Ao sistema solar… e além: vídeo

Por , em 14.03.2013

Outros sistemas solares na nossa galáxia, com estrelas e planetas por toda a parte: uma realidade que sequer era imaginada há alguns séculos, hoje é representada em um vídeo, feito com base em dados coletados por sondas espaciais ao longo de décadas.

Criado pelo Museu Americano de História Natural, o vídeo é um “acompanhamento” de um artigo publicado recentemente no periódico Astrophysical Journal sobre o Projeto 1640, desenvolvido no Observatório de Palomar em Pasadena (EUA). Por meio de uma técnica nova, os pesquisadores analisam o “espectro” de planetas que estão fora do nosso sistema solar (exoplanetas).

Na análise, quatro exoplanetas que orbitam a estrela HR 8799 chamaram a atenção. “Estes quentes planetas vermelhos são diferentes de qualquer outro objeto conhecido do universo”, destaca o astrofísico Ben R. Oppenheimer. “Todos têm espectros diferentes, e todos são peculiares”.

Uma das peculiaridades dos quatro planetas é um “desequilíbrio químico”: normalmente, amônia e metano coexistem, a menos que o ambiente seja extremamente frio ou extremamente quente; a temperatura média dos planetas, embora elevada para os padrões da Terra, não é especialmente alta (726°C), e mesmo assim eles não apresentam esses elementos químicos.

Além disso, possuem um tom mais avermelhado do que planetas com temperaturas similares – o que seria em parte explicado por uma nuvem de gás que os cobre.

A própria estrela que os ilumina (HR 8799) também é peculiar: tem 1,6 vezes a massa do sol e cinco vezes mais brilho (que varia 8% a cada dois dias) e emite mil vezes mais luz ultravioleta – e esses fatores podem, naturalmente, impactar os quatro planetas.

Por fim, a própria natureza do estudo é, por si só, uma “novidade”: “Estas são as primeiras observações espectroscópicas de múltiplos planetas de um sistema diferente do nosso”, escrevem os autores. O mesmo grupo já pretende fazer mais observações desse tipo nos próximos três anos.[io9, Astrophysical Journal]

11 comentários

  • leandro balbino:

    muito intereçante somos um grao de areia no universso temos um tesouro muito grande a ser explorado e poderia-mos nos enrriquecer muito com isso

  • Andre Luis:

    Provavelmente daqui alguns anos, esse número de exoplanetas descobertos será uma fagulha. Eu acredito que exista vida em muitos destes exoplanetas e em abundância, e não estou me baseando em nada científico e nem probabilístico.

  • Marte:

    Nobre Cesar, essa é uma questão difícil. Fico realmente pensando se não existem provas de vida inteligente fora da Terra. De pronto lembro de dois casos curiosos: o sinal Wow! ( http://en.wikipedia.org/wiki/Wow!_signal ) e o estranho relato da tribo Dogon sobre os habitantes do sistema Sirius ( http://en.wikipedia.org/wiki/Dogon_people ) – é muita coincidência astronômica para um povo “primitivo”, e todas confirmadas agora, na nossa era, com os mais sofisticados telescópios. É para pelo menos ficar com a pulga atrás da orelha. De lambuja, não faltam relatos da aparição de cosmonautas (apelidados como deuses) no nosso planeta por civilizações antigas. Erich von Däniken, por exemplo, pode ser um grande charlatão interessado em fazer best-sellers – como dizem alguns –, mas não se pode negar que ele colheu casos bem curiosos em suas buscas arqueológicas, e muita gente boa abraça hoje algumas de suas teorias.

    O universo é imenso. E seria incrível, extraordinário, estarmos sozinhos, a mãe natureza é muito generosa.

    Lembrando uma cientista do SETI, não podemos afirmar que não existem peixes no oceano se retirarmos um copo de água vazio do mar, na verdade só não colocamos o copo no lugar certo.

    • Cesar Grossmann:

      O relato das tribos dogon é explicável de outra forma mais simples, um ufólatra começou a ensinar aos Dogon o que eles deveriam responder…

      Sobre o Däniken, ELE FORJOU “DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS”.

  • Francisco Assis Gurgel Gurgel:

    matéria e vídeo muito interessante, realmente diante das grandezas e esplendor do universo, a ciência fica parada sem saber de onde vem tanto mistério; se exite vida fora do sistema solar, é uma resposta difícil de encontra-las

  • Clebson:

    Existe vida fora da terra.

    • Francisco Assis Gurgel Gurgel:

      a ciência não comprova vida em outros planetas, e vida fora da terra só na estação espacial a 400 km

  • Marte:

    Pequeno grande filme. Demais. Fico pensando se diante dele alguém ainda duvidaria de vida fora da Terra. (e o que sempre digo é que vida existe, se inteligente são outros quinhentos, mas porque não?)

    E sim, somos muito, muito pequenos.

    • Cesar Grossmann:

      É complicado afirmar algo que não pode ser provado. Deixa de ser ciência, passa a ser religião…

    • Regis Henrique Olivetti:

      Não Cesar. O estudo das probabilidades são cálculos matemáticos que dificilmente podem ser provados pela física teórica ou prática, em qualquer evento, ou seja, é matemática pura que para mim também é ciência e jamais religião.

    • Cesar Grossmann:

      Pelas probabilidades, ninguém deveria acertar na Megasena. E, no entanto…

      Regis, a matemática não prevê nada no mundo físico, a probabilidade não transforma uma possibilidade em um fato. Existe uma certa probabilidade de que outros planetas abriguem vida, mas quantos planetas e quais são, ou mesmo se realmente ela existe (ela pode ter existido e não existir mais, ou ainda pode vir a existir e ainda não existir), a matemática não responde. Nem a física.

      Saberemos que existe vida alienígena quando encontrarmos. Enquanto não encontrarmos, há a possibilidade, e só.

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