Mitos e realidades do nosso mundo

Por , em 27.09.2023

Você já ouviu falar na ideia de que o raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar? Ou na crença de que ficar exposto ao frio pode te dar um resfriado? Essas são apenas algumas das muitas ideias equivocadas que se infiltraram em nossa compreensão coletiva do mundo. Elas têm sido transmitidas de geração em geração e, como resultado, se enraizaram tão profundamente em nossa consciência que frequentemente as aceitamos como verdades.

No entanto, hoje estamos aqui para desmistificar esses mitos e apresentar os fatos corretos. Esta lista aborda diretamente esses equívocos generalizados, cobrindo desde fenômenos naturais mal compreendidos até crenças históricas de longa data. Alguns desses equívocos persistem por séculos, enquanto outros surgem de desinformação moderna.

Portanto, aperte os cintos e prepare-se para uma realidade diferente à medida que revelamos a verdade por trás desses dez equívocos comuns sobre o nosso mundo. Você pode ficar surpreso ao descobrir que algumas das convicções que você manteve por anos são, na verdade, pura ficção.

1 – Desertos: Nem Sempre Lugares Quentes

Quando pensamos em desertos, muitas vezes imaginamos dunas de areia escaldantes sob o sol abrasador. No entanto, nem todos os desertos são quentes. A definição de deserto é uma região que recebe menos de 254 mm de precipitação por ano, independentemente da temperatura. Surpreendentemente, o maior deserto da Terra é bastante frio. A Antártica, com sua vasta extensão de aproximadamente 14,2 milhões de quilômetros quadrados, se qualifica como deserto devido à sua precipitação extremamente baixa e à falta de vegetação.

Em vez de dunas de areia, a Antártica é caracterizada por neve e gelo, com temperaturas médias variando de -10°C na costa a -60°C no interior. Outras regiões frias, como partes do Ártico e áreas montanhosas em altitudes elevadas, também são classificadas como desertos devido à baixa precipitação. Portanto, da próxima vez que pensar em desertos, lembre-se de que eles não estão apenas relacionados a calor e areia. Paisagens geladas, como a Antártica, demonstram que desertos podem ser tão frios e áridos quanto quentes e empoeirados.

2 – Diamantes: Não Tão Raros Quanto Se Pensa

Os diamantes frequentemente são retratados como gemas raras e preciosas, símbolo de luxo e riqueza. Mas será que sua escassez é realmente tão pronunciada quanto nos fazem acreditar? A realidade pode surpreender. Nas décadas de 1930 e 1940, a empresa de diamantes De Beers estabeleceu a ideia dos diamantes como raros e valiosos. Eles controlavam o mercado de diamantes, regulando o fornecimento e criando a ilusão de escassez.

Seu domínio persistiu, com eles mantendo uma participação de mercado de dois terços até mesmo nos anos 2000. No entanto, os próprios pesquisadores da De Beers estimam que as reservas mundiais de diamantes naturais se esgotarão em 20-30 anos.

O que é intrigante é que os diamantes cultivados em laboratório surgiram, provando que podemos produzir gemas idênticas aos diamantes naturais sem a necessidade de mineração. Embora os diamantes não sejam tão abundantes quanto algumas outras gemas, sua representação como extremamente raros resulta em grande parte de estratégias de marketing do início do século XX.

3 – A Fruta Proibida Não Era uma Maçã

A infame fruta que Eva colheu no Jardim do Éden tem sido frequentemente retratada como uma maçã em inúmeras pinturas, filmes e histórias. Essa associação está tão enraizada em nossa mente que é difícil imaginar que pudesse ser outra coisa. No entanto, aqui está o detalhe: a Bíblia nunca identifica especificamente a fruta da Árvore do Conhecimento como uma maçã; ela se refere apenas a uma “fruta”.

O equívoco da maçã pode ser rastreado até as traduções latinas da Bíblia, onde a palavra “malus” foi usada, que pode significar tanto “mal” quanto “maçã”. Com o tempo, essas duas ideias se tornaram ligadas, e, na Idade Média, o mito estava firmemente estabelecido, mesmo sem base escritural direta.

Vários estudiosos propuseram que a fruta real poderia ter sido uma figueira, uva, romã ou outra espécie comum na “Cradle of Civilization” do Oriente Médio. Apesar dessas especulações, a verdadeira identidade da fruta proibida permanece desconhecida. Portanto, enquanto a maçã pode simbolizar tentação e pecado hoje, a fruta proibida da Bíblia ainda está envolta em mistério.

4 – Tempo Frio: Não é a Causa Real dos Resfriados

Sentindo um arrepio? Você pode acreditar que isso seja um precursor de pegar um resfriado, mas isso não é totalmente preciso. Embora seja um equívoco comum que a exposição ao frio ou ficar molhado possa resultar em doenças, o próprio clima frio não pode causar condições como resfriados ou gripe. Os verdadeiros culpados são os vírus, e não as baixas temperaturas.

Veja o que acontece na realidade: os vírus do resfriado se propagam mais facilmente em ambientes internos mais secos, que são mais comuns no clima frio. Esses vírus são transmitidos pelo contato com pessoas infectadas, e não pelo ambiente.

Embora o ar frio possa fazer o nariz escorrer e potencialmente enfraquecer o sistema imunológico, é a exposição a esses vírus infecciosos que leva a doenças no inverno. Portanto, da próxima vez que você estiver tremendo de frio, lembre-se de que não é a temperatura que está te deixando doente, mas sim os vírus que estão à espreita.

