A mulher que viajou o mundo para conhecer todos os seus amigos do Facebook

Por , em 23.01.2012

Essa é a história de ArLynn Presser, uma escritora americana de 51 anos que vive em Winnetka, Illinois.

O costume de ArLynn é ficar em casa. Foi isso que ela fez durante a maior parte de sua vida adulta.

Por ter agorafobia – medo de lugares lotados ou espaços públicos fechados -, ela certamente não se aventurou para fora de sua cidade natal. Sua carreira lhe assegurou que ela pudesse trabalhar em casa e garantiu que precisasse sair pouco.

Como a maioria dos introvertidos, ArLynn mal sai de casa, mas interage com outras pessoas através da internet.

Online, ela tem 325 amigos com quem conversa pela rede social Facebook. No ano passado, sua vida passou por uma grande reviravolta: em 31 de dezembro de 2010, ela fez uma resolução de conhecer todos os seus 325 amigos do Facebook em pessoa, em 2011.

Ela escreveu um post em seu blog sobre a resolução e, em seguida, começou a planejar a realização de seu objetivo. Ela chamou seu projeto de “Face to Facebook” (algo como “De cara com o Facebook”).

Para uma pessoa que tinha pavor de voar, esta foi certamente uma tarefa assustadora. No final, ela fez um ótimo trabalho, viajando para mais de 13 países em mais de 39 voos.

Até o final de 2011, ela havia conhecido 292 amigos, cerca de 90% do que ela tinha se proposto. Numa dessa, ArLynn conheceu Taiwan, Coreia, Filipinas, Dubai, Itália, Malásia, Irlanda, Inglaterra, Alemanha e outros quatro países.

Das 325 pessoas que ela havia decidido conhecer, alguns eram velhos amigos de colégio e da faculdade. Alguns não estavam interessados em sua ideia de “se conhecer”, e a bloquearam ou excluíram do Facebook. 18 pessoas ignoraram seus repetidos pedidos para se encontrar. Dois eram perfis de animais de estimação, e cinco pessoas haviam morrido.

A missão foi importante para ArLynn. Era algo que ela tinha de fazer, uma mudança drástica em sua vida. “Percebi que, com meus filhos fora, eu estava ficando muito mais tempo sozinha e muito mais tempo na frente do computador”, disse.

Encontrar seus amigos do Facebook não foi sempre fácil para ela. Às vezes, ArLynn teve ataques de ansiedade. Outras vezes, ela teve colapsos emocionais e momentos de pânico. Por razões de segurança, ela sempre levou um acompanhante com ela, e garantiu que as reuniões fossem realizadas em público. Corajosa, não?[OddityCentral]

29 comentários

  • Soll Chiulli:

    kkk eu ja pensei em fazer isso….

  • Thiago Alexandre Dos Santos:

    Muito dinheiro gasto… aposto que ela vive muito bem, esta viagem deve ter dado pelo menos 100 mil dólares.

  • Gustavo Marinho:

    SEMPRE fiz isso. Inclusive, numa dessas viaganes, conheci minha ex-esposa. O casamento terminou, mas não me arrependo de nada. E continuo viajando e conhecendo, quando considero que vale a pena, lógico.

  • VINO:

    Penso que e uma ideia super interessante e que aparece a muitos, o problema e que poucos conseguem realizar por falta de condicao financeira

  • Maia:

    Achei super legal a ideia dela.
    Já fiz isso. Viajei para conhecer um amigo de internet, no nordeste. Moro em SP. Claro que mantive contato, inclusive, por telefone, por uns 3 anos.
    E ja to planejando conhecer alguns amigos virtuais do interior. É muito gostoso conhecer gente além das barreiras físicas, e não ficar só no online.

    Um pouco de exagero no caso dela. Uma medida, mas vejo que foi uma terapia de choque que ela se deu, devido a seus problemas. Super válido.

  • Kung Lao:

    A internet faz bem e faz mal, nem por isso precisamos censurar ela.

    SOPA e PIPA eram fachada, ACTA e o verdadeiro pesadelo.

