Estas 10 perguntas podem prever infidelidade?

Por , em 19.09.2023

Um recente artigo publicado na revista acadêmica Ciências Sociais apresenta uma escala de 10 itens projetada para avaliar a inclinação de um indivíduo à infidelidade. Esta escala não apenas busca prever a probabilidade de alguém trair seu parceiro, mas também serve como uma ferramenta valiosa para terapeutas abordarem proativamente as quebras de confiança em relacionamentos românticos.

Os autores do estudo, liderados por Carmen Lisman da Universidade Alexandru Ioan Cuza de Iași, na Romênia, destacam que a infidelidade conjugal está entre as principais causas de divórcio e frequentemente é um gatilho para casais buscarem terapia. No entanto, abordar esse problema no contexto da terapia de casal pode ser excepcionalmente desafiador.

Para obter uma compreensão mais profunda dos fatores subjacentes às transgressões românticas, a equipe de pesquisa compilou uma lista de 25 declarações potenciais para inclusão em sua escala. Essas declarações estavam alinhadas com cinco motivos estabelecidos para a infidelidade, conforme identificado em pesquisas anteriores:

  1. Sexualidade: O desejo por variedade sexual ou a sensação de incompatibilidade sexual com o parceiro atual.
  2. Insatisfação Emocional: Experimentar uma falta de intimidade, conexão emocional, atenção ou estimulação intelectual no relacionamento.
  3. Contexto Social: Fatores como passar muito tempo com colegas do sexo oposto ou distância física do parceiro.
  4. Atitudes e Normas: A influência de pessoas com atitudes mais permissivas em relação ao sexo e aos relacionamentos.
  5. Vingança e Hostilidade: Envolver-se em infidelidade como meio de punir ou buscar vingança contra o parceiro.

Para refinar sua escala “propensão à infidelidade”, os pesquisadores recrutaram dois grupos de participantes adultos para avaliar os 25 itens e responder a perguntas adicionais relacionadas à infidelidade. Utilizando métodos estatísticos avançados, eles identificaram as dez declarações mais influentes, que foram usadas para construir sua escala. Esses itens finais, avaliados em uma escala que varia de “discordo totalmente” a “concordo totalmente”, incluem:

  1. Se meu cônjuge fosse infiel, me pareceria natural buscar um relacionamento extramatrimonial.
  2. Flertar com outra pessoa me faria sentir desejado.
  3. A falta de intimidade sexual com meu cônjuge seria motivo para eu buscar um relacionamento extramatrimonial.
  4. Eu poderia considerar um relacionamento com alguém que não seja meu cônjuge se compartilhasse um vínculo emocional com essa pessoa.
  5. A ausência prolongada do meu cônjuge me levaria a buscar relacionamentos com outras pessoas.
  6. Colegas do sexo oposto representam uma oportunidade potencial para um caso extramatrimonial.
  7. Se eu soubesse que meu cônjuge nunca descobriria, eu poderia ter um caso extramatrimonial.
  8. Existem situações específicas em que ter um caso extramatrimonial seria plausível.
  9. O relacionamento próximo do meu cônjuge com um colega do sexo oposto aumentaria a probabilidade de eu buscar um relacionamento com outra pessoa.
  10. O fato de alguns dos meus amigos casados terem tido casos extramatrimoniais me faz considerar isso como uma possibilidade para mim.

Os pesquisadores esclarecem que o principal objetivo de seu estudo foi criar uma ferramenta para medir a inclinação à infidelidade em indivíduos heterossexuais em relacionamentos matrimoniais, com base nas cinco principais categorias de motivos para a infidelidade. O instrumento que desenvolveram e avaliaram visa avaliar a intensidade motivacional das pessoas em relação à infidelidade, revelando sua predisposição ou susceptibilidade psicológica para se envolver nesse comportamento sob circunstâncias específicas.

A infidelidade conjugal é um tema complexo e sensível que afeta muitos relacionamentos. É fundamental que terapeutas e profissionais de saúde mental estejam equipados com ferramentas eficazes para identificar e abordar essas questões. A escala “propensão à infidelidade” apresentada neste estudo pode ser um recurso valioso para aprimorar a compreensão da infidelidade e desenvolver estratégias de intervenção mais eficazes para casais que enfrentam esse desafio em seus relacionamentos. [Psychology Today]

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