A religião teria acabado com os Maias?

Por , em 26.03.2012

Os antigos Maias conquistaram e habitaram uma área de 696.200 quilômetros quadrados, com cidades que ocupavam o que é hoje o sul do México e o norte da América Central, incluindo países como Guatemala, Belize, El Salvador e Honduras.

O auge da civilização Maia, conhecido como período clássico, foi de cerca de 250 a, pelo menos, 900 dC. Por razões desconhecidas, a civilização maia clássica entrou em colapso. A população diminuiu catastroficamente, e muitas de suas grandes cidades ficaram abandonadas.

Há tempos, os cientistas associaram o declínio dos antigos maias a catástrofes ambientais, especialmente a seca.

Desmatamentos ligados a agricultura também podem ter provocado o desastre – por exemplo, redução da cobertura florestal teria levado à perda de solo fértil pela erosão, bem como uma maior evaporação da água pela luz solar, exacerbando a seca.

No entanto, algumas localidades continuaram abandonadas por longos períodos, enquanto outras se recuperaram mais rapidamente. Este padrão indica que as catástrofes ambientais não foram o único fator determinante para o colapso da civilização maia clássica – se fossem, elas teriam afetado todas as áreas de forma igual.

Agora, os estudiosos propõe que um pavor de espíritos malvados que assombravam algumas áreas abandonadas poderia, junto com as catástrofes ambientais, explicar por que algumas áreas do antigo mundo maia revelaram-se menos resistentes do que outras quando a civilização se desintegrou.

Além disso, os arqueólogos acreditam que as sociedades maias podem ter sido vulneráveis ao colapso pela sua própria natureza. Eles aparentemente canalizavam a riqueza para uma pequena elite de reis divinos hereditários, que tinham virtualmente poder ilimitado, mas cujos súditos esperavam generosidade (uma sequência de derrotas militares ou secas sazonais poderia prejudicar gravemente a sua credibilidade).

A estabilidade deste sistema foi ainda mais ameaçada pela poligamia entre os governantes, gerando inúmeras linhagens que guerrearam entre si, aumentando o colapso.

Para saber mais sobre as razões por trás do colapso maia, os cientistas focaram em declínios sociais na parte final do período clássico maia, variando de 750 a 950 dC. Eles também analisaram crises de 100 a 250 dC, a parte final do período “pré-clássico”.

Os dados disponíveis sugerem que as partes elevadas das planícies maias, que incluem a maior parte da atual península de Yucatan, foram significativamente mais vulneráveis ao colapso e tiveram menor probabilidade de se recuperar do que áreas baixas.

Terras dentro desta região elevada não tinham fontes de água perenes e eram mais dependentes da água da chuva, deixando-as vulneráveis às mudanças climáticas. Em contraste, vizinhos de áreas baixas tinham acesso a nascentes, riachos perenes e sumidouros.

Reocupar áreas elevadas com grande número de pessoas requereria intenso trabalho para restabelecer sistemas de gestão da água, ajudando a explicar por que elas foram abandonadas.

Em contraste, as áreas baixas eram menos exigentes, e as evidências sugerem que essas terras foram normalmente ocupadas continuamente, mesmo quando as grandes redes políticas e econômicas com as quais eram relacionadas desmoronaram.

Ao mesmo tempo, os maias teriam culpado deuses e seus governantes “divinos” pelo colapso. Dessa forma, seus territórios abandonados tornaram-se lugares caóticos e assombrados. Talvez a civilização nem tentou recuperar algumas dessas terras, por causa desses fatores.

A conclusão dos pesquisadores é de que as secas e a degradação ambiental provavelmente desempenharam um papel no colapso, definido por um declínio substancial e prolongado da população de alguns locais ou regiões.

Principalmente pela configuração do ambiente, com terras da região elevada sendo significativamente mais vulneráveis a ciclos de seca do que aquelas mais baixas onde a água era mais abundante, algumas terras foram abandonadas mais permanentemente.

Porém, o fato de que o colapso foi muitas vezes um processo prolongado sugere fortemente que fatores culturais – por exemplo, a força do governo, a flexibilidade da sociedade e sua capacidade de adaptação à mudança – eram igualmente importantes para determinar se um determinado local ou grupo se adaptou a mudança ou colapsou de vez.[LiveScience]

28 comentários

  • serico115:

    Gostaria que alguém com mais conhecimentos me pudesse dizer se existem alguns descentes dos povos MAYA actualmente e onde eles se encontram.
    Acho estranho que tivessem desaparecido completamente sem que tivessem ficado alguns descendentes???

