Caso raro de “fetus in fetu”: bebê nasce “grávido” de seu irmão gêmeo
Em Mumbra, na Índia, médicos ficaram surpresos ao descobrir que um bebê estava “grávido” de seu próprio irmão gêmeo.
Durante um ultrassom rotineiro realizado em sua mãe, o radiologista Dr. Bhavna Thorat detectou uma massa anormal no bebê.
Quando o menino nasceu, um exame foi realizado nele, revelando um crescimento de 7 centímetros dentro de seu abdômen.
A massa era provavelmente o irmão gêmeo do garoto.
“Fetus in fetu”
O crescimento pareceu ser um caso de “fetus in fetu”, uma anormalidade extremamente rara, na qual um feto é “engolido” por seu próprio irmão gêmeo.
Depois de identificar a massa, os cirurgiões operaram com sucesso no recém-nascido, removendo-a de seu abdômen.
O bebê e sua mãe foram transferidos para o Hospital Titan em Thane, onde estão se recuperando bem.
Menos de 100 casos de “fetus in fetu” já foram registrados em todo o mundo, com a anormalidade acontecendo em apenas um a cada 500 mil nascimentos.
Como ocorre
Uma teoria sobre como isso acontece sugere que o gêmeo “parasita” começa como um feto normal, compartilhando uma placenta com seu irmão.
Durante a gravidez, o hospedeiro envolve seu gêmeo. O gêmeo “engolido” torna-se um parasita, pois usa o fornecimento de sangue do hospedeiro para sobreviver.
Em casos de “fetus in fetu”, o gêmeo parasita não possui os órgãos de que precisa para sobreviver sem seu gêmeo hospedeiro. Ao mesmo tempo, ameaça sua vida, já que ambos tentam obter a nutrição de que necessitam a partir de um único cordão umbilical.
Normalmente, o parasita não tem cérebro ou órgãos vitais, mas, neste caso, os médicos relataram ter visto um cérebro no feto.
Com a massa removida, nenhum outro problema foi relatado no gêmeo sobrevivente, que está bem de saúde. [IFLS]
1 comentário
Antigamente esse fenômeno chamava-se de endadelfia, depois é que mudou-se para “fetus in fetu’, pela Teratologia, a área que a estuda.