Seria a ciência a nova deusa do século XXI?
Em alguns dos e-mails que tenho recebido de meus leitores, e mesmo em posts recolhidos de fóruns científicos que participo, tenho observado a repetição das mesmas questões oriundas do senso comum e que como “negação da ciência” demonstram uma inquietação e até mesmo um inconformismo pelo estado de coisas no mundo de hoje.
Compilei entre os questionamentos, o mais recorrentes, e estou postando-os por temas na forma de artigos numa série que intitulei “A Negação da Ciência”.
Para acompanhar os artigos já postados nessa série basta seguir os links dos questionamentos base que os suscitaram:
1. É difícil, confuso ou complicado conceituar ciência. Afinal ela é “cheia” de subdivisões.
2. A ciência e a tecnologia são as responsáveis pela deterioração da qualidade de vida da sociedade como um todo. Veja o problema da poluição, o aquecimento global, as armas nucleares e as guerras, o estresse e a violência crescente nos grandes centros urbanos, o egocentrismo, etc. – tudo isso é provocado pelo materialismo que a ciência propiciou.
3. A ciência perde sua credibilidade ano a ano. E só mesmo um grupo de nerds fanáticos que tem coragem de defendê-la.
Parte 3
4. Os cientistas e seus defensores endeusam a ciência e a apontam como dona da verdade absoluta.
É impossível adotar a ciência como religião, ou mesmo endeusa-la, pois os conceitos verdadeiramente científicos são incompatíveis com os religiosos.
Os conceitos religiosos são fundamentados em verdades absolutas e argumentos de autoridade.
É o oposto ao que preconiza o método científico.
Como o apresentado em meus últimos artigos, na ciência não se admite argumento de autoridade e nem verdades absolutas (aquelas que não possam ser falseadas ou refutadas).
Existem verdades científicas consideradas incontestáveis hoje, porém, que podem ser contestadas amanhã, quando alguém surgir com uma prova ou uma evidência que a falseia ou a refuta estabelecendo então uma nova “verdade”.
Há que se entender, portanto, que todas as “verdades” científicas são provisórias e que estão em busca de contínuo aperfeiçoamento e superação com o uso de um mecanismo de autocorreção que está incluído no próprio método científico.
Consequentemente:
– Aquele que quer endeusar ou endeusa a ciência, não é um cientista, nem mesmo um intelectual.
É uma pessoa que, embora seja entusiasta, ignora o rigor do método científico e usa de sua “paixão” para endeusar qualquer coisa que admira.
Não existem pessoas que, por exemplo, endeusam jogadores de futebol, atores e atrizes da TV e do cinema, músicos populares, políticos, etc.?
O mesmo pode ocorrer com a ciência e a tecnologia independentemente de sua aprovação.
Então,
é a liberdade inerente ao ser humano de endeusar o que bem lhe aprouver, desde que isso não prejudique a si mesmo ou a seus semelhantes.
O fato de alguém endeusar a ciência (ou, pelo contrário demonizá-la) faz parte de sua liberdade de crenças.
Cabe ao cientista, no entanto, o papel esclarecedor do conceito de ciência, como um processo que acumula um tipo específico de conhecimento (obviamente o conhecimento classificado como científico) e que não pode ser misturado com outras formas de conhecer o mundo.
E por que não pode ser misturado?
A ciência é arrogante e não se mistura com a plebe, é isso?
Não. É devido ao rigor do método científico.
Como cientista e divulgador da ciência, tenho a missão de alertar:
– Não é o papel da ciência o de e ser endeusada ou demonizada.
A ciência não é uma vaca sagrada e tampouco uma Caixa de Pandora.
A ciência, repito, é um processo de acúmulo de conhecimentos que foi criado pelo ser humano, e como seu criador é sujeito a erros e falhas, porém, tem em seu método um mecanismo que busca encontrar essas falhas e corrigir esses erros.
Esse é o esclarecimento padrão.
E é difícil essa tarefa de efetuar tais esclarecimentos. Creia-me, caro leitor!
Toda vez que se tentar esclarecer que “focinho de porco não é tomada”, alguém vai acusá-lo:
– Eis um endeusador de tomadas!
– Eis um fanático defensor das tomadas!
– Eis um crítico ferrenho dos focinhos de porco. Coitado dos bichinhos e de seus aparelhos respiratórios inocentes!
E alguns outros vão lhe apontar as estatísticas do número de pessoas que morreram e se feriram graças às tomadas e então tecer vários comentários circulares do quão importante é o fato de não se usar as tomadas como deuses e menosprezar os focinhos de porco.
E a questão principal se esvazia e é esquecida!
E ainda muita gente seguirá confundindo focinho de porco com tomada, com o agravante de que ficarão desconfiadas de qualquer um que no futuro, por outra vez, queira tentar efetuar essa distinção.
Desculpem a ironia e o exemplo primário;
Mas isso é fato observado de forma recorrente nesses muitos anos em que tenho trabalhado como divulgador do método científico (e se não acredita leia, por exemplo, os artigos sobre esse tema, aqui mesmo no Hypescience e veja o número de post de leitores que estão recheados com esses argumentos circulares).