  • joao mcloures:

    Algum problema houve e o povo abandonou tudo. Espero que não aconteça o mesmo ao Haiti. Com tantos espertos querendo viver longe do pais e o Brasil aceitando… Agora que o pais precisa deles, eles fogem? Haiti vai virar um pais fantasma? Desse jeito parece que sim. Haiti, espero que teus filhos (que ti amam) não fujam à luta.

  • Manoel:

    Religião não cura, não salva, não acrescenta nada á ninguém. O que cura, o que salva o que acrescenta é a Fé, num mundo que pode melhorar, em si mesmo, que pode mudar, e em Deus que pode tudo conceder. Nenhuma civilização, nenhuma nação, poderá manter sua subsistência, sacrificando seus filhos em cerimonias a deuses ou sistemas políticos corruptos, egoístas, ambiciosos. Como vimos na historia da civilização Maia que, tirando-se o relógio do sol e calendário, nada mais acrescentou a humanidade. Não haverá nenhuma outra grande nação ou civilização, se o homem do seculo vinte e hum, não mudar seu conceito, deixando de lado valores hoje considerados essenciais como dinheiro, poder, consumismo descontrolado e mentira, ficando o bem estar e qualidade de vida apenas para poucos. Observemos não somente na civilização Maia, mas também em outras civilizações, do porque, de sua extinção, nosso país não esta muito longe disto, se refletirmos em pouco, veremos que o Brasil também apresenta um quadro crítico, com governantes se perpetuando no poder, passando oportunidades, privilégios e vantagens de pai para filho para neto para parentes, negociando com governo e entre si, aprovações de leis importantes. Assim como os reis destas civilizações, estão matando a esperança, o futuro e a vida do seu povo.

  • Jorge Humberto e Santos:

    A sociedade precisa ficar atenta a historia e como ela funciona vejam, que muitas gerações se passaram e cada período sugiram dinastias diferentes e cada uma que surgia procurava apagar a imagem da outra, destruindo toda infla estrutura produzida pela anterior, destruíam, cidades, leis, palácios, bibliotecas, livros e até linhagens familiares é o que aconteceu ai com a dinastia Maias. Esse é o problema: a mídia e a média quem fez alguma coisa pela humanidade foram os filósofos que nos ensinam até hoje suas teorias, exemplos que interfere nas nossas decisões. Agora quem surge para fazer média e se aparecer é tudo balela. Certo que nosso instinto nos leva primeiro a religiosidade porque ainda não conhecemos a ciência. Digamos a religião é violável, é coisa nata e a ciência é algo adquirido e inviolável. Se alguém vê outro cair, ela quer ajudar aquela outra pessoa a se levantar. Enquanto a ciência tem outro sentido, ela diz por que aquela outra pessoa caiu e ela precisa se levantar e se resignar de sua queda para que ela não caia de novo. Ela precisa entender por que ela cai e que ela mesma pode se levantar. A vida precisa ser decifrada por todos. Ela se resume há muito pouco tempo e espaço se fossemos voltar atrás, mas como é impossível, essa condição devemos senti-la para frente e externá-la. A vida em relação ao corpo, a vida é estática e em relação aos comportamentos do homem a vida é sintática. Sem um tempo especifico então fica difícil as pessoas parar para resolver um problema e são logo enganadas. Você não precisa aprender a ser religioso, enquanto á ciência você precisa aprender a desenvolvê-la para tomar as decisões certas. Para praticar a religião você não depende de teorias, mas a ciência sim depende de um conhecimento prévio e respeito às regras. Numa época da historia a religião sucumbiu à ciência e hoje na tecnologia moderna as coisa se inverte, a sociedade é o grande mecanismo desse processo e o homem moderno se quer ter uma vida, viver intensamente e fazer também o seu nome na historia, a ciência é o caminho, o meio e o regime democrático de chegar ao fim de fazer as suas vontades acontecerem. Pense bem antes de acreditar nas coisas antes de investigá-las.

  • luiz alves:

    A RELIGIAO,E A PRINCIPAL DESGRAÇA,DA HUMAIDADE EU NAO TENHO RELIGIAO E NEM QUERO TER, SOMENTE O QUE DESEJO NA VIDA E A MINHA CRENÇA, O MEU TEMOR, E O MEU RESPEITO A DEUS.EU NAO PRECISO DE RELIGIAO, PRECISO DE DEUS,ALIAS;DEUS NAO TEM RELIGIAO!!!!!!!!!!!!!!!!

