O aquecimento global é apenas um mito?

Por , em 23.11.2012

A resposta é: certamente não.

Embora muitas enquetes mostrem que a população pensa que os cientistas estão divididos quanto à existência de mudanças climáticas causadas por humanos, a literatura cientifica ilustra claramente que a maioria esmagadora dos cientistas defende que nossa emissão de CO2 está esquentando a Terra.

James Lawrence Powell, autor de The Inquisition of Climate Science (em português, “A Inquisição da Ciência do Clima”) e diretor executivo do Consórcio Nacional de Ciência Física americano, resolveu fazer uma pesquisa de publicações científicas sobre o aquecimento global revisadas em periódicos respeitados para saber se a maioria dos cientistas endossava a mudança climática causada pelo homem, ou rejeitava essa ideia, ou ainda acreditava que o aquecimento global tinha outra causa que não humana.

Sua metodologia foi a seguinte: usando o Web of Science, uma ferramenta de publicação científica online, ele procurou por artigos científicos publicados entre janeiro de 1991 e 9 de novembro de 2012, revisados por outros cientistas, com as palavras-chave “aquecimento global” ou “mudança climática global”.

A pesquisa produziu 13.950 artigos. Em seguida, Powell leu todos os títulos, resumos e artigos completos necessários para identificar as publicações que “rejeitavam” o aquecimento causado pelo homem.

Para ser classificado como “rejeitador”, o artigo tinha que clara e explicitamente afirmar que a teoria do aquecimento global é falsa ou, como aconteceu em alguns casos, que algum outro processo melhor explica o aquecimento observado.
Artigos que apenas alegavam ter encontrado alguma discrepância, alguma pequena falha, alguma razão para dúvida, não foram classificados como “rejeitadores” do aquecimento global.

Não é a primeira vez que alguém faz este tipo de pesquisa. A pesquisadora Naomi Oreskes publicou seu estudo na revista Science em 2005, no qual buscou artigos publicados entre 1993 e 2003 com a frase-chave “mudança climática global”.

Ela encontrou 928 artigos, leu os resumos de cada um e os classificou. Sua conclusão: nenhum rejeitava a origem humana do aquecimento global.

Powell chegou a uma conclusão muito parecida. Na sua pesquisa, apenas 24 dos 13.950 artigos, ou seja, 0,17% ou 1 em 581, claramente rejeitavam o aquecimento global ou endossavam uma outra causa do que as emissões de CO2 para o aquecimento observado (veja a lista desses artigos, em inglês, aqui).

Os 24 artigos foram citados um total de 113 vezes durante o período de quase 21 anos, uma média de cerca de 5 citações cada, comparado a uma média de cerca de 19 citações de artigos sobre o “aquecimento global”, por exemplo (4 dos artigos rejeitadores nunca foram citados, e o mais citado tem apenas 17 citações).

Se algum desses artigos mostrasse claramente que não temos nada a ver com o aquecimento global, esperava-se que fossem mais citados.

“Negadores do aquecimento global” muitas vezes alegam que o preconceito os impede seus achados de publicar em revistas e jornais. Mas 24 artigos em 18 revistas diferentes fazendo vários argumentos diferentes contra o aquecimento global mostram que essa afirmação é falsa, que artigos rejeitando o aquecimento global podem – e são – publicados, embora os que tenham sido ganharam pouco apoio ou notabilidade, até mesmo de outros negadores.

Segundo Powell, qualquer um pode repetir sua pesquisa e publicar suas descobertas. Com padrões ligeiramente diferentes de busca, outras pessoas poderiam obter um número ligeiramente diferente de artigos rejeitadores, mas ele acredita que ninguém será capaz de chegar a qualquer conclusão diferente de que, dentro da ciência, a negação do aquecimento global não tem praticamente nenhuma influência.

“Na verdade, a influência [dos negadores do aquecimento global] vem da mídia, de políticos e de todos os demais dispostos a negar a ciência para seu próprio ganho, e de um público crédulo”, opina Powell.

De fato, com certeza não são os cientistas que discordam sobre o aquecimento global causado por humanos. As publicações científicas são bastante uníssonas na nossa provável culpa. Será que somos nós que não estamos querendo aceitar o fardo?[ScienceProgress]

84 comentários

  • Anibal Vilela:

    Dando sequência à leitura do já referido relatório, que foi elaborado pelo representante do IPCC no Brasil, José A. Marengo, encontrei algumas evidências das INCERTEZAS que nunca são corretamente calculadas ou informadas, mas estão sempre camufladas nos textos.

    Um olhar mais atento consegue indentificá-las :

    Na página 24, temos:

    “Segundo o IPCC TAR, é pouco provável que o aquecimento observado durante os últimos 100 anos seja conseqüência de variabilidade natural de clima somente, segundo avaliações de modelos climáticos. As incertezas em outras forçantes ou processos que não têm sido incluídos nos modelos rodados para o TAR (efeito de aerossóis no clima, processos de física de nuvens, interação da vegetação com a baixa atmosfera) não atrapalham a identificação do efeito de gases de efeito estufa antropogênicos durante os últimos 50 anos, e ainda com algum grau de incerteza pode ser dito que a evidência de influência humana aparece substancialmente numa série de técnicas de análise e de detecção, e conclui-se que o aquecimento observado durante os últimos 50 anos deve-se ao aumento na concentração de gases de efeito estufa na atmosfera devido a atividades humanas.”

    Vejam, que eles excluem de seus modelos os processos de física de nuvens.
    Mas, como assim ?
    Se estamos falando em aquecimento, como excluir as nuvens ?
    Aqui no Rio de Janeiro, experimente ficar exposto ao sol com e sem nuvens…

    A água em forma de vapor pode compor até 4% da atmosfera da terra, em volume. Já o CO2, acusado de ser vilão do aquecimento, representa 0,03%. Então para cada molécula de CO2 na atmosfera, temos mais de 133 moléculas de água. Considerando a diferença de calor específico entre vapor d’água e CO2, essa diferença é multiplicada por 6, o que dá quase 900 moléculas de água para cada uma de CO2.

    Existe gente que diz que um aumento de 22% na parcela que representa 1 parte em 900 tem mais efeito no aquecimento do que a variabilidade imprevisível das quantidades de vapor d’água na atmosfera que representam as outras 899 partes, que ora podem ser 900, ora podem ser 750, 650, 1000, etc…

    E se o CO2 tem a propriedade de absorver radiação em vários comprimentos de onda e reemitir essa radiação em INFRA-VERMELHO, a água tem uma outra propriedade muito mais importante no balanço térmico, que é a alteração do ALBEDO da superfície da terra, quando a mesma se condensa em nuvens, ou quando se acumula na forma de neve. O ALBEDO envolve quantidades de muitas ordens de grandeza superiores às reemissões de infravermelho do CO2, tanto pela sua maior abundância na atmosfera, quanto pela sua imensamente maior capacidade de conduzir, reter, ou refletir radiação térmica. Além disso, a água, nos processos naturais da terra, muda de fase manipulando enorme quantidade de calor a cada mudança, enquanto o CO2, está sempre na forma gasosa.

    Se alguém se propõe a estudar a TERRA como se fora um imenso multi-trocador de calor com o universo, e exclui os processos das Nuvens(vapor d’água), não está fazendo trabalho científico nenhum. Está fazendo mapa astral, jogando búzios, tarô, ou qualquer truque de magia negra.
    Isso não pode ser considerado como processo científico. Poderia ser chamado de adivinhação, vidência, magia, etc… “Trago a pessoa amada em 3 dias”.

    Vejamos as semelhanças no texto entre extraído do relatório, com previsões de astrólogos, numerólogos, Mãe Dinah, e outros videntes:

    1. “…é pouco provável …“
    2. “… com algum grau de incerteza pode ser dito…”
    3. “… evidência de influência humana aparece substancialmente…”

    Obs.: As semelhanças não são meras coincidências…

    Apesar de tantas, e mal confessadas(não demonstram com cálculos) INCERTEZAS, a conclusão do parágrafo surpreende, com a afirmação categórica:
    “…e conclui-se que o aquecimento observado durante os últimos 50 anos deve-se ao aumento na concentração de gases de efeito estufa na atmosfera devido a atividades humanas.”

    Lembram muito, o cientista português concluindo:
    “As aranhas, sem as patas não ouvem.”
    Ou a Mãe Dinah, afirmando:
    “O Brasil vai ganhar a copa de 2010”.

    Um mapa astral tem a mesma chance de acerto, que as previsões baseadas nesses estudos “científicos” desses senhores.

    • Dani Victor:

      Amigo teu comentario ficou otimo, mencionou albedo, as tranfusoes gigantescas de calor nas trocas de fase ou estado da agua e outros conceitos importantissimos, na verdade este comentario deveria substituir o proprio artigo q ficou um lixo. totalmente tendencioso, onde se usa sensacionalismo e o artificio da “maioria estar com a razao” qd deixa quase q evidente q o aquecimento global e real so porque existem mais artigos defendendo ele, vale lembrar q este principio n se aplica a ciencia, ciencia exige fatos o q e td o q nao se ve neste artigo ! soa mais como um besteirol religioso.

    • Soul da Paz:

      Anibal, parabéns pelo comentário.

      Só para efeito de curiosidade: nasci e moro no litoral paulista há 49 anos e posso afirmar com certeza que ainda não percebi a tal elevação do mar que tanto falam, a não ser as subidas naturais por conta da interferência lunar e por uma ou outra anomalia natural. Baseio-me pelos manguezais, não pelas ressacas. Caso a elevação fosse real, eles ficariam submersos por períodos mais longos que o normal.

    • Soul da Paz:

      Fortes argumentos contra a teoria do aquecimento global é o que não falta:

      http://www.youtube.com/watch?v=pjFc2EwXzZo

  • Anibal Vilela:

    Caros amigos do site,

    Para procurar alguma comprovação de aplicação prática, e a consequente validação dos relatórios, previsões, modelos climáticos e dados do IPCC, tentei imaginar se alguma previsão fora feita da seca de 2010-2011 da Amazônia.

    Busquei na Internet algum trabalho com base nos dados do IPCC, em português, para deixar a leitura menos cansativa, que por exemplo, houvesse previsto algum evento climático relevante para nós brasileiros. Não encontrei nenhum. A seca da amazônia de 2010-2011 foi um evento chocante que foi mostrado exaustivamente na TV, e por isso foi minha primeira escolha.

    Encontrei o relatório número 1, de um projeto do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos / Instituto Nacional de Pesquisa Espacial(CPTEC/INPE), referente ao subprojeto Caracterização do clima atual e definição das alterações climáticas para o território brasileiro
    ao longo do Século XXI.

    Na íntegra em:
    http://mudancasclimaticas.cptec.inpe.br/~rmclima/pdfs/prod_probio/Relatorio_1.pdf

    Ainda estou lendo, mas já é possível fazer alguns comentários. Quem tiver a paciência de ler na íntegra poderá ajudar na interpretação.

    Apenas para situar, o trabalho foi publicado em 2007, logo a seca na Amazônia, não se refere à seca de 2010-2011, mas principalmente à de 2005. A de 2010-2011 foi ainda mais severa.

