Físicos demonstraram que o Big Bang pode ter sido um Big Bounce

Por , em 13.07.2016

Uma equipe internacional de pesquisadores demonstrou que a hipótese de que o Big Bang foi na verdade um Big Bounce é possível.

Isso significa que o universo não surgiu de uma grande explosão que trouxe tudo à existência. Ao invés disso, simplesmente começou a se expandir novamente depois de se contrair totalmente.

O novo estudo foi publicado na revista Physical Review Letters.

O que é o Big Bounce?

A teoria do Big Bounce, pensada pela primeira vez mais de cem anos atrás, foi criada para explicar como o universo se formou.

Ao contrário do modelo do Big Bang, que afirma que o nosso universo nasceu de uma gigantesca explosão de um ponto infinitamente denso, o Big Bounce propõe que o universo está em constante expansão e contração.

Isto significa que o universo funciona como uma espécie de balão: se expande a partir de um único ponto, cresce até atingir uma certa distância máxima, e depois se contrai de volta ao ponto original, para começar todo o processo novamente.

Até agora, um dos maiores problemas com este modelo hipotético era explicar como o universo faria a transição de contração para expansão uma vez que estivesse totalmente “esvaziado”. O novo estudo tentou resolver essa questão usando as propriedades da mecânica quântica.

Modelo computacional

De acordo com os físicos do Imperial College London (Reino Unido) e do Perimeter Institute for Theoretical Physics (Canadá) envolvidos no estudo, quando o universo está em seu menor ponto, é governado pela mecânica quântica, em vez da física clássica que rege o mundo cotidiano em torno de nós.

Nesta escala extremamente pequena, o universo seria salvo da destruição porque os efeitos da mecânica quântica, em essência, evitam que as coisas se quebrem e se separem.

Para chegar a essa conclusão, a equipe construiu um modelo de computador que simula como o universo pode ter evoluído ao longo do tempo. Eles descobriram, usando a mecânica quântica, que o universo poderia ter se ampliado a partir de um único ponto mesmo com a quantidade mínima de ingredientes – radiação e um pouco de matéria – presentes no momento.

Enquanto o atual modelo explica como o universo pode fazer a transição entre expansão e contração, a equipe ainda precisa determinar se ele pode eventualmente produzir objetos dentro do universo como galáxias e outras estruturas celestes. [ScienceAlert]

34 comentários

  • JoseLuis Pereira Rebelo Fernandes:

    A aceleração medida é fruto da contração do tempo devido à expansão.
    O nosso segundo será cada vez mais pequeno, menor a frequência da radiação recebida será lida na unidade de tempo, maior a velocidade aparente da expansão…….

    O tempo será diretamente proporcional à raiz quadrada da expansão…..

    • Cesar Grossmann:

      Não é assim que funciona o “desvio para o vermelho”.

  • Antonioni de Araujo Rocha:

    Mas e a aceleração da expansão do espaço-tempo?

    • Cesar Grossmann:

      Neste nosso Big Bang tem aceleração da expansão do espaço-tempo. E nos outros?

  • Astropitecus Cabecudus:

    A mainstream scientific opinion é uma seita fundamentalista pseudo científica e dogmática que controla todos esses periódicos de renome.

    • Cesar Grossmann:

      Essa é uma mentira suja e uma desculpa deslavada.

  • Leonidio Koester Jr:

    Interessante. Mas isso nos leva ao modelo do Big Crush, que exige uma desaceleração que não aparece em nenhum modelo atual. Pelo contrário.

    • Cesar Grossmann:

      A pergunta, Leonidio, é se é obrigatório um Big Crunch depois de um Big Bang. E se não for, o que aconteceu entre o último BC/BB que fez com que um BC se tornasse impossível agora.

    • Astropitecus Cabecudus:

      Já leram o livro Quasars, Redshifts and Controversies do Halton Arp??? A expansão não é bem assim como diz a mainstream scientific opinion.