Ao esclarecer o conceito de ciência e qual o seu papel no mundo existe uma reação muito forte de alguns segmentos (geralmente sem a mínima noção do que seja ciência) que mal leem o artigo e já apontam – vocês cientistas endeusam a ciência!
E continuam o ataque:
Veja a poluição, veja as armas nucleares, veja os programas de auditório (e seguem com uma lista interminável de mazelas que só existem, segundo seus argumentos, devido à ciência e a tecnologia) e negam os benefícios diretos e indiretos que a ciência e a tecnologia proporcionam.
Ora,
É evidente que existe participação inegável da ciência na geração de muitos problemas da vida moderna,
E como também é evidente e inegável sua participação em muitas soluções.
Portanto,
A única coisa que esse articulista propõe é um convite:
– Vamos pensar? Vamos separar “o joio do trigo” sem nenhum preconceito?
Afinal o mundo precisa de cientistas.
E acima de tudo de cientistas com consciência. Que saibam realmente separar o joio do trigo.
Como educador eu desempenho o papel de propugnar pela formação técnica e científica de meus alunos, e despertar vocações para essa área do conhecimento, para que o mundo de amanhã tenha cientistas eticamente responsáveis e capazes tecnicamente de propor soluções para os grandes problemas que afligem a humanidade. E isso não é pouco.
E acima de tudo é preciso ter claro de que a ciência não é o único caminho disponível para se conhecer o mundo que nos cerca.
Por exemplo, pode-se buscar esse conhecimento, também:
a) pelo poder do mito
b) pelo dogma da religião
c) pelo método da filosofia
d) pela crença do senso comum e/ou
e) pela estética da arte
A escolha que cada um faz do viés pelo qual quer olhar e descobrir o seu mundo é inerente à sua liberdade e à sua humanidade. Ou não?
Mas, bem, isso já é tema para um próximo artigo!
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[Leia os outros artigos de Mustafá Ali Kanso]
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ATENÇÃO GALERA DE PORTO ALEGRE!
Dias 12 e 13 de abril estarei em Porto Alegre prestigiando a II Odisseia de Literatura Fantástica e também participando do painel sobre Space Opera.
Painel esse formado por grandes nomes da literatura fantástica nacional tais como Roberto De Sousa Causo, Hugo Vera e Larissa Caruso.
E é claro – lançamento de mais uma antologia!
A gloriosa antologia SAGAS – VOLUME IV.
Com prefácio do grande mestre André Carneiro e incluindo meu conto inédito “Não olhe para trás”.
IMPERDÍVEL!!!
Veja a programação completa clicando aqui.
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LEIA SOBRE O LIVRO A COR DA TEMPESTADE do autor deste artigo
À VENDA NAS LIVRARIAS CURITIBA E ARTE & LETRA
Navegando entre a literatura fantástica e a ficção especulativa Mustafá Ali Kanso, nesse seu novo livro “A Cor da Tempestade” premia o leitor com contos vigorosos onde o elemento de suspense e os finais surpreendentes concorrem com a linguagem poética repleta de lirismo que, ao mesmo tempo que encanta, comove.
Seus contos “Herdeiros dos Ventos” e “Uma carta para Guinevere” foram, em 2010, tópicos de abordagem literária do tema “Love and its Disorders” no “4th International Congress of Fundamental Psychopathology.”
Foi premiado com o primeiro lugar no Concurso Nacional de Contos da Scarium Megazine (Rio de Janeiro, 2004) pelo conto Propriedade Intelectual e com o sexto lugar pelo conto Singularis Verita.
38 comentários
Sr. Costa, o senhor parece apresentar grande dificuldade para compreender o que lê e para expressar seus pensamentos. Recomendo a o senhor reler os textos de Mustafá Ali Kanso até a sua completa intelecção. Por outro lado, não consigo atingir a compreensão do seu texto. Ficaria agradecido se o senhor explicasse o que se segue: 1) “ situação criada exclusivamente para sustentar suas opiniões, mas que na prática não existe”; que situação? O que não existe? 2) “a sua finalização é completamente falaciosa.”; qual é, exatamente, a falácia da minha “finalização”? A falácia se apresenta de várias maneiras. Seja explícito e vá ao ponto focal da sua afirmação. A Ciência não poderia jamais “se colocar na posição de Deusa e única dona da verdade” simplesmente pelo fato de ela não ter personalidade, não é uma pessoa ou uma entidade espiritual dotada de consciência e inteligência. Pelos mesmos motivos a Ciência não pode “tecer comentários baratos sobre a inexistência de Deus e a ignorância dos religiosos”. Afirmar que os cientistas fazem isso em nome da Ciência, isto sim, seria uma imensa falácia. Uma inverdade natimorta. Eu não disse (sic) e nem escrevi que “a ciência já respondeu quase todas as questões que a religião defende e sustenta” e aí o senhor colocou sua afirmação mal interpretada no meu texto. Para finalizar, informo ao senhor que a Ciência não se propõe a “decifrar ou explicar com argumentos sólidos a grande maioria dos fenômenos metafísicos”. Estes são motivo de estudo da Filosofia.
