Por que você deve assistir Star Wars (O despertar da força)?

Por , em 18.12.2015

[Aviso: Toda a crítica tem spoiler. Por isso leia por sua conta e risco!]

É evidente que J. J Abrams teve que enfrentar uma missão hercúlea de tornar SW palatável para as novas gerações e ao mesmo tempo agradar aos fãs quarentões da franquia.

Star Wars 7: vale a pena?

No entanto seus esforços somados ao do roteirista veterano Lawrence Kasdan, nos dão à degustação um roteiro com argumentos requentados.

Ora extraídos de “Uma Nova Esperança”, que seguem a trilha da mesma Jornada do Herói de Joseph Campbell, apenas com a novidade de que, dessa vez, na jornada encontramos uma heroína.

Ora clonados das nuances de um drama familiar sombrio vistas num “Império Contra-ataca” ou da ameaça de uma super-ultra-mega-hiper-estrela da morte que também é neutralizada por um pequeno efetivo de algum “Retorno de Jedi” pós-moderno pouco imaginativo.

Dá-se a nítida impressão de que tais referências, muito mais que uma homenagem ou citação, descambam para o autoplágio descarado — algo que justificaria a expressão impiedosa de que é uma opção “gourmetizada” de “mais do mesmo”.

Há de agradar um fã de carteirinha como eu – mas deixará sisudo um cinéfilo mais exigente.

E por aí vai o roteiro, sem desvios. Que é a parte que menos se investe nos blockbusters americanos.

Um andróide leva uma mensagem importante. Um Luke mulher, que vive num planeta deserto jacu como Tatooine, ajuda o pobrezinho. Embora Ray, vivida por Daisy Ridley, seja muito mais atuante, carismática e eficiente que o original — o ponto de chegada é o mesmo. Sem surpresas.

Kylo Ren vivido por Adam Driver — que deveria ser o vilão — é uma pálida paródia de Darth Vader — nem um tema a altura o coitadinho ganhou. Sua participação é quase uma ponta. Tanto que sua máscara só se justificaria, no expediente, para ocultar a feiura do ator.

Mesmo com o roteiro esfiapado e pouco verossímil o episódio cumpre o seu papel de oferecer emoção ao tom dos outros episódios e também o de abrir uma série de portas que só serão exploradas mais adiante.

Para o público jovem um convite. Para os fãs de longa data uma promessa.

Eu saí do cinema, empolgado: pela fotografia, pela ação e pelos efeitos especiais de sempre.

Mas, um pouco decepcionado — parece que ocorreu alguma contaminação das artimanhas de R.R. Martin na tecedura da trama ou o pessoal de “roliúdi” anda sem imaginação mesmo.

Que a força esteja com você!

 

Artigo de Mustafá Ali Kanso 

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Star Wars 7

Ciência, ficção científica, valores morais, história e uma dose generosa de romantismo – eis a receita de sucesso de A Cor da Tempestade.

Trata-se de uma coletânea de contos do escritor e professor paranaense Mustafá Ali Kanso (premiado em 2004 com o primeiro lugar pelo conto “Propriedade Intelectual” e o sexto lugar pelo conto “A Teoria” (Singularis Verita) no II Concurso Nacional de Contos promovido pela revista Scarium).

Publicado em 2011 pela Editora Multifoco, A Cor da Tempestade já está em sua 2ª edição – tendo sido a obra mais vendida no MEGACON 2014 (encontro da comunidade nerd, geek, otaku, de ficção científica, fantasia e terror fantástico) ocorrido em 5 de julho, na cidade de Curitiba.

Entre os contos publicados nessa coletânea destacam-se: “Herdeiro dos Ventos” e “Uma carta para Guinevere” que juntamente com obras de Clarice Lispector foram, em 2010, tópicos de abordagem literária do tema “Love and its Disorders” no “4th International Congress of Fundamental Psychopathology.”

Prefaciada pelo renomado escritor e cineasta brasileiro André Carneiro, esta obra não é apenas fruto da imaginação fértil do autor, trata-se também de uma mostra do ser humano em suas várias faces; uma viagem que permeia dois mundos surreais e desconhecidos – aquele que há dentro e o que há fora de nós.

Em sua obra, Mustafá Ali Kanso contempla o leitor com uma literatura de linguagem simples e acessível a todos os públicos.

É possível sentir-se como um espectador numa sala reservada, testemunha ocular de algo maravilhoso e até mesmo uma personagem parte do enredo.

A ficção mistura-se com a realidade rotineira de modo que o improvável parece perfeitamente possível.

Ao leitor um conselho: ao abrir as páginas deste livro, esteja atento a todo e qualquer detalhe; você irá se surpreender ao descobrir o significado da cor da tempestade.

[Sinopse escrita por Núrya Ramos  em seu blogue Oráculo de Cassandra]

12 comentários

  • Dinho01:

    J.J.Abrans destruiu Star Trek e agora não soube dar uma nova vida à Star Wars. Aposto que George Lucas está arrependido.

  • Dinho01:

    Seria um bom filme de entretenimento se não levasse o peso do nome Star Wars. A heroína é tão carismática quanto inverossímil.

  • André Anlub:

    Autoplágio sim, igual a muitos filmes de Woody Allen… mas fazer o que?! Sou fã, e gosto mesmo assim!

  • Rafael Mendes Rosa:

    Pior filme da série! Sem enredo, sem ação, sem humor, efeitos especiais pífios, uma vergonha pars o legado de star wars. Deprimente

    • Marcelo Ribeiro:

      Acho que você tem que assistir novamente os últimos 3.

  • Marcos Fernando Diebe Frejuello:

    Alguém notou o novo “modelo” de sabre de luz? Parece que com aquele design da guarda do punho utiliza-lo é um ato suicida.

  • Matheus Bezerra de Lima:

    O pessoal que fez teve compromisso com o filme. Está muito longe de ser um desastre e é um bom início para a nova trilogia.

  • Matheus Bezerra de Lima:

    Entendo suas críticas, mas você é minoria e o filme esta longe, muito longe de ser ruim.

  • Cesar Grossmann:

    Tem que levar óculos escuro ou o J. J. maneirou nos flares?

    • Pedro L. Corrêa:

      Leva sim! Mas ficou bom o resultado.

    • Álvaro Carvalho:

      Milagrosamente não tem nenhum no filme

    • Mustafá Ali Kanso:

      Não maneirou não. Leve dois óculos por precaução 🙂

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