    • jose ajosilaudof eliciano mendes:

      hoje a religião existe como uma forma de enriquecimento de alguns que une o util ao agradavel, é usado ate politicamente, pois se reune um grupo de fieis em nome de deus, se constroi uma camdidatura, e induz os fieies a votarem nesse mala sem alça, que ira favorecer, a elite do grupo.

    • Diego Carvalho da Costa:

      sábias palavras

  • Ozzy Osbourne:

    O maior problema é a GRANDE diferença entre RELIGIAO e RELIGIOSIDADE que a maioria não entende, tanto os adeptos da religiao quanto aos que criticam…

    • Ozzy Osbourne:

      o povo q melhor pratica a religiosidade dentro da religiao acredito q sao os budistas (mas ainda esses as vezes cometem excessos), mas o ser humano nao é perfeito mesmo!!

    • Bovidino:

      O real problema é que a palavra ‘religião’ perdeu o seu sentido original. Etimologicamente ‘religião’ que vem do latim, ‘religare’, significa ‘religação’.
      Hoje, chamam de ‘religião’, essas empresas que exploram a ignorância e a fé das pessoas, faturando alto nos dízimos e nas doações. Isso não é ‘religião’ é exploração que deveria ser punida com cadeira elétrica.

    • jose ajosilaudof eliciano mendes:

      concordo plenamente bovidino, e hoje são usados como curral eleitoral, para eleger crapulas sem compromisso com ninguem.

  • ELISEU MACHADO:

    Primeiramente, é preciso nominar que a religião é a igreja caólica romana. Ela não só influenciou na matança do Povo Maia como também dos nossos Índios Brasileiros. Essa religião dão tem nada de santa.

    • jose ajosilaudof eliciano mendes:

      acho que toda arvore tem sua frutas podres, e no tempo dos maias a igreja catolica ainda nem existia, você precisa se aculturar mais um pouco, e a igreja catolica cometeu seus excessos sim, e muitos irmãos da propria igreja foram sacrificados na defesa da verdadeira igreja,que serviam aos interesses reais, uma forma de controle social, a igreja catolica continua sendo a unica e verdadeira religião.

  • Dan:

    Eu quero que todas religiões se explodam, principalmente as evangélicas!

    • Ozzy Osbourne:

      ui, q malvado!!! hehe

    • Éder Augusto:

      Apoiado.

    • akin:

      pq ,oque eu te fiz?

  • magoado:

    Quem acabou com os maias foram os espanhois em suas busca por ouro e outros tipos de riquezas…digamos a ganância deles que contribuiu para o desaparecimento do maias…

  • Walrus:

    E o quê a religião não destrói?

    • helton:

      IGNORANCIA. 😀

  • drew:

    O que sempre acaba com um povo é a guerra,o qual a principal causa é a ganância humana,os outros motivos são desculpa para justificar a ação da elite ignorante.
    Foi assim nas cruzadas,na 1ºe2ºguerra mundial,a questão da palestina e Iraque.

  • haha:

    Na verdade, a religião atrasou a humanidade toda

    • Lopes:

      Acho que você é muito infeliz em seu comentário, não se deve culpar a religião pelos problemas do mundo, mas sim algumas pessoas que cometeram atrocidades em nome de Deus para saciar o seu egoísmo e egocentrismo (como por exemplo a Inquisição).
      A religião contribuiu em muito para ensinar preceitos de ética e bondade durante séculos, ou você acha que pessoas como Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier, Dalai Lama atrasaram a humanidade?
      Afinal, eles dedicaram suas vidas para ajudar o próximo, assim como diversos Ateus como também contribuiram e ainda contribuem para um mundo melhor.
      É esse tipo de posição unilateral e radical que os religiosos obtusos tinham (ou tem) em relação a Ciência.
      Equilíbrio é a chave.

    • Igor:

      Infelizmente pessoas como Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier, Dalai Lama não ajudaram tanto quanto a religião prejudicou, em seu nome foram realizadas varias atrocidades.

    • Elda:

      Bom dia Lopes. Gostei de seu comentário, mas entre as pessoas citadas, faltou Jesus Cristo. O mais sábio entre os sábios, o mais pacificador entre os pacificadores e sem dúvida o que mais contribuiu para o equilíbrio entre os humanos, pois nos colocou na posição de IRMÃOS.

  • TEo:

    Falou, falou e não disse nada esse texto…

    • Khajiit:

      Por que? voce nao leu?

    • Bovidino:

      Não disse nada mesmo. Apenas mais um monte de teorias sem fundamento.

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