Google homenageia a rede mundial de computadores, não a internet, em seu 30º aniversário

Por , em 12.03.2019

Se você já acessou a página do gigante motor de buscas hoje (12 de março), notou que o Google Doodle homenageia a rede mundial de computadores, do inglês “World Wide Web” ou WWW.

O sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados na internet foi concebido há trinta anos pelo físico britânico Tim Berners-Lee em um laboratório da Organização Europeia de Pesquisas Nucleares (CERN), na Suíça, uma invenção que transformou a história moderna.

Advento da WWW

A proposta do britânico se tornaria o ponto de partida do uso da internet como se conhece hoje. Na época, respondia à demanda de cientistas que gostariam de compartilhar informação de forma automatizada com universidades e outras instituições no mundo.

Em pouco tempo, foram definidos os conceitos básicos do que seriam os códigos html, http e URL e surgiram o primeiro navegador, site e servidor, que começaram a funcionar no Natal de 1990.

Em abril de 1993, o CERN decidiu que a rede mundial de computadores deveria ser de domínio público. Dos 500 servidores conhecidos naquele ano, o número saltou para mais de 10 mil no seguinte, dos quais 2 mil eram de uso comercial.

Hoje em dia, acredita-se que pelo menos metade do globo tenha acesso à internet. Ainda assim, diversas iniciativas procuram disponibilizar a incrível WWW para regiões ainda sem serviço, democratizando o uso dessa ferramenta moderna tão importante.

Painel

Que bom que a rede mundial de computadores existe, mas ela também apresenta alguns desafios que serão debatidos no 30º aniversário da WWW, nesta terça-feira, em um painel no CERN no qual participarão especialistas, empresários da internet e defensores dos programas em código aberto e gratuito, com a presença de Berners-Lee.

Por exemplo, o uso da internet tem se tornado restrito em vários países como meio de limitar a liberdade de expressão e o direito à informação de seus cidadãos, como na China e na Rússia.

Em grande parte do Ocidente, as preocupações são de outra natureza: por exemplo, a necessidade de regulamentações que protejam a privacidade dos indivíduos e que tornem as companhias tecnológicas responsáveis pelos excessos que possam cometer. [Google, UOL]

1 comentário

  • Antonio Datsch Dos Santos:

    Homenageia acabando com o G+ e limitando pessoas ao uso do restante.

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