    • Cesar Grossmann:

      O Halto Arp morreu sem corrigir suas ideias baseadas em fotos de galáxias da década de 1960. QSOs são considerados, hoje, galáxias bem distantes com redshifts bem grandes. E tem galáxias tão distantes quanto, e que não tem o aspecto de QSOs.

    • Astropitecus Cabecudus:

      Já leram Quasars Redshifts and Controversies do Halton Arp??? A expansão não é bem assim como diz a mainstream scientific opinion.

    • Cesar Grossmann:

      Só por que ele vai contra a “mainstream scientific opinion” não significa que ele está certo.

    • Astropitecus Cabecudus:

      Halton Arp morreu em 2013 não tem nada a ver com 1960. Ele próprio foi uma vitima da mainstream scientific opinion, tanto que emigrou para a Alemanha.

    • Cesar Grossmann:

      “Vítima da mainstream scientific opinion”. Claro, por que ele ESTAVA ERRADO.

    • Astropitecus Cabecudus:

      Arp morreu em 2013. Ele próprio foi vitima da seita da mainstream scientific opinion e teve de emigrar para a Alemanha onde morreu

    • Cesar Grossmann:

      Acho incrível como endeusam um indivíduo só por que ele tem opinião diferente do consenso científico. O sujeito pode muito bem estar errado. Aliás, é mais fácil ele estar errado do que todo o resto do mundo estar errado.

    • Astropitecus Cabecudus:

      A mainstream scientific opinion não é todo o resto do mundo científico. Há montes de cientistas que estão de acordo com o Halton Arp.

    • Cesar Grossmann:

      Curiosamente, parte das galáxias peculiares que ele catalogou na década de 1960 são na verdade eventos de colisão de galáxias.

    • Astropitecus Cabecudus:

      Só não têm é acesso aos tais periódicos de renome tal, como esses mesmos periódicos, sempre recusaram a publicação dos trabalhos do Arp.

    • Cesar Grossmann:

      Conversa fiada. Tem vários trabalhos dele publicados na “The Astrophysical Journal” e outros.

    • Astropitecus Cabecudus:

      Eventos de colisão de galáxias??? Essa é que é mesmo uma mentira deslavada, ó Cesar, nem parece teu!!!

    • Cesar Grossmann:

      Parece que a síndrome de ir contra o stablishment pegou mais um….

    • Astropitecus Cabecudus:

      “The Astrophysical Journal” só publicou tabalhos dele antes de ele ter descoberto a careca da mainstream s. opinion acerca do redshift…

    • Cesar Grossmann:

      Por que ele estava errado, por isto não foi publicado.

    • Astropitecus Cabecudus:

      Não estava nem está errado, quem está completamente errado acerca do redshift é a corrente científica dominante, percebes Cesar???

    • Cesar Grossmann:

      Não, Austropitecus, não percebo. Você sabia que a medida de redshift é confirmada por outras maneiras?

  • alexandre ritter:

    O problema com esse modelo de universo cíclico é explicar por que a expansão está acelerando ao invés de desacelerar…

    • Cesar Grossmann:

      Leva a gente a imaginar se o Universo realmente é um sistema fechado. Quer dizer, se há perda de matéria ou ganho de energia de expansão, um dos “Big Bangs” seria o último – o que estamos vivenciando agora.

    • Astropitecus Cabecudus:

      Em temas cientificos só com 140 caracteres nada pode ser explicado como deve ser. Basta ver os teus posts Cesar, todos têm mais de 140.

    • Cesar Grossmann:

      Publica um trabalho científico em um periódico de renome.

    • Astropitecus Cabecudus:

      E tu, já publicaste algum?

    • Cesar Grossmann:

      Por que eu publicaria? Eu não estou afirmando nada novo.

    • Astropitecus Cabecudus:

      Com que então este Big Bang seria o último… Como tú sabes estas coisas ó Cesar, agora até fazes profecias à distancia de triliões de anos.

    • Cesar Grossmann:

      Agora, em vez de argumentos, sarcasmo e ironias… Está indo bem, continua assim.

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