“Resta saber se esse comportamento provém de reflexão ou é puramente instintivo”
sera que vamos descobrir se tais animais conseguem criar pensamento? sera que é apenas obra da natureza? Lembro que certa vez meu professor de geoquimica disse que praticamente tudo que existe é resultado de um processo fisico-quimico e que somente o pensamento não possuia base semelhante para existir. Ou seja, rastrear sinapses é perfeitamente possivel, mas o pensamento não! Não ha quimicamente algo que comprove o pensamento, se os tubarões pudessem seguir essa mesma premissa a respeito do pensamento, seria descortinado um grande campo de conhecimento sobre a vida.
Devaneios são justificaveis para mentes entusiasmadas….kkkkk
Pois é, Cesar, eles tiveram os outros milhões de anos para se especializarem.
os novos einstains dos mares…… tubarões 2 X golfinhos 1…
Também reparei nesse erro de cronologia.
Uma correção, os tubarões não evoluíram muito na última era, ou seja, nos últimos MILHÕES de anos.
Agora sim, fiquei com medo deles…
nunca vi tubarão usando matematica para caçar !!!!!!!!!!!!