Existe quem se manifeste contra a Ciência como a geradora dos males da Humanidade e oposta à Fé religiosa. E consideram a Ciência o grande mal da Humanidade a ser combatido. Para estes, passo a lembrar o seguinte:
Quero falar um pouco da Ciência Moderna, aquela que surge com Galileu Galilei, que quase foi para a fogueira da Santa Inquisição, passa por René Descartes, coevo de Galileu e autor do “Discurso do Método”, e chega a Pasteur e Redi ainda no século XVII.
No século XVIII Benjamin Franklin desenvolve um extenso estudo sobre a Eletricidade. E Michael Faraday produz o primeiro motor elétrico no século XIX. Thomas Edison, George Westinghouse, Alexander Graham Bell e Lord Kelvin continuam produzindo ciência que culminaria com a Revolução Industrial e a produção em série de automóveis.
O mundo viu então surgir o uso extensivo da eletricidade, a comunicação via rádio e depois TV e a informática. Viu também o surgimento das anestesias, dos antibióticos, das cirurgias eficientes e da abreugrafia e passou pelo eletrocardiógrafo e eletroencefalógrafo até chegar à ultrassonografia, a tomografia computadorizada, a ressonância eletromagnética, as cirurgias por laparoscopia e o uso extensivo do laser em cirurgias e tratamentos. Atualmente a nanotecnologia produz exames e tratamentos extremamente precisos.
O computador que foi utilizado para este ataque à Ciência não existiu por toda a história da Humanidade até que a inteligência humana fosse capaz de produzi-lo muito recentemente.
Eu tenho grandes motivos para acreditar que aqueles que atacam a Ciência não poderiam viver hoje sem as benesses de todas as criações científicas e que não negaria o uso dos avanços científicos para salvar a própria vida ou das pessoas que amam.
“A Religião preenche as lacunas ainda deixadas pela Ciência.” E devemos ter em mente que quase todas as lacunas importantes da Religião já foram respondidas pela Ciência. E é isso que assusta quem insiste em opor a Ciência à Fé. Rezar faz bem, mas é muito melhor rezar quando o ente querido está sob atendimento médico especializado em um hospital de alto nível. É por isso que quando o filho está doente as mães procuram os hospitais e não as igrejas.
Para mim a ciência parece ser a consciência paulatinamente tomando ciência (desculpe) do cosmos e de seu funcionamento.
Acho que cada vez mais a ciência se está a tornar a Deusa do séc. XI, pois é através dela e do seu método de aquisição de conhecimento, que estamos evoluindo como espécie dotada de capacidade de compreender e moldar o ambiente à nossa volta. Não digo que a ciência seja impune a muitos males criados no nosso mundo, tal como diz o Sr. Mustafá, e daí a necessidade de que os cientistas tenham um alto sentido ético e moral, para que o nosso mundo evolua de forma a não prejudicar a Natureza
A ciência sempre evolui e nunca vai cair ao contrario de deuses que sempre cai, mesmo os de hoje vão cai um dia.
É natural do ser humano ter alguma entidade imaginária ou não para poder cultuar seja pela fé ou pela razão.
Apesar de todo rigor no conteúdo dos artigos publicados nesta série pelo prof. Mustafá, ainda sim fica a sensação de que a ciência é a religião de uma legião de “fiéis” entusiatas e o método cientifico e a sua bíblia sagrada. O método ciêntifico, assim como as mitologias e dogmas religiosos foram criações humanas, cada qual com sua própria finalidade: Suprir a nossas carencias materias ou existencias. Ambas são falíveis e no fundo da alma,sempre deixarão uma lacuna de dúvida.
Uma frase que gosto muito “Se você quer praticar o mal, a ciência pode lhe prover as mais poderosas armas; mas igualmente, se você deseja fazer o bem, a ciência também lhe põe nas mãos as mais poderosas ferramentas. (Richard Dawkins).´´ É assim que vejo a ciência uma faca de dois gumes, a ciência é ótima, dependendo da forma que é utilizada!!!
Mustafá mas você é muito esperto…sério mesmo…No fundo você mesmo tem suas incertezas a respeito de “Deus”. O título de seu post ” Seria a ciência a nova deusa do século XXI?” foi intencional para que a eterna discussão “Deus x Ciência” viesse à tona. Seu jogo de palavras ( ciência+ nova Deusa) prova o quanto somos capazes de manipular o pensamento das outras pessoas . Sinceramente, eu aguardei até esse horário para ver quantas pessoas se pronunciariam em cima ” de sua idéia central “…infelizmente temos muitas pessoas inteligentes aqui, porém não tão sagaz pra perceber que o próprio tema já fala por si: aliás, muitas guerras começaram assim. A palavra realmente tem poder. Pena que muitos “embarcaram numa discussão proposital”. É como se entrássemos num site religioso e nos desparássemos com o tema: ” Estaria a ciência do século XXI se curvando ao poder de Deus”. O resultado seria o mesmo
Caro leitor,
Ao ler o seu post tive a forte impressão que você não leu meu artigo. Talvez tenha lido apenas o título e já tenha chegado a essas conclusões que aqui expôs.
O título desse artigo, como os demais dessa série, tem surgido da parte de alguns de meus leitores que insistem em afirmar que o cientista tem a ciência como deusa ou como religião.
Eu reafirmo: um cientista de verdade jamais faria isso, como está didaticamente exposto em meus artigos (por favor leia atentamente).
Se você de fato já os leu, por favor faça uma releitura um pouco mais isenta.
