Encontramos sinais de vida em Marte?

Por , em 2.02.2016
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Poderiam ser estes montinhos indícios de vida em Marte?

Depois de tantas formas esquisitas sendo apontadas por internautas como sinais de vida em Marte, é a vez dos cientistas apresentarem sua proposta. Desta vez, pode ser uma pista real para a vida em Marte.

Em 2008, o rover Spirit capturou uma imagem de depósitos minerais que se parecem com “couves-flores” perto da cratera Gusev.

Comparando com o que pode ser encontrado no Chile, os cientistas estão achando que estes depósitos minerais são o que sobrou da vida em Marte.

Os responsáveis pela afirmação são o geólogo planetário Steven Ruff e o geobiólogo Jack Farmer, ambos da Universidade do Estado do Arizona, em Tempe. Eles encontraram uma semelhança entre estas “micro protrusões de sílica” e estruturas encontradas nas regiões áridas de El Tatio, no deserto do Atacama, Chile. O estudo apresentando a especulação dos cientistas foi publicado alguns meses atrás no American Geophysical Union.

Cerca de 3 bilhões de anos atrás, Marte possuía regiões ricas e gêiseres hidrotermais, entre elas a região das protrusões de sílica, próxima à cratera Gusev. Esse cenário é igual ao da região de El Tatio, que tem pelo menos 80 gêiseres ativos.

Aliás, a região é tão parecida com Marte que a NASA a utiliza para testar equipamentos. Por exemplo, a altitude faz com que a região receba muita radiação ultravioleta, além de receber muito pouca chuva, menos de 100 mm por ano, e ter uma temperatura que varia entre -25° C e 45° C.

El Tatio, no deserto do Atacama, se parece muito com Marte

El Tatio, no deserto do Atacama, se parece muito com Marte

Próximo aos gêiseres de El Tatio, os pesquisadores encontraram estruturas semelhantes às “couves-flores” marcianas, de origem microbiana. Comparando as estruturas do Atacama com as estruturas de Marte, eles sugerem que ambas têm origem similar – atividade microbiana.

Infelizmente, essa ainda não é uma descoberta, é só um “pode ser que seja”. Um dos problemas é que é difícil provar a biologia a 54,6 milhões de km de distância. Por enquanto, o melhor que podemos fazer é comparar o que encontramos em Marte com o que temos na Terra. [IFLScience]

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