Germaneno – um novo nanomaterial acaba de nascer

Por , em 28.09.2014

Novas promessas

Foi confirmada na semana passada a estabilização de um novo nanomaterial o “germaneno” primo caçula do grafeno e que promete ainda mais prodígios.

Considerado uma forma alotrópica sintética do germânio, elemento do mesmo grupo do carbono na classificação periódica, o germaneno pode ser comparado ao grafeno em sua constituição.

Basta imaginar uma tela formada por hexágonos interligados, considerando cada nó dessa rede um átomo de germânio. Por essa razão cada estrutura dessas tem a espessura equivalente a do diâmetro de um átomo.

O material é criada em alto vácuo e em altas temperaturas pela deposição de uma camada de átomos de germânio sobre um filme constituído principalmente por lâminas de ouro, originando estruturas cristalinas bidimensionais incomuns dotadas de propriedades eletrônicas inovadoras.

Nascido dos esforços do grupo de cientistas liderados por Guy Le Lay da Universidade de Aix-Marseille a publicação de um artigo especial no New Journal of Physics dando notícia de sua criação abre novos capítulos na nanotecnologia, principalmente no que tange as aplicações em dispositivos semicondutores e no desenvolvimento de novos materiais – mais resistentes ainda que as fibras de carbono e muito mais versáteis.

A técnica utilizada pela equipe coordenada por Le Lay fundamenta-se na deposição de filmes de um único átomo de espessura, em um substrato ordenado bidimensionalmente através de epitaxia de feixe molecular sobre uma superfície de ouro formando uma estrutura também cristalina que foi confirmada por microscopia de varredura de tunelamento (STM), revelando uma estrutura que lembra um favo de mel quase plano.

Novas confirmações foram obtidas por medição espectroscópica e cálculos da teoria funcional da densidade.

Novidades no horizonte

Pela qualidade tanto do desenvolvimento, quanto dos filmes obtidos aventa-se a possibilidade do germaneno vir a substituir o grafeno ou, num futuro próximo, oferecer mais uma alternativa industrial para a geração de materiais híbridos.

A pesquisa está ainda no começo, mas promete aplicações revolucionárias tanto na eletrônica quanto no desenvolvimento de novos materiais ópticos sem contar a grande oportunidade de abrir novos campos na pesquisa pura, como por exemplo, testar as propriedades dos férmions de Dirac – algo que veremos em nossos próximos artigos. Não perca!

 

Artigo de Mustafá Ali Kanso 

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LEIA A SINOPSE DO LIVRO A COR DA TEMPESTADE DE Mustafá Ali Kanso

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Ciência, ficção científica, valores morais, história e uma dose generosa de romantismo – eis a receita de sucesso de A Cor da Tempestade.

Trata-se de uma coletânea de contos do escritor e professor paranaense Mustafá Ali Kanso (premiado em 2004 com o primeiro lugar pelo conto “Propriedade Intelectual” e o sexto lugar pelo conto “A Teoria” (Singularis Verita) no II Concurso Nacional de Contos promovido pela revista Scarium).

Publicado em 2011 pela Editora Multifoco, A Cor da Tempestade já está em sua 2ª edição – tendo sido a obra mais vendida no MEGACON 2014 (encontro da comunidade nerd, geek, otaku, de ficção científica, fantasia e terror fantástico) ocorrido em 5 de julho, na cidade de Curitiba.

Entre os contos publicados nessa coletânea destacam-se: “Herdeiro dos Ventos” e “Uma carta para Guinevere” que juntamente com obras de Clarice Lispector foram, em 2010, tópicos de abordagem literária do tema “Love and its Disorders” no “4th International Congress of Fundamental Psychopathology.”

Prefaciada pelo renomado escritor e cineasta brasileiro André Carneiro, esta obra não é apenas fruto da imaginação fértil do autor, trata-se também de uma mostra do ser humano em suas várias faces; uma viagem que permeia dois mundos surreais e desconhecidos – aquele que há dentro e o que há fora de nós.

Em sua obra, Mustafá Ali Kanso contempla o leitor com uma literatura de linguagem simples e acessível a todos os públicos.

É possível sentir-se como um espectador numa sala reservada, testemunha ocular de algo maravilhoso e até mesmo uma personagem parte do enredo.

A ficção mistura-se com a realidade rotineira de modo que o improvável parece perfeitamente possível.

Ao leitor um conselho: ao abrir as páginas deste livro, esteja atento a todo e qualquer detalhe; você irá se surpreender ao descobrir o significado da cor da tempestade.

[Sinospse escrita por Núrya Ramos  em seu blogue Oráculo de Cassandra]

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