Cientistas flagram estrela virando buraco negro sem explodir

Por , em 26.05.2017

Astrônomos acreditam que uma estrela moribunda tenha se transformado em um buraco negro sem uma explosão. Para chega a esta conclusão, foram utilizados os telescópios Large Binocular Telescope, Hubble e Spitzer para procurar pelos remanescentes da estrela desaparecida, para constatar apenas que ela não podia ser vista.

Ela sumiu com um soluço ao invés de uma explosão.

A estrela em questão, chamada de N6946-BH1 e localizada na galáxia NGC 6946, tinha 25 vezes a massa do nosso sol e deveria ter explodido e virado uma supernova brilhante, mas apenas apagou-se e deixou um buraco negro no lugar. Ela começou a perder o brilho em 2009 e ficou completamente escura em 2015.

Quando os astrônomos perceberam isso, voltaram o Hubble e Spitzer para a estrela, para procurar por radiação infravermelha, que poderia indicar que a estrela estava meramente atrás de uma nuvem de poeira. Mas todos os testes tiveram resultados negativo. A estrela não estava mais ali. Com um cuidadoso processo de eliminação, os pesquisadores eventualmente concluíram que a estrela deve ter se tornado um buraco negro.

“Falhas massivas” como essas em uma galáxia próxima poderiam explicar porque astrônomos raramente veem supernovas surgirem de estrelas massivas, explica Christopher Kochanek, professor de astronomia da Universidade Estadual de Ohio.

Cerca de 30% desse tipo de estrelas parecem entrar em colapso silencioso e virar buraco negro, sem precisar passar pelo estado de supernova.

“O ponto de vista típico é que uma estrela pode formar um buraco negro apenas depois de virar supernova. Se uma estrela consegue pular a supernova e ainda se transformar em buraco negro, isso poderia ajudar a explicar porque não vemos supernovas se formando a partir de estrelas massivas”, diz Kochanek.

Os resultados dessas observações foram publicados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. [Phys.org]

Confira vídeo da NASA que apresenta mais imagens da estrela:

1 comentário

  • Arnaldo Chioquetta:

    Talvez esse tamanho anterior registrado já teria sido resultado de uma explosão, que neste caso seria uma explosão duradoura.

Deixe seu comentário!