Indiana Jones na vida real: arqueólogos pensam que tumba descoberta pode conter armadilhas mortais
Uma gigantesca tumba imperial foi descoberta em 1974 na cidade de Xian (China) e continua intrigando arqueólogos: segundo pergaminhos antigos, ela guarda os tesouros do primeiro imperador da China, Qin Shi Huang (260 a.C. – 210 a.C.), protegidos por armadilhas mortais – afirmação que, pelo menos por enquanto, nenhum arqueólogo se propôs a confirmar pessoalmente.
O “palácio” (que já foi parcialmente mapeado por meio de scanners volumétricos) possui dimensões impressionantes: 56 km², “guardados” por mais de 6 mil estátuas de guerreiros, músicos e acrobatas em tamanho real; pelo menos 170 mil m³ (1/4 do tamanho da Cidade Proibida em Pequim); e 76 metros de altura. De acordo com os especialistas responsáveis por explorar o local, a estrutura foi mantida seca graças a um complexo sistema de drenagem – e supostamente permaneceu livre de saqueadores graças a armadilhas.
Em entrevista ao jornal espanhol El Pais, um representante da equipe afirmou que trabalhar na escavação da tumba “é como ter um presente embrulhado em casa, sabendo que dentro dele tem algo que você sempre quis, mas sem poder abri-lo”.
Templo da perdição?
A existência de armadilhas mortais na tumba de Qin Shi Huang divide especialistas: por um lado, não há registros de algo similar em nenhuma tumba de povos antigos. “Lamento dizer que, se maldições foram descartadas, então não há nada de perturbador”, garante Emily Teeter, curadora de antiguidades egípcias e nubianas do Instituto Oriental da Universidade de Chicago (EUA). “Hollywood transformou estruturas arquitetônicas comuns, como portas corrediças, corredores e câmaras com areia em objetos de horror”.
E a gigantesca pedra rolante que se tornou famosa graças a Indiana Jones, existe? De acordo com o arqueólogo Winifred Creamer, especialista em arqueologia da América Central, sim. “A Costa Rica certamente tem essas grandes pedras rolantes. Elas pararam de ser fabricadas na época da chegada dos primeiros exploradores espanhóis, e permaneceram completamente esquecidas até serem redescobertas na década de 1940”, explica. Ainda assim, elas não foram associadas a armadilhas, a princípio.
Por outro lado, os detalhados textos sobre o local descrevem minuciosamente as supostas armadilhas e, além disso, não seria estranho que os tesouros fossem fortemente guardados.
Supondo que existam armadilhas mortais (como disparadores de flechas e rios de mercúrio capazes de envenenar exploradores incautos), será que elas funcionariam mesmo depois de mais de 2 mil anos? A julgar pelo bom estado de conservação da estrutura e das estátuas, é possível que sim, mas por enquanto ninguém se atreveu a verificar.[Gizmodo]
10 comentários
Grandes quantidades de Mercúrio, PARECE que serão encontradas, a julgar por LEITURAS de detetores que foram introduzidos profundamente no solo da região.Esse metal,NÃO FOI colocado, como armadilha, mas sim, porque o CONHECIMENTO da época, atribuía ao azougue,poderes sobrenaturais, ele que é um VENENO LENTO,seria agente de prolongamento da vida humana/imortalidade.Dizem as lendas, que o imperador, dormia em um leito, que FLUTUAVA em mercúrio.Se os fatos vierem a CONFIRMAR essa lenda, o imperador abreviou a sua vida em algumas décadas,não diria que MUITO MAIS do que se fosse um FUMANTE INVETERADO dos dias de hoje.É bom, contudo, não EXAGERAR os perigos:Em Hollywood,nos filmes, TUDO funciona em SEGUNDOS,os venenos agem com rapidez impossível, para se adaptarem à cadência maluca, de tirar o fôlego, dos filmes de hoje.Entretanto, a vida real é diferente:Nas minas de cinábrio ( sulfeto mercúrico )exploradas a séculos, os operários, expostos aos vapores de mercúrio, sem nenhum equipamento de proteção, ao longo de ANOS de ENVENENAMENTO CRÔNICO, apresentavam, segundo um velho e bom livro:Lições de Química, Metais, J.Basin, Coleção FTD, o seguinte conjunto habitual de sintomas:”Os operários que lidam habitualmente com o mercúrio,experimentam acidentes característicos, devido à inalação desses vapores,como INCHAÇÃO DE GENGIVAS,ENFRAQUECIMENTO DAS FORÇAS MUSCULARES,TREMORES CRÔNICOS etc.”Assim, o risco,para a saúde de, enfrentado por eventuais exploradores, é BEM PEQUENO, pois eles vão usar sofisticados EPI e permanecerão POUCO TEMPO nesse ambiente, não ANOS.
Uma solução, talvez, fosse usar maquinas/robos por controle remoto, como as utilizada pelo esquadrão anti-bombas.
De volta ao túnel do tempo…
Eu fui ver a Exposição do Guerreiros de Xi’an no Ibirapuera na década passada!
Eu posso lá ir verificar, não me importo.
Os rios de mercúrio não são armadilhas (pelo menos… não propositais), foram criados porque na época se acreditava que o mercúrio continha poderes mágicos (incluindo a imortalidade). o próprio Qin Shi Huang morreu provavelmente por envenenamento por mercúrio.
Interessante mais é difícil de acreditar, pois apesar de haver indícios que a tumba de tutankhamon continha urânio e o sarcófago do Rei Maia Pacal estava revestida de Cinábrio, tudo indica que armadilhas com mecanismo elaborado dotados até de sensores foi um mito criado por Hollywood, até porque esses mecanismos sem manutenção deixariam de funcionar em poucos séculos.
Parecem-me existir algumas incoerências nesta noticia, principalmente o facto da descoberta da tumba não ser assim tão recente e datar desde 1974, (http://en.wikipedia.org/wiki/Terracotta_Army). Outro pormenor é o caso do mercúrio não ter sido colocado na tumba com o intuito de ser armadilha, (http://www.livescience.com/22454-ancient-chinese-tomb-terracotta-warriors.html), (http://en.wikipedia.org/wiki/Mausoleum_of_the_First_Qin_Emperor#Notes).
Eu não usaria “recente” para falar dessa descoberta justamente para evitar essa discussão, mas isso é um pouco subjetivo: levando em conta que o local tem cerca de 2,2 mil anos, 28 anos (quase 29) de descoberta representam um período relativamente curto desse período (apesar de não ser pouca coisa), né?
Minha namorada, que estuda Geologia, pode acabar falando naturalmente de algo “recente” para abordar um período de milhões de anos atrás. Eu, sendo jornalista, não consigo tão tranquilamente usar “recente” para falar de algo com mais do que uma ou duas décadas…
38/39, perdão.
eu entrava d boa..