O Japão bombardeou um asteroide em nome da ciência
A JAXA, agência espacial japonesa, lançou uma pequena bomba no asteroide Ryugu na última sexta-feira (5), como parte de sua missão para entender melhor a história do sistema solar.
A sonda Hayabusa2 foi a responsável pela detonação do explosivo de cobre. O dispositivo pesava cerca de 2 kg e era do tamanho de uma bola de beisebol. Ele foi liberado cerca de 500 metros acima da superfície de Ryugu, a dois quilômetros por segundo.
O objetivo era criar uma cratera artificial de dez metros no asteroide, a fim de coletar amostras subterrâneas. Por enquanto, a JAXA ainda está examinando se e como a cratera foi feita.
O objetivo
A tarefa foi incrivelmente arriscada para a Hayabusa2, uma vez que a sonda tinha que se mover imediatamente para se esconder do outro lado do asteroide a fim de se proteger de qualquer detrito da explosão.
Atualmente, a JAXA aguarda que as imagens da detonação sejam transmitidas de volta à Terra. Não está claro quanto tempo isso levará.
Se tudo correr conforme o planejado, a agência planeja enviar a Hayabusa2 de volta ao asteroide mais tarde, quando a poeira tiver baixado, literalmente.
Em última análise, os cientistas esperam coletar amostras subterrâneas de Ryugu a fim de examinar se contêm substâncias orgânicas e água. Estas podem apontar para as origens do sistema solar.
Até aqui, um sucesso
Em setembro do ano passado, a JAXA pousou dois robôs no Ryugu, também como parte da missão Hayabusa2, tornando o Japão o primeiro país do mundo a pousar em um asteroide.
A própria Hayabusa2 também repousou com sucesso em uma superfície plana no Ryugu em fevereiro, coletando poeira e detritos.
A sonda deve retornar à Terra com todas essas amostras no final de 2020.
Markoto Yoshikawa, líder da missão, disse à AP: “Até agora, a Hayabusa2 fez tudo conforme o planejado, e estamos muito satisfeitos. Mas ainda temos mais missões para realizar e é muito cedo para celebrarmos”. [ScienceAlert]