    De cara, na apresentação(pág.3) , encontrei o seguinte:

    “Extremos climáticos recentes como as secas na Amazônia, no Sul do Brasil, na Espanha e Austrália, os invernos intensos da Ásia e Europa, as ondas de calor da Europa 2003, o
    furacão Catarina no sul do Brasil em 2004, e os intensos furacões no Atlântico
    Norte durante 2005, têm sido atribuídos ao aquecimento global, ainda que as
    evidências não permitam estabelecer relações entre eles com grande certeza. O
    que se sabe é que estes fenômenos têm afetado a população, com grandes
    perdas em vidas humanas e na economia, agricultura, saúde, e com impactos
    graves nos ecossistemas.”

    A “filial brasileira” do IPCC admite que as evidências não permitem estabelecer relações entre o aquecimento global e os recentes “extremos climáticos”, embora sejamos bombardeados o tempo todo com a informação de que tudo isso se deve ao fato de os humanos estarem emitindo CO2 na atmosfera.

    Logo depois, um primeiro sintoma de que não acreditam muito nessa história de modelos climáticos:

    “O documento não discute os méritos dos AOGCMs nem dos cenários SRES, apresentando uma seleção de projeções de clima futuro disponível de forma que pode ajudar aos especialistas em estudos de impactos na tomada de decisões.”

    Se os modelos climáticos e suas previsões fossem um “consenso” científico, como alguns pretendem que acreditemos, ninguém sequer se preocuparia em citar a falta de discussão do mérito, uma vez que o mérito dos modelos seria inquestionável. Notar que para ter mérito, não precisaria acertar 100%. Bastaria ter utilidade prática.
    Citando o colega Edir, se o trabalho fosse a respeito dos movimentos planetários, não faria o menor sentido uma frase como:

    “O documento não discute os méritos do modelo heliocêntrico e da lei da gravidade” ! ?

    Na página 25 temos um ato falho:

    “Ainda que os modelos subestimem a magnitude da resposta na atividade vulcânica ou solar, os padrões de variabilidade espacial e temporal são tais que esses efeitos sozinhos não podem explicar as mudanças observadas de temperatura no Século XX.”

    Na opinião dos autores desse trabalho, os modelos subestimam a magnitude da resposta climática às atividades solares e vulcânicas.

    Pretendo fazer vários comentários na sequência, assim que for avançando na leitura e tiver tempo de compilar os textos-chave.

    Grande abraço.

    • Cesar Grossmann:

      Bom, e você pretende usar UM ÚNICO TRABALHO para determinar se dezenas de milhares de trabalhos estão corretos ou não? Não me parece muito razoável.

      E acho que você está tendo problemas de interpretação. Na página 25 não há um ato falho. Na página 25 está a demonstração cabal que os modelos climáticos que não levem em conta a atividade humana falham em prever a temperatura atual.

      O parágrafo todo de onde você tirou a frase é:

      É provável que a forçante natural (solar e vulcânica) tenha sido negativa nas últimas duas décadas, talvez durante as últimas quatro décadas. Avaliações estatísticas confirmam que a variabilidade natural do clima simulada (interna e naturalmente forçada) não explica o aquecimento observado durante a segunda metade do Século XX (Figura 2). Porém existem evidências de uma influência solar, especialmente no início do Século XX. Ainda que os modelos subestimem a magnitude da resposta na atividade vulcânica ou solar, os padrões de variabilidade espacial e temporal são tais que esses efeitos sozinhos não podem explicar as mudanças observadas de temperatura no Século XX.

      A figura 2 (e é importante ler todo o parágrafo, retirar uma frase do seu contexto pode mudar tudo) tem três gráficos. No gráfico a são computados os fatores naturais, no gráfico b aparecem os fatores antropogênicos, e no gráfico c aparecem os fatores naturais e os antropogênicos. Para notar que o modelo reflete exatamente a curva da temperatura quando acrescentamos o modelo da atividade humana.

      Sobre a discussão do modelo, a sua crítica é descabida e sem sentido – você está criticando um trabalho que não visa discutir o mérito dos modelos por não discutir o mérito dos modelos. É como se você criticasse um livro sobre navegação planetária por não discutir o mérito as leis da mecânica orbital – não é este o objetivo do trabalho e para esta crítica você deve procurar outros trabalhos.

      Além do mais, no meio acadêmico o aquecimento global antropogênico é consenso. Já foi demonstrado, negar isto é negar os fatos.

    • Anibal Vilela:

      Usar um único trabalho para determinar se dezenas de milhares de trabalhos estão certos ou errados ?

      Muito pelo contrário, o que pretendo de verdade é encontrar um único trabalho que tenha sido eficaz em prever, com mais de dois anos de antecedência, algum dos acontecimentos climáticos de grande importância no mundo, especialmente no Brasil. Sejam eles causados pela ação do homem, da mulher, dos pássaros, ou dos ET’s. Minha esperança era a de encontrar algum trabalho que tivesse previsto a seca de 2010-2011 na região amazônica.

      Para isso, usei as palavras-chave(seca amazônia previsão) que acabaram por me conduzir a esse trabalho. Se ao final, esse trabalho se mostrar falho em prover sustentação consistente ao aquecimento global, e às previsões alarmistas, poderei no futuro tentar outro. Mas tenho que começa por algum, visto que ainda não me debrucei sobre nenhum.

      Nessa busca, encontrei esse trabalho que não é qualquer trabalho, pois foi coordenado por ninguém menos que um membro do IPCC no Brasil.

      Nada melhor que conhecer de perto, lendo na fonte, o trabalho como ele foi escrito e publicado, e não lendo apenas os resumos, impressões e interpretações derivadas de alucinações fanáticas.

      E a respeito do ato falho, você não deve saber o que é “ato falho”, do contrário, não tentaria dizer o óbvio, que é o fato de o trabalho, como um todo, estar alinhado com as idéias centrais do IPCC. Mas, atos falhos acontecem, e este está escrito e foi publicado. Não tente me culpar.

      O fato é que, na opinião dos autores do trabalho “os modelos(usados pelo IPCC) subestimam a influência do sol e vulcões nas mudanças climáticas”.

      O fato de eles terem essa opinião, não é prova de que os modelos estejam errados, e nem certos. Mas é prova de que aquela minha tese da “INCERTEZA” dos modelos está fundamentada.

      A respeito do consenso, ou você não entende o conceito de consenso, ou pretende modificá-lo, usando “modelagem linguística”.

      O consenso, embora não necessite de unanimidade de opinião prévia, passa, a partir do momento em que ele é ratificado, a ser defendido por todos os envolvidos. Se o AGA fosse consenso, seria defendido pelo professor Molión, que faz parte do meio acadêmico e dos órgão de meteorologia mundial. Ou será que ele consentiu, e depois quebrou o acordo ?

      Afinal, o professor Molion faz parte do meio acadêmico, sendo o representante da América do Sul, na OMM(Organização Meteorológica Mundial, da ONU). Logo, ele pertence ao meio acadêmico, INEGAVELMENTE. Isso sim, é um fato.

      A religião “Aquecimentista do Final dos Tempos”, apesar de ter seus bispos, padres e uma legião de fanáticos mundo afora, tem também seus hereges e pagãos.

      A partir de amanhã, vou ficar alguns dias fora da discussão, pois vou aproveitar o “aquecimento global” no paraíso chamado Arraial do Cabo.

      É provável que volte a partir da próxima segunda-feira.

    • Cesar Grossmann:

      1. Os modelos do aquecimento global prevêem corretamente a curva de temperatura que as leituras estão apresentando. Esta é uma confirmação importante e você a está ignorando completamente.

      2. consenso e unanimidade são coisas diferentes. O professor Molion está errado em muitos pontos que ele defende. E o fato dele estar divergindo do consenso não é motivo para dizer que não há consenso. É uma distorção semântica, você está querendo que consenso tenha o valor de unanimidade, quando são coisas diferentes.

      O aquecimento global antropogênico é consenso científico, a esmagadora maioria dos cientistas não tem dúvida alguma que esteja acontecendo. Ele não é uma unanimidade por que sempre tem alguns que, pelos mais diversos motivos, escolhem não aceitar o consenso, apesar das evidências. É o direito deles, mas uma andorinha não faz verão, e não é por que o professor Molion não subscreve a TAGA que ela passa a ser falsa.

    • Anibal Vilela:

      Cesar,

      Estou postando fielmente o que leio extraio do relatório. Não invento nada, e quando expresso opinião, deixo bem claro que trata-se de opinião.

      Vamos ao relatório:

      ” No caso de temperaturas e viés sazonais, a Figura 35 e as figuras do Anexo I mostram que o modelo CCCMA e em menor grau o modelo do CSIRO apresentam vieses frios na maior parte do Brasil, com valores de até 4ºC menor que a climatologia observada durante todas as estações do ano. Na primavera, o modelo do GFDL tende a ser mais quente que o observado (até 4ºC na Amazônia), enquanto que o viés é menor no CCSR/NIES. No verão o HadCM3 aparece como o mais próximo à climatologia observada enquanto que o GFDL tende a ser mais quente no sul do Brasil e o CCSR/NIES tende a ser mais frio que o observado ao leste dos Andes. No outono, o HadCM3 aparece mais próximo a observações com anomalias moderadas entre +1 e -1ºC em relação à 98 climatologia, e no inverno o GFDL é mais frio na Amazônia central (até 2ºC) e o HadCM3 tende a ser ligeiramente mais frio que nas observações no Brasil subtropical. Ë importante considerar estes vieses no momento de avaliar os cenários futuros, para poder estimar os valores de chuva e precipitação além das anomalias em ralação ao clima do presente.”

      Se você considera que 4 graus centígrados de diferença entre o previsto no modelo e o observado nas leituras é um acompanhamento CORRETO, você está contradizendo o resultado os climatologistas que elaboraram o relatório, e são todos do IPCC. Não são os REBELDES, que deveriam ser queimados pela INQUISIÇÃO. São os fiéis que estão dizendo.

      Vá estudar o significado de CONSENSO. Maioria não estabelece CONSENSO, a menos que os que forem contra, CONSINTAM. Significado linguístico. Não tente retorcer a palavra para que ela se adeque ao seu desejo. CONSENSO é uma coisa. Maioria, seja de que tamanho for, não forma CONSENSO à força. Maioria DECIDE, se for caso de se tomar alguma decisão, que seja cabível à maioria. Mas, CONSENSO só existe com o consentimento dos que têm opinião diferente.

      UNANIMIDADE, é quando todos têm a mesma opinião, e portanto não cabe falar em maioria, ou em consenso.

      Então o aquecimento global antropogênico não é consenso entre os cientistas, porque o Molión é cientista e resiste. Não é consenso entre os órgãos climáticos da ONU, porque o MOLIÓN também é representante de uma das entidades climáticas da ONU e resiste em consentir.

      Onde está o consenso ?

      Na maioria ?

      Toda e qualquer maioria forma consenso ?

      A partir de que percentual, uma maioria se torna CONSENSO ?

      Procure em qualquer tratado linguístico, administrativo, jurídico ou organizacional e prove.