Estou tentando apenas efetuar a distinção:
“Focinho de porco não é tomada”.
Mesmo que alguns leitores afirmem – nossa como você é esperto, hein Mustafá, te flagrei com segundas intenções querendo induzir a todos os desavisados que uma boa tomada fica melhor na feijoada do que um focinho de porco.
Cada coisa tem seu lugar, não tem?
Aliás é assim que eu termino o presente artigo:
“E acima de tudo é preciso ter claro de que a ciência não é o único caminho disponível para se conhecer o mundo que nos cerca.
Por exemplo, pode-se buscar esse conhecimento, também:
a) pelo poder do mito
b) pelo dogma da religião
c) pelo método da filosofia
d) pela crença do senso comum e/ou
e) pela estética da arte
A escolha que cada um faz do viés pelo qual quer olhar e descobrir o seu mundo é inerente à sua liberdade e à sua humanidade. Ou não?”
Agora eu lhe pergunto, caro leitor, será que você continua com a mesma impressão de que eu estou tentando aqui substituir a religião pela ciência? Ou que estou com “incertezas” a respeito de Deus e por isso intenciono carregar todo mundo para esse mesmo “destino incerto”? Isso seria cruel, não seria?
Que tal pensarmos sobre isso?
Talvez eu não esteja conspirando aqui para abalar a fé alheia.
Talvez eu esteja apenas tentando fazer o meu trabalho como cientista e esclarecer:
Ciência não é religião e religião não é ciência.
Grato pela audiência
É um grande equívoco endeusar a ciência ou achar que os cientistas se acham os “donos da verdade”. A ciência é a maneira, ou os métodos que o ser humano utiliza para a contínua busca da verdade.
Quando o homem se esquece que ciência é apenas o nome que se dá ao ato de tentar explicar como as coisas acontecem, ele cava a cova da própria inteligencia
Caro Mustafá, li seu post hoje e me senti no direito de contesta-lo em alguns pontos, por exemplo no conhecimento das coisa através da religião que vc citou, eu discordo totalmente, e lhe explico. A Teologia até hoje não serviu pra absolutamente nada a não ser enganar alguns fanáticos evangélicos, porque até hoje procuro alguma coisa solucionada pela Teologia, não achei, mas se o amigo tiver alguma por favor me mostre, talvez eu até mude de opinião, a Teologia pra mim é a disciplina do nada que não explica nada e não resolve nada.
Você tem pensamento lógico. Não perca o seu tempo discutindo religião. É enxugar gelo e malhar em ferro frio.
Caro leitor,
Repito o que escrevi:
“A escolha que cada um faz do viés pelo qual quer olhar e descobrir o seu mundo é inerente à sua liberdade e à sua humanidade.”
Assim cada indivíduo tem a liberdade de acreditar em um deus, ou em vários ou em nenhum. A meu ver, esse é um direito insofismável do ente humano.
Negar isso, é fazer coro com o absolutismo e o obscurantismo que escreveu páginas de terror e injustiça em muitos episódios de nossa história.
Se para você não serve a Teologia, isso não quer dizer que esta não sirva para os demais.
Evidentemente você possui o direito de defender suas ideias e contestar as minhas e as dos outros. Isso é liberdade.
Não é ótimo isso?
O terrível é quando simplesmente negamos a ideia do outro por puro preconceito sem sequer efetuar o estudo mínimo para que se faça um julgamento o mais isento possível.
Vamos pensar sobre isso?
Grato pela audiência
A Teologia, no sentido da palavra, quando resulta na aplicação de princípios, serve para alguma coisa sim. Serve para moldar o caráter, para o bem, promovendo bons valores como o respeito e a educação, coisas que evidentemente estão fazendo muita falta no seu caso.
Ou seja: teologia é o estudo do nada, de algo que não existe. É assim que vc. pensa ?
Caro Mustafá, lendo duas frases suas:
1. “A única coisa que esse articulista propõe é um convite:
– Vamos pensar? Vamos separar “o joio do trigo” sem nenhum preconceito?”
2.”A ciência não é uma vaca sagrada e tampouco uma Caixa de Pandora.”
Sinceramente, a “vaca sagrada” soou meio que preconceituosa no texto…imagine o que hinduístas pensariam sobre isso?
Porém também gostei de um comentário seu: “Aquele que quer endeusar ou endeusa a ciência, não é um cientista, nem mesmo um intelectual”…Concordo plenamente com você.
Abraço e continue escrevendo boas matérias
Caro leitor,
A expressão “vaca sagrada” nada tem de depreciativa ou preconceituosa. Ao contrário, é usada correntemente para expressar um símbolo deificado de bondade, de abundância, de generosidade e que “tudo dá e nada pede em troca” e que por essa razão deve ser sempre protegida e reverenciada.
Por esta feita, ao expressar que “a ciência não é uma vaca sagrada”, se quer fazer entender que a ciência não deve ser dessa mesma forma endeusada e/ou referenciada.
Grato pela audiência
Ainda fiquei na dúvida. O tema iniciou com uma Pergunta: ” seria a ciência a nova deusa do século XXI?”.
Quem era a antiga deusa? A vaca já vi que não era.
Quem está na disputa?
