Nova descoberta pode triplicar o número de estrelas conhecidas do universo

Por , em 7.12.2010

Segundo um novo estudo, estrelas chamadas de anãs vermelhas podem ser muito mais comuns do que se pensava, o suficiente para triplicar o número total de estrelas conhecidas no universo.

As anãs vermelhas são fracas, e tem apenas 10 a 20% de massa em comparação com outras estrelas como o sol. Sendo assim, os astrônomos não conseguiam detectá-las em outras galáxias além da Via Láctea e as vizinhas mais próximas.

Agora, os astrônomos usaram poderosos instrumentos científicos para detectar a assinatura das anãs vermelhas em oito enormes galáxias, chamadas elípticas, localizadas entre cerca de 50 milhões a 300 milhões de anos-luz de distância da Terra. Medir e quantificar a luz dessas estrelas incrivelmente fracas em galáxias além da Via Láctea é um avanço significativo para a astronomia.

As galáxias elípticas são algumas das maiores galáxias do universo. Os cientistas acreditam que a maior delas armazena mais de um trilhão de estrelas, em comparação com 400 bilhões de estrelas na Via Láctea.

Os resultados sugerem que pode haver de 5 a 10 vezes mais estrelas dentro de galáxias elípticas do que se pensava: as melhores estimativas são de cerca de 100 sextilhões, ou seja, um 1 com 23 zeros na frente, o que triplicaria o número total de estrelas conhecidas no universo.

Os pesquisadores, entretanto, alertam que o número total de estrelas do universo permanece obscuro. Inclusive, determinar a população total de estrelas no cosmos exigiria que se soubesse o número exato de galáxias, portanto a quantidade estimada continua sendo bastante incerta.

Se os resultados forem confirmados, as anãs vermelhas são muito mais comuns do que o esperado, com as galáxias elípticas possuindo, cada uma, cerca de 20 vezes mais anãs vermelhas do que a Via Láctea. Ao todo, as anãs vermelhas poderiam formar pelo menos 80% do número total de estrelas, e pelo menos 60% de toda a massa encontrada nas estrelas.

Ou seja, as galáxias podem conter menos da substância misteriosa chamada “matéria escura”, já que anãs vermelhas contribuem com mais massa do que se imaginava. Mas para afirmar isso, é necessário rever as atuais estimativas da massa e da atividade de formação de estrelas de galáxias próximas e distantes.

As novas descobertas podem também aumentar o número de planetas que poderiam abrigar vida. O aumento do número de anãs vermelhas significa que pode ser maior o número de planetas que orbitam estrelas, que por sua vez aumenta o número de planetas potencialmente habitáveis.

Há possivelmente trilhões de Terras orbitando essas estrelas. Além disso, as anãs vermelhas até agora descobertas tem tipicamente mais de 10 bilhões de anos, tempo suficiente para que organismos complexos evoluam. Essa é uma das razões pela qual os cientistas estão tão interessados neste tipo de estrela. [LiveScience]

8 comentários

  • Tibulace:

    Uma pena, que a zona habitável dessas estrelas, fica muito próxima delas.Além disso, são propensas a emitir flares de radiação, que esterilizam os eventuais planetas que possuam.O número dessas estrelas é imenso.O potencial de vida, delas, é pequeno.

  • Silva:

    só acho que tem mais estrelas no céu que areia em todas as praias da Terra…

  • Para Vander:

    Vander, não questione ou palpite as pesquisas dos cientistas, enquanto não aprendeu as regras mínimas da escrita.

    isageiro, inpossivel, recentimente, esistia, sem contar os erros de acentuação.

  • vander:

    acho um isageiro tremendo a ciencia palpitar sobre numeros aproximados de estrelas! isso é praticamente inpossivel chegar perto de uma conclusão logica! o homem ainda nem sabia que esistia um planeta recentimente descoberto
    quanto mais o numeros de estrelas, a vá”

    • Cesar:

      A estimativa do número de galáxias (e de estrelas) na verdade é uma tarefa factível se a gente se limitar ao Universo visível. Depois que fizeram as fotos de campo profundo (deep field), os cientistas tiveram uma boa noção de quantas galáxias você pode encontrar em um pequeno trecho do céu. Multiplique esta estimativa pelo resto do céu e você chega a um número estimado de 200 a 400 bilhões de galáxias.

      E é isto. Da mesma forma, você não precisa contar todos os fios de cabelo da tua cabeça, basta medir a área do couro cabeludo e depois contar quantos fios tem em 1cm² de couro cabeludo, e então extrapolar para o resto da cabeça. Você não vai ter o número exato, mas terá uma boa aproximação, e ter uma boa aproximação é melhor do que não fazer sequer ideia…

  • silvio:

    Engra;ado ,o n[umero estimado de estrelas [e o mesmo do n[umero de [atomos em um mol de subst”ancia.10 elevado a 23

  • GEOVANI:

    Logo irão descobrir que a vida no universo é muito comum. Mas mesmo assim vai ter ignorantes que acham que só existe vida aqui na terra, isso é uma falta de respeito com o universo é não ter noção nenhuma do que é do poder do mesmo.

  • Balacobaco:

    First, first!!!!!

Deixe seu comentário!