  • Edir Marcelo Zucolli:

    Cesar Grossmann, desta vez falo a ti diretamente.
    Reconheço que meu esforço em buscar as “fontes” é insuficiente e que uma pesquisa mais apurada poderia me trazer “surpresas”. Mea culpa! Mas, creio que seriam poucas e que o quadro que pintei se aproxima da realidade. Não que devamos demonizar indivíduos ou a causa que patrocinam, absolutamente! Mas, a TAGA tem gerado muito mais do que polêmica; também animosidade e hostilidade, bem como a estranha preocupação em persuadir que eu tanto deploro. Não que os céticos tenham declinado da persuasão. Seu foco, porém, é diferente e parece visar antes os poderes seculares que as massas volúveis e, mormente, mal aculturadas. Feito assim, não me sinto coagido e acabo por creditar pontos à causa deles. Não que eu seja um cético. Longe de mim hastear uma bandeira e tentar mudar o mundo!
    O que busca e o que ganha cada um dos lados? Não sei quem é o herói ou quem é o bandido, mas sei que existe UMA verdade, que devo persegui-la, que ela se ajusta às leis da física e que o nosso conhecimento da sua aplicação a nível atmosférico é por demasiado incipiente; do contrário não haveria celeuma, polarização, viés político-ideológico etc. Seria tão bom se pudéssemos fechar a questão… Mas não vai dar… Não no curto prazo.
    E, como o meu forte não é debater sobre dados científicos, só me resta propor nas causas subjacentes um meio de inferir a verdade. Garanto que desta vez vou mergulhar o mais fundo que puder.
    Século após século tivemos as mais variadas visões do mundo: teocentrismo, iluminismo, humanismo e, creio eu, agora vivemos era do “relativismo” que, pior que as anteriores, vitimou a própria ciência. Era pra ser tudo muito simples, objetivo, contundente, inquestionável, tal como é próprio da ciência: algo que se faz mais exato dia após dia. E, vede que não se trata apenas do confronto TAGA versus negadores; temos um imbróglio ainda maior chamado evolução darwiniana versus design inteligente!
    Inverteu-se a relação causa e efeito e, não é caso de dizer que a civilização está sob a ameaça do aquecimento global, pois este é uma consequência das escolhas e decisões que nos levaram ao presente momento histórico com sua postura singular diante das questões éticas e morais, do certo e do errado, da família, da política, da religião e, por que não, da ciência? Temos antes um fenômeno sociológico que se desdobrou em fenômeno climático: real ou imaginário, antropogênico ou natural; quem sabe? E, como termina tudo isso? Qualquer desfecho provará ser ruim…
    Se o AGA estiver realmente em curso, os oceanos vão se expandir, subverter litorais, forçar migrações e gerar os piores conflitos geopolíticos e econômicos. Qualquer repercussão adicional vem a reboque e não precisa ser mencionada, visto que só serve para aterrorizar ou excitar a mente das massas já mencionadas. Falo destas coisas como se fosse uma certeza, já que os esforços para mitigar o problema são pífios e não há perspectiva de mudança.
    Se o AGA for uma farsa, a ONU, sustentáculo do IPCC, será exposta como algo atrelado a interesses escusos e imperialistas, indigna de confiança. Daí, teríamos conflitos geopolíticos e econômicos ainda piores. Chego a pensar que o “relativismo” tem uma razão de ser e que _Deus me livre_ trata-se de algo bom!
    E, já que invoquei o sobrenatural, vou tocar num extremo: Talvez seja o caso de clamar a Deus para destituir as nações de suas respectivas soberanias, assumir ele próprio o controle dos assuntos humanos e fazer a verdade (ciência) reluzir em todo esplendor.
    Eu topo!

    • Cesar Grossmann:

      A polêmica é artificial. No meio acadêmico não há polêmica, há consenso. Felício e Molion são os “rebeldes” nesta história, mas, por todos os dados que temos, eles estão errados. Alguns argumentos que eles usam já foram demonstrados que estão errados (e eles vão continuar usando).

      Outro lugar que você vai encontrar a “polêmica” é na mídia. E também na política.

      Repito, para a ciência isto é um assunto bastante estabelecido. Este artigo aponta que isto é verdade. Será que todos os especialistas que produziram os milhares de artigos estão errados? Não com as evidências que existem. Pode ter alguma evidência que desminta a TAGA? Pode. Mas ela ainda não apareceu, e não dá para assumir que algo é falso com base em uma evidência que não existe ou não foi encontrada.

  • Anibal Vilela:

    Caro Cesar,

    A Cesar, o que e de Cesar:

    “Além do mais, o fato de a Terra ter passado por várias eras do gelo seguidas de aquecimentos globais não invalida a teoria do aquecimento global antropogênico.”

    1. O aquecimento global, antropogêncio ou não, de acordo com os argumentos dos alarmistas se retroalimenta com os processos de evaporação do CO2 dissolvido no oceano, com a modificação do ALBEDO(capacidade de reflexão) da terra, causada pelo derretimento das calotas polares e demais geleiras, e pela liberação de gás metano do PERMAFROST. Esses 3 processos de retroalimentação de aquecimento, se funcionassem conforme o previsto pelos alarmistas, teriam sido responsáveis por manter a terra eternamente fervendo, ou congelada. Isso é lógica, de simples dedução, com conhecimentos de físico-química de segundo grau. Para isso tanto faz, se o CO2 presente na atmosfera foi lançado por vulcões, ou por chaminés. O processo não é sensível à origem do CO2. A assinatura isotópica de carbono, usada em artigos que afirmam poder determinar o que é gerado pelo homem, não modifica em nada o comportamento físico-químico do gás CO2.
    Logo, meu argumento nesse caso, não é o de negar que exista aquecimento antropogênico. É apenas para demonstrar, que quem faz essas previsões alarmistas, as fazem sem saber como as coisas realmente funcionam, e usam argumentos parciais do problema para nos convencerem. E nunca, mas nunca mesmo, admitem que estão sendo parciais, e que realmente não sabem quais as causas e como funcionaram as transições entre ciclos de resfriamento e aquecimento do passado. Se não conseguem entender as do passado, como poderiam prever os próximos ciclos ?

    Mais uma de César:

    “Aliás, eu não entendi ainda onde é que você quer chegar. O fato de não sabermos como funcionam alguns mecanismos climáticos (e esta é uma afirmação tua, dada sem provas), não invalida que a gente tenha descoberto alguns fatos:…”

    Eu acredito que tenha conseguido explicar onde quero chegar no argumento anterior. Quanto à falta de provas, não entendi sua dúvida, pois afinal não existe nenhuma prova de que a Cuca, o Saci-pererê, a Mula-sem-cabeça, existem. E não é por falta de provas, que eles passariam a existir, não é mesmo ?

    • Cesar Grossmann:

      Uma coisa é a constatação do aquecimento global. Outra coisa é a demonstração de sua origem. E uma terceira coisa mais diferente ainda é a previsão do que pode acontecer.

      O aquecimento global já foi demonstrado, e é consenso científico. Então dizer que não está acontecendo é enfiar a cabeça na areia.

      Da mesma forma, o mecanismo que está aquecendo o planeta também já foi apontado, é o aumento no CO2 na atmosfera. É também consenso científico.

      E a origem do CO2 adicional também já foi apontada, é a atividade humana.

      Em tudo isto NÃO TEM NENHUMA PREVISÃO, É SÓ CONSTATAÇÃO. São só fatos.

      A história de que os modelos estão errados ou não são confiáveis é papo-furado. O modelo climático apresenta uma curva que é bastante semelhante à curva de temperatura observada, então o modelo é confiável, e quem diz isso não sou eu, são os climatologistas – aquela gente que tem a convicção do aquecimento global antropogênico, e que faz parte daquele grupo de mais de 90% dos climatologistas ativos na área.

      Não concorda com isto? É um direito teu. Eu só estou apontando o que é consenso científico. Não cabe a mim dizer que está tudo errado ou não está explicado direito ou qualquer coisa assim – os trabalhos científicos estão aí, os autores tem nome e endereço.

  • Anibal Vilela:

    Cesar,

    Não encontrei nenhum link para os dados no site(www.skepticalscience.com) indicado por você. Lá tem uma montanha de artigos, mas nada de dados.

    Eu achava que os “cientistas estatísticos” do IPCC já tivessem ficado de saco cheio de tanto ceticismo, e esfregado na nossa cara, seus dados e fórmulas utilizados nas modelagens climáticas.

    Se tivessem feito isso, os dados seriam encontrados com facilidade na Internet, via Google. Mas pelo visto isso ainda não aconteceu.

    No dia em que o IPCC tiver que calcular(com memória de cálculo publicada) e demonstrar a margem de erro de suas afirmações e previsões, aí passarei a dar o devido crédito a elas.

    Até lá…

    • Cesar Grossmann:

      Anibal, os dados não estão lá, mas os links para os dados, sim. Eu acho complicado você não ter achado nada, quando é tão fácil achar…

      Um exemplo, no argumento “It’s the sun” (“É o sol”) você encontra o gráfico da atividade solar, e links para os dados brutos obtidos pela Nasa.

      O argumento “It’s the sun”
      http://www.skepticalscience.com/solar-activity-sunspots-global-warming.htm

      Dados da temperatura (Nasa GISS):
      http://data.giss.nasa.gov/gistemp/tabledata/GLB.Ts+dSST.txt

      Dados da atividade solar:
      Solanki (até 1978) http://www.mps.mpg.de/projects/sun-climate/data/tsi_1611.txt

      PMOD (1979 a 2009) http://www.pmodwrc.ch/pmod.php?topic=tsi/composite/SolarConstant

      Eu estou começando a duvidar que exista realmente algum interesse em procurar estes dados…

    • Anibal Vilela:

      Os dados de atividade solar são públicos. Disso eu sei.
      Os dados de temperatura da nasa, são tomados por satélite, e como tal eles têm suas limitações:

      1. Eles dão a temperatura da superfície(água, ou terra), quando, as temperaturas que mais interessam aos seres humanos é a temperatura do ar.

      2. A medição de temperaturas por satélite é recente, não tendo dados de 100 anos atrás, que costuma ser usada nos relatórios do IPCC para dizer que a temperatura global aumentou.

      Os dados que mais interessam são os dados colhidos em estações meteorológicas, desde que começaram a ser registrados até hoje.

      A respeito do artigo do site que mostra a divergência entre a atividade solar e a evolução da temperatura na terra, os céticos poderiam aplicar o mesmo raciocínio dos alarmistas quando estes explicam a relação CO2-evolução de temperatura, dizendo que elas têm atrasos.

      O spot temporal usado por ambos os lados não permite qualquer conclusão. Seria preciso analisar por mais tempo. De preferência, por todo o tempo disponível.

      Existe uma frase interessante, cujo autor não me recordo:
      “Os números, quando torturados confessam qualquer coisa”.

      Ela aplica-se a ambas correntes, e por isso nego-me a analisar um “spot” temporal de gráfico, quando sabemos que existem dados além e aquém dos que são exibidos.

      A metáfora dos gráficos de preços de ações em bolsa de valores é bastante elucidativa.

      Todo mundo da pesquisa científica sabe como calcular a INCERTEZA. O único ramo científico que se nega a calcular e publicar a INCERTEZA de suas conclusões “científicas”, é o ramo dos alarmistas climáticos do IPCC.

      Previsões feitas sem a publicação da INCERTEZA e de sua memória de cálculo, têm o mesmo valor “científico” de um mapa astral.

