Vídeo artístico incrível mostra Voyager 1 passeando pelo universo

Por , em 5.02.2013

Stardust from PostPanic on Vimeo.

O curta acima, “Stardust”, foi feito pelo diretor Mischa Rozema da PostPanic, e conta a história de Voyager 1, a nave espacial não tripulada e objeto feito pelo homem mais distante do sol, lançada em 1977 para explorar além de nosso sistema solar.

Toda a equipe da PostPanic (empresa com sede em Amsterdã, na Holanda) se esforçou para usar suas próprias técnicas criativas para produzir esse filme, em homenagem à morte do designer gráfico holandês Arjan Groot, que faleceu aos 39 anos em 16 de julho de 2011, de câncer.

A história do filme se centra na ideia de que, no grande esquema do universo, nada é desperdiçado, e que podemos encontrar conforto em sabermos que todos nós essencialmente não passamos de poeira de estrelas (“star dust”, que deu o nome ao curta).

Na metáfora, Voyager representa as lembranças de nossos entes queridos e vidas que nunca desaparecerão. O áudio do filme foi criado por Guy Amitai, que explorou diferentes abordagens musicais até se decidir por instrumentos analógicos.

O vídeo “prevê” a jornada de Voyager 1 conforme a nave se move cada vez mais distante do nosso sol, e continua bem além do tempo de vida da humanidade.

Rozema admite que o filme é mais uma interpretação artística do que científica de nosso universo, e que concentra-se principalmente em colocar a câmera em locais diferentes para obter uma perspectiva visual diferente do que é normalmente fornecido na ciência e nas representações fictícias do espaço.

O diretor queria explorar nossas percepções preconcebidas de como o universo se parece, que são alimentadas por imagens a partir de fontes como a NASA, ou filmes sci-fi. Com a criação de um universo “gerado”, Rozema foi capaz de levar sua própria “câmera” e visão artística para outros ângulos e lugares dentro do cosmos.

Objetos e experiências que são visualmente familiares são mostrados no vídeo de um ponto de vista diferente. Por exemplo, cenas em pé na superfície do sol olhando para cima, ou o testemunho da morte e do nascimento de uma estrela – vale lembrar mais uma vez que esses eventos não são abordados de uma maneira cientificamente correta, mas sim a partir de uma interpretação puramente artística.

“Eu queria mostrar o universo como um lugar bonito, mas também destrutivo. Como diretor, fazer Stardust foi uma experiência muito pessoal. Mas ele não tem a intenção de ser um filme pessoal, e eu gostaria que as pessoas atribuíssem seus próprios significados para o filme, para que também possam encontrar conforto com base em suas próprias histórias e vidas”, disse Rozema.[io9, Vimeo]

2 comentários

  • Iraci Spínola:

    …o Universo como um lugar bonito!

  • Andre Luis:

    Muito legal, as vezes, quando se utiliza efeitos em um nível artístico, resulta em um video aparentemente mais realista, mesmo se comparado com vídeos reais. Provavelmente isto resulta do teor “emocional” que o trabalho contém.

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