Embora a ciência não precise de fé, de fato, fora cientistas, a maioria do povo só pode acreditar na ciência como crê em religiões. Saber mesmo com propriedade não sabemos, ao menos nas coisas menos óbvias. Apenas acreditamos no que livros e cientistas falam, simplesmente por que fomos treinados a isto desde pequenos, da mesma forma que em monges. Se dizem que existe boson de higgs e que é a menor partícula, só podemos acreditar? Quem entende a tecnologia e equações complexas que envolve o acelerador de partículas? Mas o átomo também já foi a menor partícula. A ciência também vive mudando conceitos conforme avança e mitos caem, viram verdades e depois mitos novamente; a eugenia também se dizia científica.A ciência ainda não sabe tudo, o que ela não explica diz que um dia tudo terá explicação; isto religiões também fazem. Dizem que supor a existência de um criador pressupõe outro que o criou e assim sucessivamente para o passado, mas e a energia? Sempre existiu? a existência da energia não pressupõe uma criação ou “transformação” de algo anterior e assim sucessivamente; ou teve um ponto inicial? Mas do que?
Bem, também sou Engenheiro Quimico e gaucho apreciador de chimarrão. Mas como diria Luiz Fernando Veríssimo, “Ser gaucho, normalmente é um agravante”. Grande LFV!
Concordo com o texto, aliás, exposto de forma brilhante. Mas no que tange a acreditar em Deus, queria fazer uma pequensas observações. Muitos cientistas acreditam (ou acreditavam) em Deus (Eisten por exemplo)e muitos religiosos são cientistas. (Landell de Moura por exemplo.
Aceeditar em Deus não necessita de religião, nem precisa se basear em dógmas, como a imensa maioria das religiões de hoje o sejam.
Ao meu ver, Deus e ciencia podem conviver e até se complementar. Basta que, como você colocou muito bem, cada uma se atenha a seu campo, e que cada um saiba diferenciar o que é crença do que é fato comprovado, que ambas permitam que cada um pense com a própria cabeça, respeite a opinião dos demais.
Eu penso pareceido com o Eistein só que sou muito mais inteligent que ele, óbviamente!! hehe
Abaixo alguns pensamentos de Einstein sobre o tema:
“Eu quero saber como Deus criou este mundo. Não estou interessado neste ou naquele fenômeno, no espectro deste ou daquele elemento. Eu quero conhecer os pensamentos Dele, o resto são detalhes”.
“A palavra Deus para mim é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana, a Bíblia é uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis”.
“Sem Deus, o universo não é explicável satisfatoriamente”.
“Quanto mais me aprofundo na Ciência mais me aproximo de Deus”
Einstein era ateu. Ele explicou muito bem isso antes de morrer. Eisntein falava sobre deus de forma metafórica, não tinha nada ver com um ser infinito e inteligente que fez tudo e que deseja que façamos A ou B. Era a forma que ele gostava de se referenciar a uma incógnita que era o fato da natureza seguir sempre um mesmo padrão e as coisas serem como são. Porém, numa coisa eu concordo com você. Não é obrigado um cara ser ateu pra ser um grande cientista. Exemplos? Galileu (porém, com certa ressalva), Newton, Kepler, Darwin entre tantos outros grandes.
Ótimo texto, pois expressa com clareza e honestidade qual o lugar que uma verdadeira ciência deve ocupar no mundo contemporâneo, ou seja, isenta de preconceitos, consciente do seu papel e ciente de outras possibilidades de se apreender a realidade. Contudo, ainda estamos longe de alcançar esta proposta, uma vez que “é a liberdade inerente ao ser humano de endeusar o que bem lhe aprouver” que pode fazer com que qualquer conhecimento, científico ou não, lhe sirva de suporte para se posicionar no mundo e perante os outros. Neste sentido, nem muitos cientistas e muitos religiosos não estariam imunes à dependência de um saber que os garanta o sentido para própria existência. Mas este comportamento é próprio do ser humano, talvez até mesmo uma necessidade. Aguardemos o futuro, o amadurecimento humano e a consequente paz na diversidade.
Bem colocado, Roxy. De fato as pessoas tendem a procurar por tais suportes e temos uma disparidade entre desenvolvimento científico e desenvolvimento humano – o que acaba originando os já conhecidos usos errados da ciência. Talvez a única coisa que quaisquer civilizações, tanto humana quanto supostas civilizações alienígenas, tenham em comum é um ponto crucial: Poderio Tecnológico x Consciência (ou simplesmente a ideia do que fazer com o poderio). Se o poderio tecnológico estiver a frente da consciência, a civilização acabá se auto-flagelando em guerras – uso inconsequente de armas de altíssima destruição em massa, por exemplo. A humanidade corre esse risco.
A grande questão é, somos ou seremos capazes de ter consciência suficiente para encarar o mundo sem o dito “suporte”, sem a certeza de que um mundo imortal nos aguarda após a morte ou que a ciência nos tornará imortais? Será que um dia poderemos nos desprender da ilusão de controle, talvez seja a maior questão de todas. 🙂
Discordo MRoxy, mesmo pq supor que a ciência se predispõe a decifrar pretensos alvos é justamente desvirtuar o modo como a ciência se estruturou como construção fornecedora de respostas objetivas, com base no falseamento. Ciência não é teleológica, assim não me parece fazer sentido achar que a ciência se proponha como método para achar o “sentido para própria existência”.