    • Cesar Grossmann:

      Será que realmente é assim como você diz? Não tem nenhum grau de incerteza publicado? Então o parágrafo abaixo não faz parte de nenhum trabalho usado pelo IPCC?

      An estimate of the uncertainty of the long-term behaviour of the composite TSI can be deduced from the uncertainty of the slope relative to ERBE. For the PMOD composite the slope over the whole period amount s to 1.1 +/- 2.1 ppm/a. Although this standard deviation is partly determined by the sampling of ERBE we may estimate the uncertainty of a possible trend to be <3 ppm/a for periods longer than 10 to 15 years. This implies a possible change of 50 to 80 ppm over the 23 years of the observations. If we add the uncertainties related to the tracing of ACRIM-II to I and of the HF correction (60 ppm) we get a total uncertainty of 92 ppm. The observed change of the PMOD composite as difference between two successive minima amounts to -10 ppm which is not significantly different from zero at the 3-sigma level.

    • Anibal Vilela:

      É impossível analisar detalhadamente toda a montanha de artigos usados como referência, mas de relance, lá está na página 4, em “Methods”, no meio do segundo parágrafo:

      “…It is assumed that the feedbacks are constant over time…”

      Se os processos de “feedback” fossem constantes no tempo, a terra ficaria eternamente fervendo, ou eternamente congelada. Isso ainda não aconteceu, na história da terra.

      Entendeu ?

    • Anibal Vilela:

      Cesar,
      Desse artigo citado por você, vamos analisar o gráfico “b” da página 2:
      Os dados gerados por simulações estão em preto. Em azul seriam os dados de medição. “Medição” não seria o termo, pois não há como ter sido medido globalmente a superfície dos oceanos entre 1850 e 1950.
      Assumindo que essa “modelagem” esteja correta, mas ainda sem saber a incerteza da mesma, podemos colocar 5 spots no gráfico:
      1850 – 1880 Aquecimento
      1880 – 1910 Resfriamento
      1910 – 1940 Aquecimento
      1940 – 1970 Resfriamento
      1970 – 2010 Aquecimento
      Se qualquer dessas tendências acima tivesse mantido seu ritmo, a temperatura estaria diferente do que está hoje. Só para contrariar, a natureza não aceitou seguir os gráficos de tendência traçados pelos integrantes do IPCC jogados ao passado para alarmar a humanidade da época.

      O período todo mostrado em azul(1850-2016) no gráfico é ínfimo para efeitos de geociência. 166 anos, na escala de tempo de evolução de glaciação e aquecimento não é nada. Como não temos nesse gráfico as temperaturas de mais 200, 2.000, 20.000, 200.000, 2.000.000, 20.000.000, 200.000.000 de anos atrás, para analisarmos como se comportou o clima nesse período, fica muito difícil acreditar que essa projeção mostrada para além de 2020 seguirá nesse ritmo apresentado.
      Se fosse verdade, iríamos concluir que:
      No ano 2500, a temperatura da terra teria subido dos 15 graus atuais para 61 graus centígrados.
      No ano 3000, atingiríamos 111 graus centígrados, e não teríamos mais água líquida no planeta.
      No ano 10.000 atingiríamos 811 graus centígrados, tendo o dobro da temperatura de Vênus, sendo o plante mais quente do sistema solar.
      No ano 20.000 atingiríamos 1.811 graus centígrados e a terra seria uma enorme bola de lava.
      No ano 100.000 estaríamos a 10.811 graus centígrados e estaríamos mais quentes que a superfície do sol.
      Em pouco tempo, da escala astronômica seríamos uma super-nova.

      Exagerei de propósito na tentativa de demonstrar a fragilidade de simulações feitas com base em simulações anteriores, sem levar incluir nos cálculos e sem demonstrar a INCERTEZA. As incertezas de cada etapa devem ser multiplicadas, desde a primeira etapa, de medição ou dedução por modelagem, até à última etapa.

      Tal não aconteceu nesse artigo, visto que a “INCERTEZA” publicada de meros 5-95%, mostrada em cinza e que muda o resultado final de 2 graus(5%) para 5 graus(95%) , estava baseada em um montão de outras premissas, uma das quais, totalmente errada(incerteza de 100%), de que os processos de “feedback” não variam no tempo. A sequência de eras do gelo da terra, são a prova cabal de que esses processos variam no tempo.

      Essa INCERTEZA mostrada de 5-95% não é calculada de todo o processo desde o início, mas apenas da última estapa da modelagem.

      Quem entende o mínimo de tratamento de dados, simulação com modelagens de dados, e modelagem sobre modelagens anteriores, sabe da fragilidade de um resultado como esse.

      Se essa mesma modelagem tivesse sido feita em 1910, estaria errada, em 1940 ou 1970, também.

      Por que estaria certa agora ?

      Quem, em 2010 previu essa atual onda de frio da europa e ásia ?

      Prever recorde de calor no Rio de Janeiro, ou em qualquer metrópole do mundo é moleza.

      Qualquer Mãe Diná !

  • Anibal Vilela:

    Caro Cesar Grossman,

    Você afirma:

    “A conclusão que se chega é que a negação do aquecimento global não é um movimento racional, de discussão dos dados científicos, por que eles simplesmente não aceitam qualquer conclusão que não esteja de acordo com o dogma deles. EXATAMENTE COMO OS CRIACIONISTAS.”

    Em primeiro lugar precisamos definir e conceituar o que são dados científicos, utilizados pelos aquecimentistas, como argumento irrefutável.

    São considerados “dados científicos” o resultado de modelagem climática feita por sistema computacional ?

    Ou são considerados, apenas dados de medição de temperatura, feitas em estações meteorológicas certificadas ?

    Outro conceito a ser explicado, é “Temperatura média global”. Como ela é inferida, visto que não temos ainda hoje condições de afirmar qual é a temperatura média global da terra, por falta de estações climáticas nas imensas áreas desabitadas, como oceanos, desertos, zonas de conflito, etc…

    Quem já teve a paciência e curiosidade de ler algum artigo científico não contaminado, ou seja, não ligado a hipóteses aquecimentistas e nem negacionistas, sobre como determinação do nível médio do mar em determinado local, sabe da impossibilidade de se determinar um “nível médio do mar global”.

    Quem trabalha seriamente com estatística, poderia facilmente determinar a margem de erro, das conclusões apresentadas como verdades factuais, como por exemplo a de que a temperatura média global subiu 0,74 graus centígrados desde…

    E daí ?

    Se você pegar um gráfico da ação da Petrobras na bolsa de valores, dependendo do período que você colocar no holofote, poderá lhe dar razão para dizer que a ação está subindo de preço, como nunca antes, e vice-versa.

    Em que época da história da terra, nos períodos interglaciais, tivemos dados de medição de temperatura da mesma precisão que hoje, usando o mesmo intervalo(100 anos) usado hoje, para garantir que o que está acontecendo hoje, nunca antes teria acontecido ?

    Qual é o processo paleoclimático que permite medir temperaturas de eras remotas com precisão de 0,5 grau centígrado em dezenas de anos ?

    Esse processo não existe, simplesmente.

    Então, uma breve análise de matemática estatística básica aplicada na determinação das margens de erro, das afirmações alarmantes dos aquecimentistas, derruba por completo seus argumentos.

    Esse é um dos motivos que me levam a desacreditar das afirmações dos alarmistas climáticos.

    A ciência e o método científico não permitem chegar a nenhuma conclusão com base em margens de erro astronômicas.

    Por falar em astronomia, os aquecimentistas são iguais aos astrólogos fazendo previsões.
    Aliás, eles dizem usar “dados científicos” também…

    • Cesar Grossmann:

      Pois é, Aníbal, eu apontei um endereço onde estes dados científicos podem ser encontrados, e você procurou, procurou, procurou e não viu nada… Não sei o que dizer disso.

  • Anibal Vilela:

    James Lawrence Powell, concluiu, pelo mesmo método que o cientista português concluiu que as aranhas sem as patas não ouvem, que:

    1. As publicações são publicadas.
    2. As que falam sobre aquecimento global, falam sobre “aquecimento global” e não rejeitam o “aquecimento global”.

    Eureka !
    Esse cara é um gênio !

    Se eu fizer uma pesquisa entre os praticantes do judaísmo, econtrarei um índice de 99,99% de homens circuncidados.

    Se eu fizer uma pesquisa entre os cristãos, encontrarei um índice de 99,99% de pessoas que dizem: “Só Cristo salva…”.

    Grande pesquisador esse JAMES…

    • Cesar Grossmann:

      É, Anibal, se a gente quer procurar trabalhos científicos a gente tem que ficar lendo o jornal com que enrolam o peixe…

      Desculpa a ironia, mas é que a tua crítica é simplesmente equivocada. Uma das alegações dos negadores da ciência é que o aquecimento global antropogênico (ou apenas aquecimento global, conforme o negador da ciência que está falando) não é um consenso científico.

      O trabalho do James mostra que é, sim, consenso científico. De todos os trabalhos científicos publicados sobre o assunto, a esmagadora maioria corrobora a teoria do aquecimento global antropogênico.

      Então quem afirmar que o aquecimento global antropogênico não é consenso científico, ou não sabe do que está falando, ou está negando os fatos, ou então está pura e simplesmente mentindo para promover a ignorância e a desinformação.

    • Anibal Vilela:

      César,

      Em nossos livros de história, está escrito que a terra foi o centro do universo por centenas de anos, sob um consenso forçado, de mais de 98% dos cientistas das épocas, em todas as publicações oficiais.

      Quando um assunto científico tem implicações religiosas, políticas ou econômicas, as chances de se fabricar um consenso são maiores, e temos muitos casos na história.

      Mesmo que o assunto seja puramente científico, o consenso científico voluntário e de fato, pode estar enganado. Um exemplo recente foi a teoria da relatividade de Albert Einstein, que foi rejeitada por consenso durante muitos anos.

      Somente depois que ele comprovou, através de experimentos científicos, é que o consenso foi mudando de lado. Mesmo assim, levou bastante tempo até que o consenso se ajustasse ao que hoje se acredita.

      Espero ter demonstrado, que apesar de, na maioria dos casos os consensos científicos estarem bem posicionados, o fato de haver consenso, não é considerado como prova cabal de uma teoria.

      Nesse caso específico, em que é impossível na prática de qualquer um dos lados, comprovar suas teorias com experimentos irrefutáveis, não há nenhum motivo real para algum dos lados se autodenominar o detentor do consenso.

      Nesse caso, parece que sequer há um verdadeiro consenso, uma vez que em qualquer consenso que se preze, os discordantes abdicam de continuarem defendendo suas posições e se tornam, ou neutros, ou defensores da posição do consenso.

      Os argumentos de ambos os lados têm fundo científico, e divergem principalmente na hora de compilar e apresentar seus dados.

      Como nunca tivemos acesso à integra dos dados e suas fórmulas de compilação, não há motivos reais para aceitá-los como verdadeiros. O que o IPCC apresenta é um balanço de empresa, mostrando um enorme prejuízo, mas se nega a ter os dados auditados. Sem auditoria, nenhum balanço merece fé.

    • Cesar Grossmann:

      Aníbal, ainda assim a ciência representa a nossa melhor ferramenta para entender a natureza e o que está acontecendo. Ela pode estar errada em algumas de suas teorias? Pode.

