Pulseira esportiva pode ter salvado a vida deste homem

Por , em 12.04.2016

Um homem de 42 anos de idade, de Nova Jersey, nos EUA, recentemente apareceu em um pronto-socorro após uma convulsão. Depois de olhar para os dados recolhidos pelo seu Fitbit Charge HR, uma pulseira que controla os exercícios físicos através de um aplicativo de celular, os médicos decidiram redefinir a sua pulsação com uma cardioversão elétrica. É a primeira vez na história que um controlador de exercícios foi usado desta forma.

Quando o paciente chegou ao Centro Médico Nossa Senhora de Lourdes, em Camden, a equipe clínica notou que ele tinha uma fibrilação atrial (batimento cardíaco irregular e rápido), mas não tinha certeza se a condição era crônica ou se a convulsão a desencadeou (a convulsão aconteceu 20 minutos antes da chegada do paciente na sala de emergência).

Esta pequena informação é crucialmente importante porque determina se a equipe pode ou não aliviar eletricamente a arritmia (a cardioversão usa eletricidade para recolocar o ritmo cardíaco de volta ao normal). Se fosse crônica, a cardioversão poderia desalojar um coágulo apêndice, enviando-o para a aorta e, possivelmente, desencadeando um acidente vascular cerebral. Mas não tratar a arritmia pode também resultar em um acidente vascular cerebral. Felizmente, o pessoal médico notou que o paciente estava usando um rastreador de exercícios.

Aqui está o que a equipe clínica escreveu no seu relatório: “Durante o exame do paciente, observou-se que ele estava usando um rastreador de atividade de pulso (Fitbit Charge HR, Fitbit, San Francisco, CA), que foi sincronizado com um aplicativo no smartphone do paciente, gravando sua taxa de pulso como parte de um programa de condicionamento físico. O aplicativo foi acessado no smartphone do paciente e revelou uma taxa de pulso de linha de base entre 70 e 80 batimentos por minuto, com um aumento persistente imediato a uma gama de 140 a 160 batimentos por minuto no tempo aproximado da convulsão do paciente. A taxa de batimentos manteve-se elevada até a administração do diltiazem”.

O Fitbit do paciente confirmou que a fibrilação atrial foi, de fato, desencadeada pela convulsão, o que significava que a equipe médica poderia ir em frente e realizar o procedimento.

Até agora, rastreadores de atividades só têm realmente sido usados por médicos e prestadores de cuidados de saúde para incentivar ou monitorar a atividade do paciente. Isto marca a primeira vez na história médica na qual as informações em um sistema de rastreador de exercícios de um smartphone foi usado para ajudar na tomada de uma decisão específica médica.

O incidente mostra o grande potencial que estes dispositivos têm de informar a equipe médica de problemas graves. Esses rastreadores não são perfeitos, e certamente não são de nível médico em termos de qualidade, mas podem rastrear os dados de uma forma que os médicos podem usar em situações de emergência como esta. Olhando para o futuro, estes dispositivos poderiam até disparar alarmes quando uma emergência de saúde acontece, como quando um paciente tem um ataque cardíaco. Ainda é cedo para isso, mas eles podem se tornar verdadeiros salvadores de vidas. [Gizmodo]

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