Últimas e estonteantes imagens da sonda Cassini revelam formas nunca vistas antes nos anéis de Saturno

Por , em 18.06.2019

Cassini-Huygens foi uma missão espacial não-tripulada ao planeta Saturno. A sonda Huygens e o orbitador Cassini foram lançados ao espaço em outubro de 1997 e entraram em órbita com Saturno em julho de 2004. As duas partes ficaram por lá até setembro de 2017, quando a sonda cometeu “suicídio” e se deixou cair nas nuvens do planeta e explodiu em milhares de pedaços.

Mas antes de se destruir, a sonda registrou belíssimas imagens. No último ano de existência, ela orbitou ao redor do planeta 22 vezes, e coletou informações importantíssimas sobre a formação dos anéis.

Anéis não são lisos

Os novos dados, que foram coletados usando quatro instrumentos do Cassini, mostram os anéis com ainda mais detalhes do que tínhamos até agora. Essas informações permitiram aos pesquisadores concluir que os anéis são muito mais novos que o próprio planeta, entre outras descobertas.

“Ter essa resolução extra respondeu muitas perguntas, mas tantas outras perguntas tentadoras permanecem”, diz a cientista do projeto Linda Spilker, do Jet Propulsion Laboratory da NASA.

Antes dessas imagens do Cassini chegarem à nós, pensávamos que os anéis de Saturno eram lisos. Mas as imagens revelam texturas que parecem de palha e aglomerados nos anéis. Elas mostram padrões produzidos pelo movimento das luas de Saturno, como a lua Dafne.

Também foi possível compilar novos mapas das cores, temperaturas e composição química dos anéis.

Disco riscado

Outra coisa que chamou atenção dos cientistas foi que há uma série de riscos no anel F, todos com o mesmo comprimento e orientação. O anel F é o mais externo dos anéis principais. Os pesquisadores concluíram que eles foram gerados por impactantes que orbitam Saturno, e não detritos que orbitam o sol.

As novas informações revelam como os anéis de Saturno se formaram, mas também nos dizem mais sobre a natureza do universo. “Esses novos detalhes de como as luas estão esculpindo anéis em várias formas trazem um vislumbre para a formação do sistema solar, onde você também tem discos que se desenvolvem sob a influência de massas embutidas dentro deles”, diz o pesquisador Matt Tiscareno em uma nota da NASA.

Em outras palavras, essas novas imagens trazem conhecimentos sobre como materiais espaciais giram ao redor de órbitas gravitacionais e gradualmente se aproximam para formar planetas.

Novidades vão continuar

Apesar de a missão Cassini ter acabado quase dois anos atrás, ainda há muitos dados que ainda não foram analisados, portanto podemos esperar mais e mais novidades nos próximos meses e anos. [Interesting Engineering, Science Alert]

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