      E também ela pode estar certa. Aliás, eu diria que hoje há mais chances dela estar certa do que errada, já que o conhecimento é cumulativo.

      De qualquer forma, prefiro estar errado pelas razões certas que estar certo pelas razões erradas. Descartar uma teoria que pode estar certa por causa de um preconceito contra a ciência é irracional, e também burrice.

      Outra coisa, esta história de se negar a ter dados auditados É MENTIRA. Mentira braba. Mentira feia. Mentira danosa. Mentira irresponsável.

    • Anibal Vilela:

      Você consegue para mim, os dados originais ?
      Esses dados, medições de temperatura e fórmulas de tabulação, estão em alguma publicação ao alcance do público ?
      Eu mesmo gostaria de vê-los. Não que eu seja auditr, mas de posse dele poderíamos saber se a alegação dos opositores do aquecimento, tem um fundo de verdade ou não. As alegações dessas pessoas é de que os dados de temperatura estejam contaminados por microclimas locais, sob influência do crescimento das cidades.
      São coisas muito simples, tanto de confirmar, quanto de se negar. Mas para isso, os dados têm de estar disponíveis.
      Já que não existe a negativa de auditoria, onde podemos encontrar as medições e fórmulas originais usadas pelo IPCC ?

    • Cesar Grossmann:

      Você consegue os links para os dados originais em http://www.skepticalscience.com/

      Consegue links também para os trabalhos científicos.

    • Edir Marcelo Zucolli:

      As palavras do Aníbal são muito apropriadas.
      Por que alguém como eu, que não é cientista, aceita como “fato inconteste” e “unanimidade” a seguinte afirmação científica: “A Terra é redonda e gira em torno do Sol”? E, por que reluta diante desta outra afirmação: “O CO2 gerado pelas atividades industriais está retendo o calor do Sol e sobreaquecendo a atmosfera inferior da Terra”. Quanto à primeira afirmação digo: Nunca fui ao espaço e não tenho acesso aos grandes telescópios para ter certeza, contudo não tenho dúvidas. Quanto à segunda, eu igualmente não tenho ferramentas para confirma-la ou contesta-la, mas estou propenso a acreditar que não é assim. Por que a diferença?
      Há vários motivos, mas, em parte é por causa das reações de alguns homens que promovem a ciência aquecimentista: No primeiro caso, não há cientista algum (creio eu) que afirme que a terra é plana ou que é o centro do sistema solar. No segundo caso, há um número significativo (embora minoria) negando a TAGA.
      No primeiro caso, não há esforço de persuasão: Se eu defendesse o geocentrismo ou a planicidade da Terra, apenas causaria risos. No segundo, vejo uma horda afoita de partidários do aquecimentismo tentando condicionar meu modo de pensar e agir sob a ameaça de que, se eu não me converter o planeta e a civilização, sim os meus descendentes, serão prejudicados.
      Depreendo isso das seguintes declarações:
      “Nós devemos apresentar cenários terríficos, proferir afirmações simplistas e catastróficas sem nos importarmos das dúvidas que possamos ter. Cada um de nós tem de escolher entre a eficácia e a honestidade”. (Stephen Schneider na Discover Magazine 1989)
      “Qual seja a verdade não tem importância. Só interessa o que as pessoas acham que é a verdade” (Paul Watson na Magazine Forbes, Novembro de 1991)
      “Se nós não anunciarmos desastres, ninguém nos ouvirá”. (John Theodore Houghton, primeiro presidente do IPCC, co-premiado com o Nobel da Paz)
      “Portanto, temos que oferecer cenários assustadores, fazer simplificações, declarações dramáticas, e fazer pouca menção de quaisquer dúvidas que possamos ter”. (Stephen H. Schneider, professor de Biologia Ambiental e Mudança Global na Universidade Stanford)
      “Todos os brados dos cientistas céticos não serão abafados enquanto eles não estiverem mortos”. (James Hansen na Columbia University, Julho de 2006)
      O que causa desconfiança não são os “fatos” que eles apresentam, mas o modo passional como são apresentados, quase impostos, através de uma mal forjada “unanimidade”. Isso beira o proselitismo! Melhor seria se eles pesquisassem, ensaiassem, demonstrassem e publicassem seus resultados sem se importar com uma minoria de céticos. Afinal, a verdade sempre acaba prevalecendo e a história é testemunha disso.
      Dizem que Galileu Galilei ao abjurar suas pesquisas para escapar do fogo da inquisição disse baixinho: “Eppur si muove”. Que bom que hoje não temos mais dúvidas!

    • Cesar Grossmann:

      Experimenta ir atrás das fontes destas citações. Você vai ter surpresas…

  • Soul da Paz:

    Para que nós, pseudo-conhecedores do tema, não incorramos nos erros dos “achismos”, deixo o link de dois vídeos com as explicações de dois cientistas brasileiros. Que cada um tire suas próprias conclusões:

    http://www.youtube.com/watch?v=pjFc2EwXzZo

    http://www.youtube.com/watch?v=RUKOFzxh-g0

    • Cesar Grossmann:

      O Molion simplesmente nega os fatos. E o Felício chega a mentir nas suas palestras. Acho que os “cientistas brasileiros” aí estão mal-representados…

      http://genereporter.blogspot.com.br/2009/04/aquecimento-global-parte-1-de-3.html

      http://www.amalgama.blog.br/06/2012/pseudociencia-negacionista/

      Basicamente, para formar uma opinião sobre um assunto que você não domina e que faz parte da ciência, você tem pelo menos duas opções (tem outras):

      1. siga o consenso científico. Neste caso, o aquecimento global antropogênico é um fato.

      2. encontre um especialista cuja opinião você se agrada e siga a ideia dele. No caso, se você quer enterrar a cabeça na areia, tem o Molion e o Felício. Azar que eles não tenham nenhum trabalho científico demonstrando o que dizem, azar que o Felício chega a mentir, e o Molion faz de conta que está certo, o que importa é que a tua opinião pessoal encontrou eco entre os especialistas, mesmo que seja só dois especialistas e que eles estejam indo contra o consenso científico – afinal de conta, é tão romântico ir contra o “establishment” (é bastante anos 1960, mas os anos 1960 ainda não acabaram na cabeça de muita gente)…

  • D. R.:

    Cesar, veja que eu não sou contra a maioria das medidas para se tentar evitar o aquecimento global. Acredito que o uso de tecnologias verdes (seja o aquecimento global provocado ou não pelo homem) só irá trazer benefícios à humanidade e ao meio ambiente. Desde que não se use isso como desculpa para o controle populacional e contra a soberania dos países.

    Não vejo a hora de todos os veículos se tornarem totalmente elétricos e de toda casa gerar sua própria energia elétrica a partir do sol. Aliás, penso que carros elétricos são até mais ecológicos que carros movidos a hidrogênio; já que esse últimos expelem vapor d’água no meio ambiente e sabe lá se isso também não influirá no clima a longo prazo.

    Também sou meio avesso à teorias da conspiração e sempre procuro dar mais valor à ciência oficial. O problema é quando há cientistas e especialistas (mesmo sendo minoria) que passam a dar algum respaldo a tais teorias usando bons argumentos; como é o caso do aquecimento global. Isso é que confunde a nós leigos e ficamos sem saber em quem acreditar!

    Será que a opinião de 30.000 cientistas céticos do aquecimento global antropogênico não vale nada?

    Ou o relatório, apresentado no Senado dos EUA em 2009, de mais de 700 cientistas dissidentes sobre o aquecimento global antropogênico afirmando que O SOL É QUE MANDA NO CLIMA também não vale nada?

    http://sandcarioca.wordpress.com/2011/11/29/o-sol-manda-no-clima/

    Assisti o vídeo do Pirulla que o Cesar indicou criticando o climatologista da USP Dr. Ricardo Felício; mas, o próprio cara diz que é biólogo e não entente nada de clima e só ficou fazendo especulações e acusações no vídeo sem apresentar provas e dados científicos. Mesmo assim, ele ainda concorda em alguns pontos com o climatologista, com afirmar que Al Gore tem uma empresa que comercializa créditos de carbono e que o mesmo não é imparcial, que a Antártida sempre teve um buraco na camada de ozônio embora tenha aumentado, etc.

    Já sobre as patentes, ele apresentou argumentos convincentes e alguns dados de pesquisa interessantes. Mas, olha o que disse o Dr. Ricardo Felício no Programa do Jô: que em 1987 venceu as patentes dos gases refrigerantes CFCs que passou a custar apenas U$ 1,38 o quilo; aí, lançaram o HFC a U$ 38,00 o quilo afirmando que não afetava a camada de ozônio; agora que a patente está para vencer, estão afirmando que esse também faz mal para a camada de ozônio e para o aquecimento global e vão lançar outro a U$ 100,00 o quilograma; sendo que parques de refrigeração inteiros terão de ser trocados.

    Para mim, não importa se esse Dr. Ricardo Felício está querendo agradar ruralistas ou não, o que importa é se os dados e fatos apresentados por ele são verdadeiros ou não. E também gostaria de saber se outros climatologistas da USP e de outras universidades divergem das idéias do Prof. Felício ou não.

    Além disso, ainda vale algumas indagações (de um leigo no assunto):

    – Se o aquecimento global é antropogenicamente provocado e não pela mera ação do Sol por quê, então, em eras passadas (onde o número de seres humanos era bem menor do que hoje ou sequer existiam seres humanos na Terra e a concentração de CO2 na atmosfera era bem menor) a variação de temperatura já foi bem maior do que hoje?

    – Os dados indicam que, na última década, a temperatura global parou de aumentar e alguns cientistas estão afirmando que entraremos numa nova era glacial; coincidentemente, junto com a diminuição das explosões solares. Nesta década, pouco se fez para diminuir a emissão de CO2 e a população mundial aumentou consideravelmente. Se o aquecimento global é realmente provocado pela ação do homem e não pelo Sol por quê, então, a temperatura não continuou subindo?

    – Será que o aumento atual da concentração de CO2 na atmosfera é que tem provocado o aumento da temperatura na Terra ou será, justamente, o contrário: o aumento da temperatura na Terra (em especial dos oceanos), através do aumento das explosões solares, é que tem aumentado a concentração de CO2 na atmosfera?

    – Se, realmente, menos do que 4% da emissão de CO2 na atmosfera é causada pelo homem, não está correta a afirmação do Dr. Molion (PhD em meteorologia com mais de 100 artigos publicados, segundo a Wikipédia) de que isso é menor do que a própria margem de erro?

    – Já que o problema do aquecimento global é tão grave e eles têm tanto interesse assim em salvar o Planeta e o futuro da humanidade por quê, então, não liberam essas patentes para que o custo desses gases ecologicamente corretos passem a custar, pelo menos, o mesmo preço dos gases usados anteriormente?

    Parece que o Jonatas (embora, apesar de seu amplo conhecimento, não seja um especialista no assunto), pelos seus comentários em outros posts, também não acredita no aquecimento global antropogênico e diz que estuda o assunto há vários anos. Seja lá o que for, nós civis comuns podemos fazer muito pouco para contribuir com o meio ambiente e tentar salvar o Planeta, como: evitar ir de carro ao trabalho ou à padaria, economizar água, não jogar lixo na rua, tentar peidar menos, etc.