  • pedro:

    muito positivo ,abrir os horizontes ,enfrentou os seus medos ,uma verdadeira liçao de vida ,acho que toda a gente devia fazer o mesmo,pois existem pessoas que deixam de distinguir o amigo virtual do real ,ate ao dia que querem ajuda para trocar o pneu ; )

  • alx:

    Mais um sinal de que a internet anda fazendo praticamente a cabeça das pessoas, acaba se tornando algo perigoso!

  • Walter, o Cavaleiro de Cristo:

    Ela devia ter baixado todos os amigos no HD dela, pois assim não teria gasto um dinheirão com as viagens.

    • Gustavo Marinho:

      Boa.

  • Pedro Vaz_de_ANGOLA:

    Faltou arrumar 1 cara para ela, afinal não merece ficar sozinha!

  • Eddy:

    Falando em Facebook e vida digital esse poema resume o tema de maneira extraordinária: http://www.youtube.com/watch?v=GAx845QaOck (em inglês)

    http://www.youtube.com/user/speakeasynyc/videos

  • Thiago moreira:

    Essa ai provou que podemos superar nossos medos, uma ideia meio maluca mas ela se superou.

  • Paulo Eduardo:

    completamente sem noção!!!

  • matheus:

    se fosse no brasil a primeira casa que ela fosse serial assaltada!

  • Vitor:

    Faria Terapia, doaria grana e viajaria o mundo..mas não perseguindo gente do FB. Tem umas musas em certos países, como na Finlândia, Suécia..etc..hahaha

    • Jonatas:

      Por musas eu não viajaria, já moro no país das mulheres mais lindas do planeta.

    • Flor de Lis:

      É por essas e outros que gosto de vc e das suas opiniões, Jonatas.

  • Jonatas:

    Certamente foi um ato de coragem dada a sua fobia. Deve ter sido uma grande terapia, deve ter por várias vezes enfrentado seu medo e estar bem melhor hoje em dia.
    Uma história de vida interessante.

    • Vitor:

      A Neurótica deveria doar esse dinheiro gasto para instituições que cuidam de problemas mentais, como o dela!

    • Jonatas:

      Acho que não. Ela trabalhou para ter esse dinheiro, a escolha dela não deve ser questionada.

    • Vitor:

      Bom…o marido dela já sei quem é!!hahaha

    • Jonatas:

      Cara, se tu fosse rico tu ia se preocupar em fazer doações ou viajar pelo mundo? fala sério…

    • Mari:

      Ajudar ao próximo não significa necessariamente doar dinheiro e ela não necessariamente é rica. Ela pode fazer trabalho voluntário. E sendo escritora, ela pode escrever um livro e além de ganhar dinheiro com isso, ajudar a outras pessoas com fobias semelhantes a dela. Com certeza foi um dinheiro bem investido, melhor do que terapia 😉

    • Maia:

      Gente. Parem com esse papo de caridade, etc. Ela não é uma ociosa. Mas alguém que precisava quebrar seus limites.
      Ninguém precisa fazer caridade, doar dinheiro ou trabalhar para os pobres, para ser uma boa pessoa.
      Sou a favor de quem tem dinheiro que ganhou com seu esforço, usá-lo da forma que bem entender. Se quiser gastar tudo em bingo, cachaça, viajando, livros, que seja. Cada um sabe melhor como usá-lo.

    • Gustavo Marinho:

      Até que entendam isso, já descobriram Unicórnios híbridos de 17 chifres…..rs

    • Jullia:

      Com certeza foi, Jonatas! Ter qualquer fobia já não é fácil, mas uma que atrapalha as relações interpessoais é muito pior.

    • Milena Karla:

      Resumindo: Ela faz o que quer com o dinheiro que ela mesma trabalhou pra conseguir! Ser escritor não é fácil!

    • Flor:

      Achei uma ótima oportunidade de conhecer lugares e pessoas. Acredito que devemos sim fazer novos amigos, claro que com cuidado. Com certeza ela conheceu pessoas legais, outras malucas, outras sem graça, mas que valeu a pena.

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