Pobre tartaruga marinha é encontrada emaranhada em pacotes de cocaína que valem US$ 53 milhões

A Guarda Costeira dos Estados Unidos resgatou uma pobre tartaruga-marinha que ficou enredada em pacotes de cocaína revestidos de plástico e amarrados com cordas.
As drogas tinham um valor de mercado de US$ 53 milhões (cerca de R$ 175,47 mi). Provavelmente, foram abandonadas por contrabandistas a partir de um barco, quando os bandidos notaram que a polícia americana estava por perto.
Resgate
A Guarda Costeira estava investigando uma região cheia de detritos quando encontrou a tartaruga, no último 19 de novembro.
Os oficiais notaram que o animal estava emaranhado em 26 pacotes de cocaína, que juntos totalizavam 800 quilos. Em seguida, cortaram com cuidado as linhas enroladas em torno da tartaruga para liberá-la.
Eles também recuperaram mais 23 metros de corda para evitar que outros animais marinhos se enredassem no despejo dos contrabandistas.
Patrulha
A patrulha antidrogas estava há 68 dias no Pacífico oriental, atuando como parte da Operação Martillo, um esforço multinacional lançado em 2012 para combater o tráfico internacional de drogas nas rotas costeiras da América Central, quando se deparou com a tartaruga pega no meio do fogo cruzado.
A droga que quase matou o animal representou apenas uma parcela do que a equipe interceptou: 6.755 quilos de cocaína e 6 quilos de maconha.
Os patrulheiros também prenderam 24 suspeitos.
O problema das drogas – e dos animais marinhos
Segundo a Administração Federal de Controle de Drogas americana, o mercado de cocaína nos Estados Unidos está crescendo e essa tendência deve continuar no curto prazo, devido a um aumento do cultivo na Colômbia.
Como a droga é geralmente transportada por via marítima da Colômbia, da Venezuela e da República Dominicana, a Guarda Costeira faz patrulhas regulares pelos mares americanos.
Em 2016, a polícia informou um aumento no contrabando de cocaína, obtendo um recorde de 188.700 quilos.
Como se as tartarugas-marinhas já não estivessem ameaçadas o suficiente, esse é mais um risco para tais espécies vulneráveis. No início deste mês, a Universidade de Exeter anunciou os resultados de uma pesquisa global que descobriu que centenas de animais morrem todos os anos depois de ficarem emaranhados em poluição plástica no oceano. [ScienceAlert]