    Apesar de tudo, seja lá quem for que está dizendo a verdade, louvo o esforço do Cesar para tentar nos esclarecer sobre o assunto!

    • Cesar Grossmann:

      D. R., qual o valor da opinião da humanidade inteira contra os fatos? Os dados numéricos apontam que nos últimos anos a temperatura global tem ido numa direção e a atividade solar em outra.

      Obviamente a energia que está aquecendo a atmosfera é a energia solar, mas há um problema básico aí: ela normalmente se perderia no espaço, por irradiação, e não está se perdendo, por que está sendo retida pelo CO2 atmosférico.

      Não é um calor que a humanidade esteja produzindo, é um calor que vem do Sol. Só que é um calor que, se não fosse a concentração de CO2, teria se perdido no espaço. Pela atividade solar, a temperatura média atmosférica e oceânica deveria ser bem menor.

      Sobre os dados das patentes, o Felício simplesmente está errado. Ele disse o que disse no programa do Jô, mas é só buscar as informações (aquelas que o Pirulla encontrou). Isto desqualifica o Felício, apresentar informações falsas como se fossem verdadeiras.

      O resto dos argumentos dos pseudo-céticos, tem um site que reúne eles e aponta os trabalhos científicos que demonstram por que estão errados: http://www.skepticalscience.com/

    • Anibal Vilela:

      A teoria do CO2 como fator de aquecimento do planeta tem furos que nenhum cientista escreveu, ou veio a público explicar:
      Segundo eles:
      1.Aumenta a concentração de CO2 na atmosfera e isso provoca a retenção de calor que se perderia no espaço.
      2.Por isso as calotas polaree, e outras acumulações de gelo derretem.
      3.Com isso, o albedo(capacidade de reflexão da radiação) se altera, agravando ainda mais a retenção de calor, que por sua vez aquece os oceanos, que liberam ainda mais CO2 na atmosfera, num círculo vicioso infinito.

      Mas os registros paleo-climáticos comprovam que existem eras em que o planeta se aquece, e logo em seguida o mesmo se resfria, entrando nas conhecidas eras do gelo.

      Se fossem verdadeiras as afirmações dos processos de retroalimentação de aquecimento, uma vez que a terra começasse a se aquecer, nunca mais haveria uma era do gelo, e vice-versa.

      Os registros mostram que na maioria esmagadora do tempo(mais de 90% do tempo), o clima da terra foi dominado pelas eras do gelo.
      Estamos em um período interglacial, e espero que ele dure por bastante tempo.

    • Cesar Grossmann:

      As eras do gelo e períodos de aquecimento sempre duraram milhares de anos, quando não centenas de milhares de anos ou até mesmo milhões de anos.

      Por outro lado, esta sua afirmação de que “uma vez que a terra começasse a se aquecer, nunca mais haveria uma era do gelo, e vice-versa” parece forçada.

    • Anibal Vilela:

      Se lhe parece forçada a minha afirmação, de que uma vez iniciado o processo de aquecimento, jamais haveria outra era do gelo, explique-nos:
      De que forma esses mecanismos de retroalimentação do aquecimento(CO2, calotas polares e geleiras,Albedo,Oceanos) são interrompidos permitindo à terra retomar uma nova era de resfriamento ?
      Como funcionam os gatilhos de aquecimento e resfriamento, mesmo levando milhares, ou milhões de anos ?
      Essa teoria da retroalimentação do aquecimento não é minha.
      São os alarmistas climáticos que espalham a teoria.
      Só que essa a teoria está incompleta, ou furada mesmo.
      E a culpa não é minha. Faltam os gatilhos.
      Apesar de parecer muito lógico e provável, o processo de retroalimentação do aquecimento, ele está incompleto, ou furado mesmo…
      A culpa é da própria terra, que teimou em continuar seus ciclos de aquecimento e resfriamento, desde sempre, apesar de contrariar a teoria dos alarmistas.
      Não tem nada forçado nisso.
      É lógica pura, aplicada.

    • Cesar Grossmann:

      Aníbal, eu não sou um climatologista nem um paleoclimatologista.

      Além do mais, o fato de a Terra ter passado por várias eras do gelo seguidas de aquecimentos globais não invalida a teoria do aquecimento global antropogênico.

      Aliás, eu não entendi ainda onde é que você quer chegar. O fato de não sabermos como funcionam alguns mecanismos climáticos (e esta é uma afirmação tua, dada sem provas), não invalida que a gente tenha descoberto alguns fatos:

      fato 1: a Terra está passando por um aquecimento global

      fato 2: o acúmulo de gás carbônico na atmosfera é o mecanismo de aquecimento global do presente aquecimento

      fato 3: o gás carbônico que está acumulando na atmosfera é de origem antropogênica. É menor que o gás carbônico gerado por processos naturais, mas ele tem um diferencial, ele não está sendo absorvido pelos processos naturais

      Estes são fatos que foram constatados com medições de temperatura, com a análise e descarte de teorias alternativas para o aquecimento global, etc.

      E tanto isto tudo é fato, que a esmagadora maioria dos cientistas que publicam trabalhos na área não duvidam disso.

  • Elton Lopes:

    A pesquisa produziu 13.950 artigos. Em seguida, Powell leu todos os títulos, resumos e artigos completos necessários para identificar as publicações que “rejeitavam” o aquecimento causado pelo homem.

    Para ser classificado como “rejeitador”, o artigo tinha que clara e explicitamente afirmar que a teoria do aquecimento global é falsa ou, como aconteceu em alguns casos, que algum outro processo melhor explica o aquecimento observado.
    Artigos que apenas alegavam ter encontrado alguma discrepância, alguma pequena falha, alguma razão para dúvida, não foram classificados como “rejeitadores” do aquecimento global.

    Como se diz no direito… in dubio pro reo. Ou seja, na dúvida, benefício ao réu. Eles deveria ser somados aos tais 24 artigos.

    • Cesar Grossmann:

      Elton, esta é uma crítica de metodologia. Eu não vejo por que artigos que alegam ter encontrado alguma falha ou discrepância devam ser classificados como negando o aquecimento.

      É uma coisa dizer que o aquecimento global não existe e outra bem diferente dizer que os dados de temperatura tem algum desvio. Mesmo com um desvio, eles poderiam confirmar a tese do aquecimento global.

  • Elton Lopes:

    Tendencioso.

    Powell chegou a uma conclusão muito parecida. Na sua pesquisa, apenas 24 dos 13.950 artigos, ou seja, 0,17% ou 1 em 581, claramente rejeitavam o aquecimento global ou endossavam uma outra causa do que as emissões de CO2 para o aquecimento observado (veja a lista desses artigos, em inglês, aqui).

    Seria mais útil se o cientista colocasse também, em sua hipóteses quantos artigos endossavam unicamente a emissão de CO2 como causador do aquecimento global.

    Ficaria satisfeito com algum número próximo a 13.000 artigos.

    Será que a alteração do pólo da Terra não está influindo? Afinal o Círculo Polar Ártico congela milhares de quilômetros todos os anos, enquanto derrete na outra ponta.

    Será que a mudança da distância da Lua em relação à Terra não estaria alterando as marés, os ventos e os climas?

    Será que os BTUs gerados pelos humanos que superpopulam a Terra não geraria calor suficinte para alterar o clima?

    Será que a população de algas e os “puns” de carneiros não seriam uma das causas do excesso de CO2 na atmosfera? Todos sabemos que os carros de passeio poluem bem menos que qualquer indústria chinesa ou americana. Não sabemos?

    Uma pesquisa séria e justa isolaria o número de casos em que não soube-se precisar o CO2 como culpa.

    Como se diz no direito: “in dubio pro reo”. Ou seja, “na dúvida, a favor do réu”.

  • Frank Oddermayer:

    Não! O aquecimento global é uma realidade. A superpopulação humana está acabando com o planeta Terra. Somos o câncer da Nave-Mãe.

  • Lucas Duque:

    A quantidade de cientistas a favor não justifica o fato de a Terra estar superaquecendo ou não.

    • Cesar Grossmann:

      O consenso científico é feito em cima de dados, não de achismos. A quantidade de cientistas a favor não é um simples concurso de popularidade, é uma demonstração cabal que a grande maioria investigou o assunto e encontrou evidências do aquecimento global antropogênico.

      Se fosse só uma pesquisa de opinião não teria valor algum. Mas é uma pesquisa sobre as conclusões embasadas em dados e análises destes dados. É uma coisa bem diferente de “ligue para o número tal se você concorda com a teoria do aquecimento global”.

  • Giovane:

    Acredito que o aquecimento global seja um processo natural do planeta, mas está sendo acelerado e intensificado pela ação humana. É um problema sério e deveria ser levado a sério pelos governantes.
    Belo texto, parabéns.

  • José Marcello Vertemati Pinto:

    “A resposta é: certamente não. …a maioria esmagadora dos cientistas defende que nossa emissão de CO2 está esquentando a Terra.”

    Eu não sabia que quantidade de artigos era prova científica, obrigado Hypescience por me ensinar isso. Agora posso ensinar meus alunos que o geocentrismo está correto baseado na quantidade de artigos científicos do século 16.

    • Cesar Grossmann:

      Bem, professor, que tal discutir com eles também o que significa “consenso científico”, e sobre como as ideias são discutidas, e como é que a ciência adota uma teoria como sendo parte do modelo padrão de como é o universo?

      O número de artigos não prova que a teoria do aquecimento global antropogênico é verdade, só mostra que é consenso científico que ela é verdadeira.

      Quando os especialistas chegam a um consenso, os leigos não devem tomar como verdadeira a hipótese contrária, se a gente seguir a ideia do Bertrand Russell:

      There are matters about which those who have investigated them are agreed; the dates of eclipses may serve as an illustration. There are other matters about which experts are not agreed. Even when the experts all agree, they may well be mistaken. Einstein’s view as to the magnitude of the deflection of light by gravitation would have been rejected by all experts not many years ago, yet it proved to be right. Nevertheless the opinion of experts, when it is unanimous, must be accepted by non-experts as more likely to be right than the opposite opinion. The scepticism that I advocate amounts only to this: (1) that when the experts are agreed, the opposite opinion cannot be held to be certain; (2) that when they are not agreed, no opinion can be regarded as certain by a non-expert; and (3) that when they all hold that no sufficient grounds for a positive opinion exist, the ordinary man would do well to suspend his judgment.

    • Edir Marcelo Zucolli:

      Quem são os “leigos”? Eu pensei que o uso deste termo e premissa fosse prerrogativa da religião…

    • Cesar Grossmann:

      Pelo jeito há muitas coisas sobre as quais você está errado, e esta é só uma delas…

      http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=leigo

      leigo
      lei.go
      adj (gr laïkós) 1 Diz-se daquele que não tem ordens sacras, laical. 2 Pessoa não pertencente a determinada profissão ou não versada em algum ramo de conhecimento ou arte. sm Aquele que não tem ordens sacras. Var: laico (acepção 1).

    • Edir Marcelo Zucolli:

      O problema está na semântica. Devido à polarização em torno da TAGA, o termo “leigo” tem sido usado como pejorativo ou para rechaçar um objetor por não apresentar certas credenciais.

