Descoberta revolucionária: Cientistas identificam combinações químicas que revertem o envelhecimento

Por , em 19.07.2023

Uma equipe de cientistas, incluindo pesquisadores da Harvard Medical School e do MIT, fez avanços significativos no campo da reversão do envelhecimento. Em um estudo recente publicado na revista Aging, eles identificaram seis combinações químicas que têm o potencial de rejuvenescer as células e restaurar um estado mais jovem. Essas combinações químicas foram capazes de reverter os marcadores do envelhecimento em tecidos de laboratório sem causar um crescimento celular perigoso. Embora os tratamentos ainda não tenham sido testados em seres humanos, os preparativos para os ensaios clínicos em humanos estão em andamento.

Os pesquisadores concentraram-se em moléculas que podem reprogramar células animais em células-tronco pluripotentes, que têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula dentro de um organismo. Ao testar essas moléculas em culturas celulares especializadas, eles observaram uma reversão nos marcadores do envelhecimento associados à deterioração da compartimentalização nucleocitoplasmática. Isso ocorre quando proteínas do núcleo de uma célula vazam para o citoplasma e não são reimportadas de volta para o núcleo.

A parte empolgante dessa pesquisa é que as combinações químicas conseguiram reverter o envelhecimento em apenas quatro dias sem alterar a identidade da célula, ao contrário da terapia genética. Embora ainda esteja no início do processo de pesquisa e a disponibilidade comercial esteja distante, essa descoberta traz esperança para o campo da extensão da vida. O cenário atual dos tratamentos de extensão da vida é frequentemente preenchido por alegações não comprovadas e extravagantes, tornando esse progresso científico um desenvolvimento bem-vindo.

Caso esses tratamentos cheguem eventualmente ao mercado, eles podem ter implicações profundas não apenas para a saúde humana, mas também para a demografia, dinâmica social e meio ambiente. No entanto, vale ressaltar que algumas pessoas, como Elon Musk, alertam sobre as potenciais consequências desses tratamentos.

Em outro estudo liderado pela Harvard Medical School, os pesquisadores exploraram o epigenoma, uma camada adicional de informações que fica acima do genoma. O epigenoma instrui as células a expressar genes específicos essenciais para sua função, essencialmente guiando-as para os capítulos relevantes do manual de instruções genéticas. Baseando-se em pesquisas anteriores que renderam o Prêmio Nobel e descobriram moléculas chamadas fatores Yamanaka, que podem reprogramar o epigenoma, os pesquisadores realizaram uma triagem de produtos químicos que poderiam alcançar efeitos semelhantes à terapia genética.

Ao expor amostras de células a diferentes produtos químicos, a equipe identificou seis combinações químicas que poderiam restaurar as células a um estado mais jovem, revertendo os sintomas do envelhecimento. Essa reversão do envelhecimento ocorreu em menos de uma semana, um avanço significativo. Os pesquisadores acreditam que esse tratamento epigenético não apenas pode reverter o envelhecimento, mas também prevenir ou tratar doenças comuns como câncer, Alzheimer, diabetes e doenças cardiovasculares.

Embora sejam necessários mais testes em animais e futuros ensaios clínicos em seres humanos, essa descoberta oferece esperança de que os problemas de saúde relacionados ao envelhecimento possam não ser tão inevitáveis como se pensava anteriormente. A possibilidade de uma única pílula reverter o envelhecimento e tratar várias doenças relacionadas à idade é uma perspectiva intrigante, embora mais pesquisas sejam necessárias antes que tais tratamentos sejam amplamente disponíveis. [Futurism / NewAtlas]

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