Medicamentos contra ansiedade reduzem expectativa de vida

Por , em 14.09.2010

Remédios para insônia ou para ansiedade não são brinquedos. Segundo um novo estudo, tomar esses medicamentos pode reduzir a expectativa de vida de uma pessoa.

Os participantes do estudo que afirmaram tomar medicação para insônia e ansiedade pelo menos uma vez no mês tiveram uma taxa de mortalidade durante o período de 12 anos de 15,7%. Em comparação, os entrevistados que não relataram uso de medicação tiveram uma taxa de mortalidade de 10,5%.

Depois de levar em conta outros fatores que podiam afetar as taxas de mortalidade, como o álcool e o tabaco, a saúde física, o nível de atividade física e sintomas de depressão, os pesquisadores observaram que as pílulas para dormir ou para ansiedade aumentaram cerca de 36% o risco de morrer durante o período de 12 anos.

As maiores diferenças na taxa de mortalidade entre os usuários e não-usuários dos medicamentos foram observadas no grupo etário dos 55 a 64 anos e dos 65 a 74 anos.

As novas descobertas são baseadas em pesquisas realizadas com mais de 14.000 canadenses, com idades entre 18 a 102 anos. O estudo começou em 1994.

A cada dois anos, os participantes responderam perguntas sobre sua demografia social, estilo de vida e saúde. Eles também responderam a perguntas sobre o uso de drogas sedativas, nomeadamente tranquilizantes como Valium, ou pílulas para dormir, como Nytol.

Ainda não está clara a relação dos medicamentos com a taxa de mortalidade, mas os pesquisadores acreditam que seja porque soníferos e ansiolíticos afetam o tempo de reação, atenção e coordenação das pessoas, e assim podem contribuir para quedas e outros acidentes.

Os medicamentos também podem agravar certos problemas de respiração durante o sono. E alguns dos medicamentos atuam sobre o sistema nervoso central de forma que podem afetar o julgamento e, portanto, aumentar o risco de suicídio.

O conselho dos pesquisadores é que os médicos indiquem terapias comportamentais cognitivas, que têm mostrado bons resultados no tratamento de insônia e ansiedade, ao invés da ingestão de medicamentos, para evitar esse tipo de consequência. [LiveScience]

7 comentários

  • Elenice:

    muito bom esta materia minha mãe tomou PONDERA POR MUITOS ANOS E MOREU DE UM CANÇER INTESTINAL TENHO QUASE SERTEZA QUE FOI ESTE MALDITO REMEDIO

  • JJ:

    Mirian, não se pode levar ao pé da letra tudo que se lê, concerteza se ninguem precisasse de remédio naum teria porque usar, mas concerteza é uma benção ter esses remédios para melhorar a qualidade de vida das pessoas, você naum tomará por toda a vida remédio para depressão mas concerteza o tratamento é longo, e espero que lhe ajude a encarar melhor os problemas da vida, seja o seu fisiológico ou do próprio dia a dia…

  • Aldemir Robert:

    Estou cansado de ler artigos condenando o uso de ansioliticos.
    Então pergunto qual a alternativa para pessoas com disturbios cronicos de ansiedade,principalmente TAG (transtorno de ansiedade generalizada) que fazem sofredores 17% da população brasileira.
    Para estas pessoas não tem terapia nem tratamentos alternativos
    que resolvam.
    Gostaria muito de saber o que a ciencia oferece como tratamento efetivo?
    Lembrando que quando alguem precisa de um remédio destes,normalmente ja passou por muitos médicos e terapeutas,
    até mesmo auxilio religioso.

  • Gildo Pimentel:

    Cuidado Galera, melhor se tratar com medicamentos do quê sofrer de depressão e ou ansiedade e morrer do coração jovem… Uma pesquisa como esta não leva a dados conclusivos, até que ponto o uso de medicamentos diminuíram a expectativa de vida? Não seria a causa justamente os transtornos que levaram ao uso do medicamento? Pesquisaram pessoas que sofriam dos transtornos e não tomavam medicamentos? Estas viveriam mais? Melhor refletir um pouco…

  • Elizabeth:

    Sempre me neguei a tomar esse tipo de remédio e fico pasma com a facilidade com que os médicos os receitam, mesmo sem diagnóstico que justifique o seu uso. Existem tratamentos para depressão e insônia que não precisam dessas drogas, mas a indústria farmacêutica parece ter mais poder.

  • Mirian de Santana:

    Fiquei muito imprecionada com essa reportagem,pois faço uso à mais de 15 anos de medicamentos p/insônia,depressão e ansiedade.Como pode os médicos sabendo desse fato continuarem a receitar tais medicamentos?E como libertar-se dessa agora?Oquê fazer?Me queixar c/ o espelho?Eu amo tanto a vida…………é uma dádiva de Deus p/ podermos cumprir c/ os nossos destinos……….Eu estou me sentindo uma suicída………..Obrigado por essa e muitas reportagens que nos alertam……..Vou me libertar …….Farei o possível e o impossível p/ sair dessa.

    • Daniel:

      Mirian, não se desespere. Lembre-se que nossa expectativa e qualidade de vida aumentou graças a uma série de fatores e os medicamentos são um deles. As observações dessa pesquisa refere-se aos grupos de 55 a 74 anos, não sei se você se encaixa nessa faixa, mesmo assim não se assuste com esses supostos dados. Eu também faço uso de medicamentos controlados e tenho uma boa qualidade de vida. Mesmo assim seja orientada por um bom médico.

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