    • Cesar Grossmann:

      Edir, suponha que você tenha um tumor no cérebro, tratável apenas por cirurgia. Você contrataria para operar o tumor um gari ou um neurocirurgião? Eu não sei você, mas eu me sentiria mais tranquilo se fosse um neurocirurgião. E me sentiria mais tranquilo ainda se fosse um neurocirurgião ativo na área.

      A ciência é assim, existem os leigos, pessoas como eu, que não dominam o assunto, e existem os especialistas, aqueles que fazem desta área o seu ganha-pão, e que conhecem o assunto.

      E entre os especialistas, existem aqueles que estão só vivendo de palestras para ruralistas, e os que estão publicando trabalhos na área.

      Mais de 90% dos climatologistas que são ativos nesta área não tem dúvidas sobre o assunto. Não é como uma pesquisa de opinião no “Fantástico”, onde tem dois números para ligar e você liga para o 0800-redeglobo-1 para dizer que aceita a teoria científica ou para o 0800-redeglobo-2 para dizer que não aceita que o aquecimento global esteja acontecendo ou que a atividade humana seja responsável por ele.

      É a opinião de gente que examina os dados, que verifica as evidências, que produz hipóteses e trabalha com o assunto.

  • João Alberto:

    O aquecimento global existe sim, mas que ele é causado pelo homem e não um ciclo natural, isso sim é mito.

    • João Alberto:

      https://docs.google.com/file/d/0B4Acfg2mhhVIdG9OVUdSdnNvVHc/edit

      https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=PLFso-Fv_uQ

    • Cesar Grossmann:

      João, existem trabalhos científicos demonstrando que a causa do aquecimento global é o CO2 de origem antropogênica, então não, não é um mito a causa humana do aquecimento global.

      Coupling of CO2 and Ice Sheet Stability Over Major Climate Transitions of the Last 20 Million Years
      Aradhna K. Tripati1,2,*, Christopher D. Roberts2, Robert A. Eagle3

      Stable isotope ratio mass spectrometry in global climate change research
      Prosenjit Ghosh, Willi A. Brand

      Increases in greenhouse forcing inferred from the outgoing longwave radiation spectra of the Earth in 1970 and 1997
      John E. Harries, Helen E. Brindley, Pretty J. Sagoo & Richard J. Bantges

      Global atmospheric downward longwave radiation over land surface under all-sky conditions from 1973 to 2008
      Kaicun Wang – Department of Geography, University of Maryland, College Park, Maryland, USA
      Shunlin Liang – Department of Geography, University of Maryland, College Park, Maryland, USA

      E muitos outros artigos…

  • Edir Marcelo Zucolli:

    A ciência não é neutra e a ciência tem dono. Como poderia ser diferente num mundo ganancioso e materialista como o nosso? Sendo assim, melhor suspeitar das unanimidades e maiorias.

    • Cesar Grossmann:

      A ciência se faz pela unanimidade. A Teoria do Big Bang começou como um cálculo elegante feito pelo padre Lemaître, e foi rejeitada por Einstein, depois começaram a aparecer as evidências e hoje, apesar de haver algumas teorias alternativas para explicar a evolução do universo, a TBB é consenso, faz parte do Modelo Cosmológico Padrão. Não que as hipóteses e teorias alternativas tenham sido rejeitadas completamente, ainda tem gente tentando demonstrar que elas são verdadeiras, ou que elas explicam melhor o Universo que a TBB. Por enquanto eles não conseguiram isto.

      Da mesma forma a teoria do aquecimento global antropogênico. Começou na década de 1970, e hoje é consenso científico.

      Negar a TAGA é como negar a teoria da Evolução ou a TBB: é negar a ciência. Não que ela não possa ser questionada, mas o questionamento tem que ser feito de forma científica, com trabalhos analisados por pares, não por discursos inflamados na Internet (e cheios de mentiras, como a história da patente a vencer).

    • Edir Marcelo Zucolli:

      Como diz o sábio provérbio inglês: “Basta um cisne negro para derrubar a teoria de que todos os cisnes são brancos.”
      Sendo assim, por mais acalentada, estudada ou revisada que seja uma teoria (inclusive a TAGA, a da Evolução e a do Big Bang), ela pode cair e ser rejeitada porquanto um indivíduo (não necessariamente um cientista) apresente prova(s).
      Pobre e infeliz ciência do século XXI que busca lastro na unanimidade para não enfrentar as contestações.

    • Cesar Grossmann:

      Edir, pobre somos nós, que temos que ouvir os “céticos” do aquecimento global com sofismas e falácias, apresentando dados incorretos, alegando manipulação, e inventando um monte de besteiras, como o prof. Felício, da USP.

      Sobre a ciência, sempre tem alguém com opinião contrária, mesmo entre os especialistas, e mesmo em assuntos que são praticamente incontestes. Mas não é por que alguém alegue ter encontrado um corvo branco que a gente tenha que aceitar que se trata de uma nova espécie e não de albinismo ou leucismo.

    • Edir Marcelo Zucolli:

      Sobre a hipotética ave branca, não tenho dúvida que os zoólogos não teriam dificuldade para estabelecer se é uma mutação ou uma nova espécie, mas o mesmo não se dá com a TAGA. O discurso dos céticos pode até não ser verdadeiro, mas é verossímil. Silencia-los não é tão simples como calar a boca de quem diz que a terra é plana. Eu, pessoalmente, prefiro ouvi-los (bem como seus oponentes), filtrar as declarações e exercitar meu feeling para ver se posso antever a verdade. Felizmente a verdade virá, pois o clima há de mostrar a sua cara nas próximas décadas e, provavelmente em meio a muito CO2, visto que os grandes poluidores estão pouco comprometidos com as metas de redução.

    • Anibal Vilela:

      O problema é que o IPCC mostra o corvo brano o tempo todo, com a ajuda da mídia, que adora previsões catastróficas.
      Além de mostrar o corvo branco, o

      IPCC garante que ele está ficando branco por causa do aquecimento global, e que em muito pouco tempo todos os corvos serão brancos.

      Para piorar as coisas, o IPCC sequer permite que se submeta a ave a um veterinário para exames.
      Vai, que algum engraçadinho pintou as penas do bicho…

      Alguns acham que a quantidade de artigos das revistas no mundo provariam a hipótese. Se fosse assim, os ET’s estariam visitando a terra todo dia, em vários locais mundo afora, pois o que não falta é “especialista”, revistas especializadas, artigos publicados, entrevistas de testemunhas, documentários de tv, todo mundo alimentando, e se fartando dessa onda…

    • Cesar Grossmann:

      Edir, existe o limite do razoável.

      Um exemplo, alegam que o Sol é o culpado pelo aquecimento global. Em outras palavras, alegam que o aquecimento da atmosfera deve-se a um aumento da atividade solar.

      Esta é uma hipótese pontual e testável, e foi testada. O gráfico do aumento da temperatura global foi comparado com o gráfico da energia recebida pelo Sol. Os dois são divergentes, logo a hipótese é falsa.

      Traduzindo: a atividade solar diminuiu enquanto a temperatura aumentou, logo, não pode ser a atividade solar o responsável pelo aumento na temperatura da atmosfera, pelo menos não diretamente.

      O argumento é bastante razoável, e foi testado, e foi descoberto como falso. Para mim isto parece ciência.

      E o que fazem os negadores da ciência? Ignoram olimpicamente o resultado do trabalho científico e continuam afirmando que é o Sol o responsável pelo aquecimento global.

      A conclusão que se chega é que a negação do aquecimento global não é um movimento racional, de discussão dos dados científicos, por que eles simplesmente não aceitam qualquer conclusão que não esteja de acordo com o dogma deles.

      EXATAMENTE COMO OS CRIACIONISTAS.

  • D. R.:

    Será que esses artigos científicos não foram baseados nos dados (provavelmente adulterados) do IPCC?

    Como, então, que cerca de 30.000 cientistas (sendo 10.000 com PhD) são céticos do aquecimento global provocado pelo homem e estão querendo processar Al Gore e o IPCC por fraude? Pelo menos, foi o que vi na internet.

    Mesmo com o Cesar defendendo aqui o aquecimento global provocado pelo homem através de artigos científicos publicados, os argumentos do climatologista da USP me pareceram bastante convincentes; principalmente, sobre o vencimento de patentes.

    Puxa vida, não é possível, gente; alguém tem que estar mentindo!

    Seja lá o que for, depois do escândalo do IPCC, acho que vai ser bem difícil os cientistas pró-aquecimento reconquistarem a confiança do público, das indústrias e dos governos.

    Por isso, gostaria de repetir um comentário meu sobre o assunto:

    Esse negócio do aquecimento global acho que a maioria concorda que ele está ocorrendo; o que os cientistas céticos (e são bons cientistas) não acreditam é que seja provocado pelo homem e sim por causas naturais; como, por exemplo, o aumento das explosões solares.

    O que realmente agravou o problema foi a divulgação por hackers dos e-mails dos cientistas do IPCC que pareciam ter dados comprometedores com fortes evidências de manipulação dos dados.
    Depois do ‘CLIMAGATE’, muitos governos deixaram de acreditar no aquecimento global antropologicamente provocado.

    Vejam, por exemplo, os artigos aqui do próprio HYPESCIENCE para ver quanta controvérsia há sobre o assunto:

    https://hypescience.com/cientista-da-hipotese-gaia-volta-atras-em-suas-previsoes-alarmistas-sobre-o-aquecimento-global/

    https://hypescience.com/aquecimento-global-e-real-e-perigoso-mas-sua-origem-nao-e-so-o-co2/

    De qualquer forma, se isso não for usado como desculpa para o controle da população mundial e da soberania dos países, acredito que é até positivo para o mundo o incentivo do uso e desenvolvimento de tecnologias verdes e da preservação do meio ambiente.

    Realmente, como é difícil saber a verdade!
    Quem será que está certo, os pró aquecimento global ou os contra?

    Chega a ‘dar nó’ na cabeça; pois, cada um fala um coisa e ‘puxa a sardinha’ para o seu lado.

    Vejam, por exemplo, o vídeo do AL GORE sobre o aquecimento global:

    http://www.youtube.com/watch?v=f0Fy96aNLuc

    E depois a palestra de um CLIMATOLOGISTA DA USP sobre o mesmo tema:

    http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=oJTNJBZxX6E

    E tentem descobrir quem está mentindo e quem está dizendo a verdade!

  • Chuck Norris®:

    Palavras de Luiz Carlos Molion: “Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões de CO2 por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões”.

    O ser humano polui os rios, destrói a fauna e flora, etc. Mas eu não acredito que o ser humano seja o responsável pelo “aquecimento” do planeta. O que existe são cidades mal planejadas, depois é fácil culpar o aquecimento global por enchentes, deslizamentos, etc.

    • Jonas Anselmo:

      E se a Terra estivesse meros 6 bilhões de Km perto do Sol? É necessário apenas 1 grama para perturbar um equilíbrio.

    • Cesar Grossmann:

      A Terra encontra-se a “meros” 149,5 milhões de km do Sol, em média. A variação de afélio para o periélio é de aproximadamente 5 milhões de quilômetros.

      Um grama não faz nada, todo dia caem 40 toneladas de micrometeoritos e poeira espacial na Terra (estimativa)…

    • Cesar Grossmann:

      O Luiz Carlos Molion comete erros básicos, que um biólogo, o Pirulla, consegue ver e apontar (procura no Youtube, vale a pena ver).

