Pobre tartaruga marinha é encontrada emaranhada em pacotes de cocaína que valem US$ 53 milhões

Por , em 28.12.2017

A Guarda Costeira dos Estados Unidos resgatou uma pobre tartaruga-marinha que ficou enredada em pacotes de cocaína revestidos de plástico e amarrados com cordas.

As drogas tinham um valor de mercado de US$ 53 milhões (cerca de R$ 175,47 mi). Provavelmente, foram abandonadas por contrabandistas a partir de um barco, quando os bandidos notaram que a polícia americana estava por perto.

Resgate

A Guarda Costeira estava investigando uma região cheia de detritos quando encontrou a tartaruga, no último 19 de novembro.

Os oficiais notaram que o animal estava emaranhado em 26 pacotes de cocaína, que juntos totalizavam 800 quilos. Em seguida, cortaram com cuidado as linhas enroladas em torno da tartaruga para liberá-la.

Eles também recuperaram mais 23 metros de corda para evitar que outros animais marinhos se enredassem no despejo dos contrabandistas.

Patrulha

A patrulha antidrogas estava há 68 dias no Pacífico oriental, atuando como parte da Operação Martillo, um esforço multinacional lançado em 2012 para combater o tráfico internacional de drogas nas rotas costeiras da América Central, quando se deparou com a tartaruga pega no meio do fogo cruzado.

A droga que quase matou o animal representou apenas uma parcela do que a equipe interceptou: 6.755 quilos de cocaína e 6 quilos de maconha.

Os patrulheiros também prenderam 24 suspeitos.

O problema das drogas – e dos animais marinhos

Segundo a Administração Federal de Controle de Drogas americana, o mercado de cocaína nos Estados Unidos está crescendo e essa tendência deve continuar no curto prazo, devido a um aumento do cultivo na Colômbia.

Como a droga é geralmente transportada por via marítima da Colômbia, da Venezuela e da República Dominicana, a Guarda Costeira faz patrulhas regulares pelos mares americanos.

Em 2016, a polícia informou um aumento no contrabando de cocaína, obtendo um recorde de 188.700 quilos.

Como se as tartarugas-marinhas já não estivessem ameaçadas o suficiente, esse é mais um risco para tais espécies vulneráveis. No início deste mês, a Universidade de Exeter anunciou os resultados de uma pesquisa global que descobriu que centenas de animais morrem todos os anos depois de ficarem emaranhados em poluição plástica no oceano. [ScienceAlert]

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