As pessoas das quais questionaram,esse saite como pode ver não sou eu, pelo contrario curto bastante, ciência, são mensagens bem elaboradas, bem escritas,e assuntos de nosso realidade, científica, o mundo científico precisa desse tipo de apoio, que nada mais é que uma divulgação, científica, a ciência de fato mexe muito comigo,amigo._Para mim Mustafá, esse saite é genial._Quem me dera ter um trabalho igual ao seu, provavelmente esse é seu trabalho, levar informação científica para os internautas, é com muita honrra que curto e sigo, essa pagina do hiper science, o problema é quando a pessoa não interpreta bem as coisas! Mas saiba que sou fã desse saite
Ponderações sensatas. Realmente, salvo exceções, não são os cientistas que colocam a ciência como Deus, mas com certeza alguns assíduos frequentadores desse espaço o fazem. Editores de textos também, não só aqui, mas de maneira geral. P. ex. na quase totalidade de matérias sobre universo, natureza, teorias (notadamente a da evolução) são apresentadas como fato, e assim são ensinadas nas escolas.
Em tempo: nem toda religião se fundamente em dogmas.
Parabéns pela boa explanação, muito esclarecedora.
Mustafá, vc é meu herói aki no Hipescience!!!
P.: “…E acima de tudo é preciso ter claro de que a ciência não é o único caminho disponível para se conhecer o mundo que nos cerca.
Por exemplo, pode-se buscar esse conhecimento, também:
a) pelo poder do mito
b) pelo dogma da religião
c) pelo método da filosofia
d) pela crença do senso comum e/ou
e) pela estética da arte
A escolha que cada um faz do viés pelo qual quer olhar e descobrir o seu mundo é inerente à sua liberdade e à sua humanidade. Ou não?…”
Comentário: explêndido!!!
Mas muita gente não tem respeitado os limites do saber científico e considera que, fora da Ciência, não há SALVAÇÃO!!!
Descartam a ARTE, a FILOSOFIA e a RELIGIÃO como “conhecimento da realidade”, onde a CIÊNCIA, que é uma atividade inteiramente dedicada à aplicações tecnológicas (vide CIENTIFICISMO http://pt.wikipedia.org/wiki/Cientificismo e NATURALISMO http://pt.wikipedia.org/wiki/Naturalismo_(filosofia) ), tem a primazia na compreensão do real e do absoluto, cujo único caminho para a verdade “jaz” no método científico, “depurado” do sentimento e da intuição.
Daí, quando alguns divulgadores de Ciência transformam o MÉTODO CIENTÍFICO em “ideologia anti-religiosa” (Richard Dawkins & quejandos), cometem o imperdoável erro de ignorar os trabalhos acadêmicos de historiadores, antropólogos e filósofos (ou seja, cientistas sociais) para distorcerem os objetivos da Ciência colocando-a como juiza e carrasca de outras formas de interação com o mundo (como o é a Religião, nesse caso). (NATURALISMO METODOLÓGICO)
Mas essa “Ciência anti-cultural” tem seus dogmas “religiosos”, sim, como o dogma do MATERIALISMO CIENTÍFICO (vide REDUCIONISMO
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reducionismo_cient%C3%ADfico ), onde absolutamente tudo é matéria bariônica. Esse dogma define O SER ONTOLÓGICO (METAFÍSICO) em si e, portanto, já definida a priori como verdade incontestável, não podendo ceder a mudanças de concepção, mesmo frente aos indícios de matéria escura, energia escura e aos “hádrons exóticos”.
Tal Ciência (anti-cultural, por sua pretensão de “reduzir” toda manifestação cultural da Humanidade aos pressupostos e técnicas científicas) tem sua doutrina, a do FISICALISMO (ou Fisicismo), onde se pressupõe, indubitávelmente e irrevogávelmente, uma LÓGICA, uma EPISTEMOLOGIA e uma PSICOLOGIA ‘FECHADAS’ nas LEIS DA FÍSICA, que governaria a capacidade da fisilogia do cérebro (pois não há uma mente transcendente, mas só há a mente emergente) de engendrar o “entendimento” dos fenômenos.
Das Leis da Fisica e das ciências exatas (as leis da gravitação de Newton, suas três leis do movimento, leis do gas ideal, leis de Mendel, de Arquimedes, de Kepler, da oferta e da procura, da conservação, da termodinâmica, da causalidade, probabilidade, etc.) derivam tudo o mais (comparável às TÁBUAS DA LEI MOSAICA): https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CDIQFjAA&url=http%3A%2F%2Ftyrannosaurus.wordpress.com%2F2008%2F08%2F05%2Fas-leis-da-natureza%2F&ei=uLliUfWdGYnh0wGd2YGIAw&usg=AFQjCNGOZ8p3jCJyJ5X7j4o7IzfJ5YgoZQ&sig2=ekrlqLvb2BQ-JEnyYFf1iA&bvm=bv.44770516,d.dmQ
As Leis da Natureza:
I) o Universo existe
II) as Leis da Natureza existem e determinam como o Universo se comporta
Propriedades
1) funcionam da mesma maneira em qualquer local do universo e em qualquer tempo (Princípio da Universalidade);
2) são absolutas (nada no universo as afeta) (Princípio do Absolutismo);
3) são estáveis (não se alteram com o tempo) (Princípio da Estabilidade);
4) são onipotentes (tudo no universo está aparentemente sujeito a elas) (Princípio da Onipotência);
5) são objetivas (podem ser demonstradas por qualquer um, produzindo sempre os mesmos resultados sob as mesmas condições) (Princípio da Objetividade);
Essas ideias, para mim, não são Ciência: é ATEISMO MILITANTE. Pelo absolutismo inerente ao Ateismo, torna-se uma “religião sem deus”, que faz dos 5 sentidos (tornados mais sensíveis por intermédio de inúmeros instrumentos) o único árbitro da adequação da realidade ao pensamento (matemático, é claro!!!).
