O “extinto” musaranho elefante reaparece depois de 50 anos desaparecido

Por , em 20.08.2020
Musaranho elefante Somali sengi
Crédito: Steven Heritage

Achamos que nunca mais veríamos esta fofíssima bolinha de pelo viva. Ele é conhecido como musaranho-elefante somali (ou Somali sengi) e, depois de 50 anos desaparecido, foi redescoberto.

Depois de ouvirem relatos de encontros com os misteriosos animais os cientistas decidiram olhar por si mesmos. Esse exemplar foi descoberto Djibouti, na África, por uma equipe de cientistas.

Musaranho elefante Somali sengi
Crédito: zoofanatic

“Não sabíamos quais espécies ocorriam no Djibouti e quando vimos a característica diagnóstica de uma pequena cauda tufada, olhamos um para o outro e sabíamos que era algo especial”, Steven Heritage, pesquisador do Duke University Lemur Center, disse à BBC.

Para capturar os musaranhos-elefante somali, os cientistas usaram mais de mil armadilhas em 12 localidades distintas. E como iscas foi usada uma mistura de pasta de amendoim, fermento e aveia.

Os habitantes da região não consideram que os animais tenham desaparecido em nenhum momento.

“Esta é uma redescoberta bem-vinda e maravilhosa durante uma época de turbulência para nosso planeta, e que nos enche de esperança renovada para as espécies de pequenos mamíferos restantes em nossa lista dos mais procurados, como a toupeira dourada de DeWinton, um parente do sengi , e o corredor de nuvem da Ilha Ilin”, afirmou Heritage à BBC.

Musaranho elefante Somali sengi
Crédito: Mallory Lindsay

“Descobrir que o sengi somali existe na natureza é o primeiro passo para a conservação. Agora que sabemos que ele sobreviveu, cientistas e conservacionistas serão capazes de garantir que ele nunca mais desapareça”, afirmou Kelsey Neam, da Global Wildlife Conservation, para a BBC.

Há vinte espécies de musaranho-elefante pelo planeta.

Alguns dos primos genéticos vivos mais próximos do Somali sengi são o elefante e o peixe-boi.

Musaranho elefante Somali sengi
Crédito: Josh More
Musaranho elefante Somali sengi
Crédito: Houssein Rayaleh

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