      De qualquer forma, os números estão errados: o ser humano coloca 29 GTon de CO2 na atmosfera, e a natureza, 750 GTon. O CO2 adicional colocado pelo homem é só parcialmente absorvido (40%). O restante vai acumulando e aumentando a fração de CO2 da atmosfera – estamos com o maior nível de CO2 dos últimos 15 ou 20 milhões de anos, graças à atividade humana.

      Então, temos os seguintes fatos:

      1. o CO2 é um gás de efeito estufa – ele absorve radiação infravermelha e aquece a atmosfera;

      2. a percentagem de CO2 na atmosfera tem aumentado devido à atividade humana, a gente coloca CO2 e não retira nenhum. A natureza consegue absorver 40% do CO2 que o homem coloca na atmosfera;

      3. a temperatura tem aumentado nas últimas décadas, acompanhando o acréscimo de CO2 na atmosfera.

      É óbvio que:

      1. está acontecendo um aquecimento global (FATO)
      2. o aquecimento global está acontecendo por causa do CO2 adicionado na atmosfera (FATO);
      3. o homem tem colocado CO2 na atmosfera com suas atividades industriais e agrícolas (FATO).

      Negar isto tudo é negar os fatos.

    • Cesar Grossmann:

      Vídeo do Pirulla:
      https://www.youtube.com/watch?v=z2RnK_ZTmdQ

    • Elton Lopes:

      Graça a Deus (rá, rá, rá) temos pessoas dispostar a negar e duvidar dos “fatos”.

    • Anibal Vilela:

      O Pirulla, se entendesse de biologia, já me deixaria satisfeito.
      Ele é somente uma versão piorada e mais fanática que o Felício, mas em lado oposto.

    • Cesar Grossmann:

      Alguma palavra sobre os fatos que ele levantou? Como por exemplo, sobre a BESTEIRA de que havia uma conspiração sobre os CFCs, por causa de uma suposta patente que supostamente venceria?

      Não. Apenas um “ad hominem”.

    • Anibal Vilela:

      Sobre os fatos que ele levantou, nada, pois eu teria de pesquisar sobre datas, patentes, contratos, planos empresariais… Seria deveras trabalhoso.
      99% do vídeo do Pirulla na crítica ao Felício é também “ad hominem”.

      Mas sobre camada de ozônio, sim:

      O ozônio é formado na estratosfera por raios UV vindos do sol que encontram moléculas de O2, e as dissocia. Cada átomo O encontra nova molécula O2 e forma O3, simplificadamente, pois não sei o quanto você entende de físico-química.
      Ponto 1: Moléculas de O3 são eficientes em absorver radiação UV e emiti-las em outros comprimentos de onda.
      Ponto 2: Moléculas de O3 só são formadas depois que a radiação UV dissociou moléculas de O2.

      Fazendo os cálculos da quantidade de moléculas de O2 e O3 que qualquer raio UV teria de atravessar até chegar à superfície da terra, chega-se à conclusão de que a existência ou não de moléculas de O3, não muda a quantidade UV que atingem a superfície da terra.
      Logo, quem tem o poder de proteger a terra dos raios UV, na verdade são as moléculas de O2. As moléculas de O3, são apenas subprodutos transitórios, e que mesmo que a elas morresem assim que se formassem em nada alteraria a incidência de UV na superfície terrestre.
      Cabe aos climatologistas explicarem o motivo da existência do “buraco antártico” de ozônio, uma vez que o ozônio, naquela região se forma do mesmo modo que em regiões de insolação equivalente.
      Mas por algum motivo esse ozônio se dispersa.
      O que provoca a dispersão desse ozônio naquela região do globo?
      CFC ?
      Porque o CFC do mundo todo, migraria, e se concentraria naquela região ?
      Muitas vezes não há tempo ou espaço para colocar as questões técnicas envolvidas no assunto, e por isso vai um “ad hominem” de vez em quando, até mesmo por preguiça…

    • Cesar Grossmann:

      Aníbal, você está fugindo da discussão. O professor Felício alega que a celeuma por causa dos CFCs foi criada pela DuPont por que a patente dos CFCs iria vencer. Só que é uma mentira isto. Os fatos o demonstram, e são estes os fatos que o Pirulla aponta. Fica claro que o professor Felício é desonesto, e é este o fato em questão – ele inventa coisa, e ganha dinheiro para espalhar estas mentiras. E é este o nível dos críticos do IPCC.

  • Lucas Noetzold:

    Uma teoria ainda pode estar correta mesmo com milhares dizendo o contrário.
    O aquecimento global causado pelo homem existe e requer preocupação, mas suas causas e efeitos são muito exagerados tanto pela mídia quanto pela própria comunidade científica. É sim um poderoso foco que desvia atenção de problemas maiores.

    • Cesar Grossmann:

      A mídia não está exagerando. A atividade humana é responsável pelo atual aquecimento global.

      1. não é a atividade solar, por que a atividade solar não aumentou o suficiente para justificar o aquecimento que temos observado;

      2. não é atividade vulcânica ou qualquer outra, todas outros fatores possíveis foram investigados, o único fator que explica bem o aquecimento global é o aumento do CO2 na atmosfera;

      3. não há nenhuma atividade na natureza que explique o aumento do CO2 na atmosfera. Resta a atividade humana.

      Tudo isto é matéria de milhares (literalmente) de trabalhos científicos. O volume de trabalhos científicos falando o contrário é irrisório, e desacreditado até mesmo entre quem não acredita que o planeta esteja aquecendo (negadores do aquecimento global) e os que não acreditam que o homem seja responsável pelo aquecimento (negadores da origem humana do aquecimento global).

      No fim das contas, ninguém vai fazer nada. Virou uma fogueira das vaidades, com o Molion ganhando os tubos para dar palestras a pecuaristas e industriais, falando o que eles querem ouvir, e a ciência que se dane!

    • Lucas Noetzold:

      A mídia exagera MUITO os efeitos do aquecimento global e suas causas também já que o homem emite menos de um terço de CO2 que apenas processos biológicos naturais. Tenho certeza que as consequências do aquecimento global serão catastróficas a nós devido ao meio onde vivemos: as cidades (não conte exceções) não possuem menor versatilidade quanto a mudanças climáticas (a exemplo as enchentes causadas indiretamente pelo aquecimento global) e no campo o meio rural é moldado de forma a ser aceptivo a um único tipo de clima.
      O homem está causando mais problemas devido as mudanças que realiza no meio do que ao parcela que contribui ao aquecimento global.
      Existe um ciclo que varia entre máximas e mínimas concentrações de carbono na atmosfera, e quando de atinge o “limite” é desencadeada uma reação que altera a química dos oceanos (causada pela fauna e flora do mesmo) que leva a captura massiva de carbono que é levado aos oceanos profundos, um processo pouco entendido mas sabe-se que existe por observação. Logo, o que me preocupa mais é a poluição que estamos causando nos oceanos e que não tem precedentes históricos para sabermos o que esperar.
      Há ainda o apelo a preservação das espécies, mas temos bilhões de anos de evolução e extinção de espécies como prova de que nosso erro está em colocar-se como um agente “de fora” do processo de seleção natural. Espécies menos preparadas as mudanças climáticas acabarão por extinguir-se e isto é a triste realidade da seleção natural, a qual não podemos querer contrariar a menos que encontremos uma forma de salvar todas as espécies de serem vítimas desta (isso conta as pobres gazelas vítimas de leões nas savanas africanas). Isso ainda envolve um debate moral a respeito de se é ou não certo a seleção natural.
      É normal que fiquemos comovidos ao saber de ursos polares morrendo de calor por conta do aquecimento global, mas o que não faltam são animais e plantas morrendo por outras causas também, as quais não temos participação e costumam ser mais sofridas.
      Devemos nos focar em problemas mais sérios que a emissão de CO2, mesmo quando em âmbito ambiental, o ser humano está causando sua própria extinção de várias outras formas.

    • Cesar Grossmann:

      Tem alguma bibliografia sobre esta “captura massiva” de CO2? Quer me parecer que nunca presenciamos esta “captura massiva”, então ela não pode ter sido observada diretamente…

    • Lucas Noetzold:

      Haha aí mexeu no ponto fraco, nunca me importei muito com guardar referências pois nunca sequer precisei dar explicações. Isto realmente descredita o que falo, mas lembro que vi várias reportagens sobre isso na internet e em duas revistas, uma delas a Super Interessante. A “captura massiva” é o acúmulo de carbono na areia dos mares profundos que se observa em uma taxa baixa atualmente e ocorre devido a decomposição de material orgânico ou algo assim. Mas infelizmente quem precisa de fontes para acreditar (que é o correto, concordo) não poderá creditar meus comentários pois não costumo guardar fontes.

    • Cesar Grossmann:

      Lucas, eu sei que existe captura de CO2, as algas na superfície do mar capturam o CO2 ao fazer a fotossíntese e os crustáceos que fazem o plâncton consomem estas algas e mandam o carbono para o fundo do mar, na forma das fezes.

      Ocorre que a captura natural de CO2 não está vencendo o CO2 liberado pelas atividades humanas, além do CO2 liberado naturalmente (vulcões, queimadas, respiração animal, etc.). Um indício disso é que o CO2 atmosférico tem aumentado (de acordo com medições feitas por vários métodos e organizações diferentes).

      E mais, os oceanos estão se acidificando. Eles estão ficando saturados de CO2, o que implica que o mecanismo de captura está chegando ao seu limite.

      Pior ainda, existe muito metano no fundo do mar, resultado de processos físicos e biológicos, na forma de hidreto de metano. Este hidreto só está lá por que a temperatura dos oceanos, lá no fundo, é baixa. Mas se os oceanos aquecerem (e eles estão aquecendo), estes depósitos de hidreto de metano podem vir a borbulhar até a atmosfera. Mais gases estufa, só que desta vez, metano…

    • Cesar Grossmann:

      Uma teoria ainda pode estar correta mesmo com milhares dizendo o contrário.

      O curioso é que no meio científico a maioria (A MAIORIA, A GRANDE MAIORIA, A ACACHAPANTE MAIORIA, A ESMAGADORA MAIORIA) afirma que positivamente estamos passando por um aquecimento global (e tem gente negando que esteja acontecendo aquecimento) e que a principal causa dele é o CO2 oriundo da atividade humana.

      Não são artigos científicos do IPCC, são artigos científicos de climatologistas de universidades do mundo inteiro, de agências espaciais como a Nasa e a Jaxa, e por aí vai.

      E contrário do que o DR disse, depois do vazamento dos emails praticamente todas as academias nacionais de ciência se manifestaram em apoio aos cientistas do IPCC. Mais ainda, uma auditoria independente inocentou os cientistas do IPCC, e confirmou que os dados usados batem com os resultados das análises e com os artigos e relatórios publicados. Queriam uma auditoria independente? Ela foi feita. O resultado da auditoria independente foi diferente do que queriam ouvir? Começam a negar a independência da auditoria…

    • Dinho01:

      E que problemas seriam maiores do que a manuntenção da vida no Planeta?Você acredita realmente que trocentos milhões de automóveis jogando gases na atmosfera todos os dias,fora desmantamento,poluição,etc,etc,etc,não tem nenhum efeito nas mudanças do clima na Terra?

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