Experimento sugere que cães e macacos têm senso de moralidade parecido com o humano

Por , em 16.02.2017

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Kyoto descobriu que cães e macacos-prego observam como humanos interagem entre si e que reagem de forma menos positiva com aqueles que são menos inclinados a compartilhar ou ajudar. O estudo foi publicado na revista Neuroscience & Biobehavioral Reviews.

Os pesquisadores conduziram três experimentos para ver como os cães e macacos reagem a seres humanos que não ajudam os outros.

No primeiro experimento, um macaco-prego observava uma cena em que uma pessoa tenta abrir um pote de vidro, mas não consegue. Ela pede ajuda a uma segunda pessoa, que em algumas vezes ajuda e em outras, não. Em algumas cenas, havia uma terceira pessoa que apenas observava sem interferir, um ator passivo.

No segundo experimento, o macaco-prego observava duas pessoas que tinham três bolas, cada. Uma das pessoas pedia todas as bolas da outra pessoa, e esta as entregava. Pouco tempo depois, ela as pedia de volta. Em alguns casos, a pessoa devolvia, e em outros, não.

O terceiro experimento foi quase idêntico ao segundo, mas ao invés de ter um macaco-prego, tinha um cão. Uma das pessoas participantes era o dono do cão e a outra era uma pessoa desconhecida.

No final dos três experimentos, todas as pessoas que haviam participado das cenas, mesmo o ator passivo, ofereciam uma guloseima para o macaco ou cachorro que observou a ação.

Os pesquisadores relatam que em todos os cenários, os animais se mostraram menos inclinados a aceitar a comida das pessoas que recusaram ajudar a pessoa em necessidade ou as pessoas que não quiseram devolver as bolas para os donos originais. Já os atores passivos e aqueles que ajudaram e devolveram as bolas viram mais entusiasmo dos animais diante da oferta de alimento.

Os cientistas dizem que isso mostra que os macacos-prego e os cachorros realizam julgamentos sociais da mesma forma que bebês humanos, e que isso traz pistas preciosas sobre o desenvolvimento da moralidade em seres humanos. [Phys.org]

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