Interessante é saber que a variante ateista conhecida como “niilismo” se aproveita das especulações científicas para “fundamentar” a natureza dos fenômenos no caos, na aleatoriedade e, em última instância, no NADA ABSOLUTO (vide NIILISMO https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CDIQFjAA&url=http%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FNiilismo&ei=VsFiUc3oPMe-0QHI_oBo&usg=AFQjCNEiuSOk2LzscpTWZ7-_41aaLqPadA&sig2=ds6lRK6Sl0wCONg29S9y-g&bvm=bv.44770516,d.dmQ ).
Tudo está morto nessa “Ciência”. Não há inteligência, conhecimento, percepção, vida e consciência. Causa e efeito também são meras confusões da lógica, algo produzido pelo cérebro como a bílis produzida pelo fígado.
Vide: Roda Viva | Suzana Herculano-Houzel | 25/03/2013 – TV Cultura
No centro do Roda Viva, neurocientista fala sobre o exercício e as capacidades do cérebro.
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CDcQFjAA&url=http%3A%2F%2Ftvcultura.cmais.com.br%2Frodaviva%2Froda-viva-suzana-herculano-houzel-25-03-2013&ei=jcJiUb_WJqfO0wGAvIDgBw&usg=AFQjCNHy1_RTJ7bOFnbdWl3FbRcAGAc0kQ&sig2=ndiTA1A2Atfj_o2P2hPsEw&bvm=bv.44770516,d.dmQ
Consequência: no NIILISMO CIENTÍFICO, a Ciência que investiga padrões na Natureza, é uma ilusão cerebral…rsrsrsrs…
Obs.: não sou religioso, sou agnóstico teista.
EXCELENTE, essa matéria!Parabéns ao ao Mustafá, continue assim.Só DISCORDO, da afirmação de que TODAS as verdades científicas de hoje, são passíveis de REVOGAÇÃO no futuro.Algumas delas, para desespero dos anti-cientistas, são QUASE EXATAMENTE como os DOGMAS da religião.A única diferença, é que FORAM ERIGIDAS A VERDADES INCONTESTÁVEIS E ETERNAS, ( sim,eu disse ETERNAS! ) pela força do RACIOCÍNIO LÓGICO, mais EXPERIMENTAÇÃO e não pelo abominável misticismo obscuro das religiões.A CONSERVAÇÃO DA ENERGIA, é uma dessas verdades, válida hoje e SEMPRE:Se, algum dia, um indivíduo de má catadura, CONSEGUISSE fabricar um MOTO CONTÍNUO, um maquinismo qualquer, que retirasse energia DO NADA,essa energia poderia, sem quebrar nenhuma lei física, ser transformada em matéria, pela famosa E = mc².Nada impediria, que ESSA matéria, recém fabricada do nada, fosse utilizada, para fabricar OUTRO moto contínuo, num absurdo processo de realimentação positiva, onde a produção de energia, de matéria e desses maquinismos, cresceria em progressão geométrica.A pseudo capacidade de produzir energia do nada, aumentaria com o número de maquinismos funcionando, a coisa adquiriria uma velocidade inimaginável, todo um planeta, poderia ser ATULHADO por uma avalanche de máquinas de moto contínuo, fabricadas, naturalmente, do NADA, em um prazo muito curto.Com um pouco de licença poética, mas MANTENDO a exatidão, podemos vislumbrar, no pensamento, uma IMENSA quantidade desses mecanismos, se reproduzindo com velocidade CRESCENTE, a cada segundo que passa,invadindo planetas, sistemas solares, galáxias, transformando TODO o Universo natural, em algo MUITO PEQUENO para conter a absurda e incomensurável maré replicante, que não pára… .Não obstante isso, o Youtube, está CHEIO de vídeos postados por espertalhões, uma profusão incrível de maquinismos de ENERGIA LIVRE.Os proprietários desses vídeos, devem ODIAR os NERDS, pela sua RECUSA em acreditar na ” verdade”, que lá é mostrada.
Caro leitor,
Insisto. De acordo com o método científico, não existe em ciência algo que se denomine “verdade absoluta ou eterna”. Em nenhuma área da ciência. Ponto.
O que existe são modelos de entendimento de como as coisas funcionam. Quanto esse modelo estabelece “leis ou princípios” o faz apoiado em observações e/ou experimentos e/ou previsões matemáticas. Basta que uma só evidência conteste a construção de seus pressupostos, que todo o modelo rui e um novo modelo, mais completo, o substituirá.