5 – Raios: Atacando Mais de Uma Vez

Contrariamente à crença popular, os raios podem – e frequentemente – atingem o mesmo lugar mais de uma vez, especialmente sob condições favoráveis. Os raios são naturalmente atraídos pelo objeto mais alto em uma área, tornando-o frequentemente um alvo repetido. Por exemplo, o Empire State Building é frequentemente atingido por raios várias vezes ao ano.

Da mesma forma, estruturas naturais e artificiais altas, como árvores altas, montanhas e antenas de rádio, muitas vezes se tornam ímãs para raios. Embora a probabilidade de um local aleatório ser atingido duas vezes seja baixa, marcos fixos frequentemente experimentam múltiplos raios sob as condições certas.

Portanto, da próxima vez que você procurar abrigo durante uma tempestade, lembre-se de que uma árvore que acabou de ser atingida pode muito bem ser atingida novamente. A ideia de que os raios nunca atingem o mesmo lugar duas vezes? Definitivamente, um mito chocante!

6 – A Muralha da China: Não é Visível do Espaço

Uma informação muito difundida sugere que a Muralha da China é a única estrutura feita pelo homem visível do espaço. Embora essa afirmação soe impressionante, ela não é precisa. A Muralha da China, apesar de sua grandiosidade e vastidão, é simplesmente muito estreita para ser vista da órbita de nosso planeta. Imagine tentar identificar um único fio de cabelo a alguns metros de distância – uma tarefa desafiadora, com certeza.

Agora, imagine esse fio de cabelo a milhares de quilômetros de distância. Isso é aproximadamente o desafio que um astronauta enfrentaria ao tentar avistar a Muralha da China do espaço. Portanto, da próxima vez que você ouvir alguém afirmar que a Muralha da China é visível do espaço, você estará melhor informado. Esse mito persistente é mais um exemplo de como equívocos podem se enraizar profundamente em nosso conhecimento coletivo.

7 – Corcundas de Camelos: Reservas de Gordura, Não Tanques de Água

As icônicas corcundas nas costas de um camelo frequentemente são consideradas como reservatórios de água, certo? Afinal, os camelos são famosos por sua capacidade de suportar condições áridas no deserto e percorrer longas distâncias sem água.

No entanto, é hora de desmistificar esse mito. As corcundas dos camelos não são preenchidas com água; na verdade, elas contêm reservas de tecido adiposo. Essa gordura é metabolizada em energia quando os alimentos e a água são escassos, permitindo que os camelos se sustentem em longas jornadas pelo deserto.

Quando um camelo finalmente tem acesso à água, ele pode consumir até 151 litros de uma só vez, mas essa água é armazenada em sua corrente sanguínea, não nas corcundas. Embora os camelos sejam, de fato, sobreviventes notáveis do deserto, isso não ocorre porque eles carregam tanques de água portáteis nas costas. A verdade é muito mais fascinante – suas corcundas são reservas de energia, prontas para serem usadas quando a situação fica difícil.

8 – Biscoitos da Sorte: Não uma Invenção Chinesa

Após uma refeição em um restaurante chinês, você já abriu um biscoito da sorte? Você pode ter pensado que esses biscoitos doces e crocantes com mensagens escondidas eram uma parte essencial da culinária chinesa. No entanto, é hora de uma correção.

Os biscoitos da sorte na verdade não são uma invenção chinesa; eles têm suas raízes no Japão e em São Francisco. Os biscoitos da sorte que conhecemos hoje, completos com mensagens ocultas, surgiram no início do século XX em São Francisco. Eles foram criados por Makoto Hagiwara, um imigrante japonês, no Jardim Japonês.

No entanto, um tipo semelhante de biscoito, com uma mensagem dentro, já era encontrado no Japão desde o século XIX. Embora os biscoitos da sorte tenham se tornado um elemento comum nos restaurantes chineses americanos, eles não são uma parte autêntica da culinária chinesa tradicional. Da próxima vez que você abrir um desses biscoitos, lembre-se de que suas origens misturam inovação americana com tradição japonesa.

9 – Vikings: Capacetes Sem Chifres

Quando imaginamos um viking, é provável que visualizemos um guerreiro feroz usando um capacete com chifres, certo? Bem, é hora de revisar essa imagem. Apesar de sua representação popular na mídia atual, os vikings na verdade não usavam capacetes com chifres. Essa imagem popular foi uma invenção da era vitoriana.

A ideia de que os vikings usavam capacetes com chifres foi amplamente propagada por representações artísticas romantizadas do século XIX. Na realidade, não há evidências históricas que sugiram que os vikings usavam tais capacetes. A praticidade desencorajaria o uso de chifres – imagine a dificuldade de navegar em um navio ou entrar em batalha com chifres desajeitados na cabeça!

Portanto, embora o capacete viking com chifres possa ser ótimo para o teatro ou imagens em quadrinhos, está longe da verdade histórica. Ele serve como um lembrete de como os equívocos podem se enraizar facilmente em nossa imaginação coletiva.

10 – Cleópatra: Uma Rainha Grega da Macedônia

Quando você pensa em Cleópatra, é provável que a imagine como uma rainha egípcia, certo? É hora de repensar essa percepção. Cleópatra, uma das mulheres mais famosas da história, na verdade não era egípcia. Sua linhagem pode ser rastreada até a Macedônia grega. Cleópatra fazia parte da dinastia Ptolomaica, que tinha origem na Macedônia grega.

Essa dinastia chegou ao poder no Egito após a morte de Alexandre, o Grande. Embora Cleópatra tenha nascido no Egito e tenha sido a primeira em sua dinastia a aprender a língua egípcia, sua ascendência não era originalmente egípcia. Apesar de seu papel significativo na história egípcia, Cleópatra tinha descendência grega da Macedônia e governava o Egito. Essa reviravolta intrigante desafia nossa percepção comum dessa rainha lendária. [ListVerse]

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