Leia meus artigos sobre o tema:
https://hypescience.com/karl-popper-e-o-problema-da-inducao/
https://hypescience.com/qual-e-o-pior-inimigo-da-verdade/
https://hypescience.com/ceticismo-cientifico-ou-nao/
É assim mesmo! Sem dogmas! É o rigor do método científico.
Quanto ao motocontínuo,
É um sonho antigo. Um simples cálculo na Termodinâmica, denominado balanço de energia tem refutado qualquer construção apresentada até hoje. É pena!
Grato pela audiência
No meu comentário, fui INCISIVO, ao mostrar, que a CRIAÇÃO de um ÚNICO mecanismo de MOTO CONTÍNUO, IMPLICARIA na possibilidade evidente, de CRIAÇÃO ILIMITADA de matéria.Até mesmo os religiosos, DEVERIAM ser contra essa idéia, pois, se concretizada, o ser humano, pelo menos no que diz respeito à CRIAÇÃO DE MATÉRIA, rivalizaria com o mitológico Deus.Gostaria, que o autor da matéria, com o RIGOR que usa costumeiramente, MOSTRASSE para nós, leitores de Hype, ONDE, nessa minha argumentação, existe ERRO.Já fui admoestado, por ” exagerar”, chamando a Lei da Conservação da Energia, de ETERNA.Esse postulado, tem alguns séculos de existência e NENHUMA possibilidade, de CORREÇÃO, pois é uma das CERTEZAS mais inabaláveis e testadas da física.Da maneira como foi colocado em SUA réplica, ” uma pena, que não exista o moto contínuo “, PASSA a impressão,para os leitores, que esse assunto não está SUFICIENTEMENTE esclarecido e é só uma “questão de tempo” para que esse ” pequeno incoveniente da Natureza”, seja contornado.Quem sabe, estarei equivocado e os picaretas do Youtube, donos de vídeos de máquinas de ” energia livre” é que estão corretos?
O homem um ser cambaleante rumo aos propósitos que ele mesmo não pode arriscar fazer ao menos conjecturas sobre o seu próprio futuro, afinal qual certeza nos da o amanhã? a menos que miremos na realidade do acaso? acho ignorante ousar qualquer frase que nos aponte a ciência como Deus, afinal ela mesma não busca se refutar? com a a ideia de que precisa buscar prova de que uma anterior afirmação pode estar errada? acho lindo e atraente os avanços e muitos dos resultados positivos que tambem existe coisas muito negativas da ciência, mas também acho estúpido a forma de como alguns a tratam do ponto de vista da sua real condição, Imagino os do meio científicos falando assim: preciso buscar uma contra prova e bem rápida pra afirmação do meu amigo, porque se não ele fica famoso mais rápido que eu e ganha prêmios pelo seu feito
Não sei se vai ser a nova deusa do século, na verdade acho que vai continuar tudo do mesmo jeito.
Acredito na existência de Deus, defendo a minha fé onde for preciso mas na minha opinião, a ciência é importante por vários motivos. Em primeiro lugar pela beleza do conhecimento,só através dela podemos adquirir conhecimento profundo que pode ajudar a humanidade sofrida neste planeta tão complicado. É só lembrar das grandes epidemias que já ameaçaram dizimar a humanidade como gripe espanhola, da galinha, da vaca,Hn1,ebola, e muitas outras, quando fomos salvos pela ciência, muitos medicamentos torna a vida hoje mais longeva e saudavél. Finalmente, o ato de se realizar ciência é importante pela educação que promove para a formação de pessoas mais esclarecidas, profissionais mais capacitados e cidadãos mais conscientes. Muitos a usam para o mal mas a maioria para o bem, só não concordo com essa essa picuinha ente as religiões e a ciência principalmente quando envolvem a Bíblia.
Mustafá, não deixe de provar nosso autêntico chimarrão quando vieres. Abraços
Olá Jonatas,
Com certeza! Aliás o churrasco e o bom chimarrão, mais que letra de música, será o unir do útil ao agradabilíssimo nesta jornada literária que é a Odisseia de Literatura Fantástica.
Se puder comparecer ficarei honrado.
Abraço fraterno e grato pela audiência e brilhante participação no nosso forum
Isso é verdade, quem a endeusa ou demoniza simplesmente não entende que a ciência é apenas um conjunto de ferramentas que, como o machado, martelo e serrote, podem tanto nas mãos de uns serem usadas para construir casas como nas mãos de outros para promover massacres. O “x” da questão está nos propósitos das pessoas que fazem novas descobertas com pesquisas e de quem estuda o que já foi descoberto para dominar alguma área do conhecimento. Não cabe, pela lógica, endeusar ou demonizar a ciência, e sim simpatizar e se interessar, ou antipatizar e não ter interesse, mas consciente de que os frutos do uso dela são reflexos das intenções e propósitos de seres humanos, que são propensos ao erro, e sujeitos tanto a ter ideias brilhantes e nobres como cultivar os mais obscuros e sinistros ideais, e tudo o que há entre esses dois extremos.
Como já dizia o velho guerreiro Albert Einstein “A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia”… Para mim a ciência vai ser a anfitriã entre essa nova visão.