Terapeutas afirmam que estes 6 hábitos comuns estão alimentando sua ansiedade

Por , em 2.01.2024

Sentir ansiedade é algo comum, mas indesejado por muitos. Geralmente, preferimos evitá-la quando possível.

Natasha Reynolds, uma psicoterapeuta da Bloom Psychology & Wellness em Toronto, compara a ansiedade a um detector de fumaça. Esse dispositivo nos alerta sobre perigos reais, permitindo uma evacuação segura de situações de risco. No entanto, ele também pode ser acionado por eventos inofensivos, como uma torrada queimada. De maneira semelhante, explica ela, a parte do nosso cérebro que detecta ameaças pode reagir a perigos percebidos que, na realidade, não são prejudiciais.

Reynolds observa que quando esse ‘alarme’ é ativado com frequência por situações não ameaçadoras, é um sinal para buscar ajuda e aprender estratégias para gerenciar essa reação de estresse. Ela também menciona que certos pensamentos e ações podem fazer com que esse alarme de ansiedade dispare mais frequentemente. Aqui estão os principais:

Pensamento Polarizado

Reynolds descreve um padrão de pensamento negativo comum como “pensamento preto-e-branco” ou “pensamento tudo-ou-nada”. Isso envolve ver situações estritamente como positivas ou negativas, sem reconhecer as nuances intermediárias. Por exemplo, interpretar um erro simples em um e-mail como prova de incompetência, quando, na realidade, é um erro humano comum.

Tais pensamentos podem levar a um aumento de estresse em situações futuras semelhantes, potencialmente levando à ansiedade e até mesmo à evitação desses cenários.

Evitação

Terapeutas identificam a evitação como um comportamento que pode piorar a ansiedade. Jennifer Anders, psicóloga do Colorado que administra The.Anxiety.Doc no Instagram, destaca que evitar situações, lugares ou pessoas que desencadeiam ansiedade pode intensificar a ansiedade ao longo do tempo. Por exemplo, não verificar o saldo do cartão de crédito devido à ansiedade pode levar a um estresse e ansiedade aumentados quando eventualmente confrontado.

Anders explica que a evitação perpetua e amplifica o ciclo da ansiedade. Em contraste, Justine Grosso, psicóloga da Carolina do Norte, defende enfrentar gradualmente situações ansiosas. Por exemplo, ela sugere participar de um grande evento social por um curto período como uma forma de enfrentar a ansiedade social, em vez de evitá-la completamente.

Busca por Reafirmação

Anders observa que buscar constantemente validação de outras pessoas ou pesquisar sintomas de saúde online também pode alimentar a ansiedade. Esse comportamento, conhecido como busca por reafirmação, pode proporcionar alívio a curto prazo, mas reforça um ciclo negativo de necessidade constante de reafirmação.

Catastrofização

Reynolds descreve a catastrofização como imaginar os piores resultados possíveis em qualquer situação e acreditar que são os mais prováveis de ocorrer. Ela sugere combater isso considerando resultados positivos e reconhecendo forças pessoais no enfrentamento de situações desafiadoras.

Autocrítica Negativa

De acordo com Anders, a autocrítica negativa é um contribuinte significativo para a ansiedade. Ela enfatiza a importância de estar ciente das palavras duras que frequentemente usamos conosco mesmos, que geralmente são mais críticas do que a linguagem que usaríamos com os outros.

Agradar os Outros

Anders também identifica o comportamento de agradar os outros como algo que pode aumentar a ansiedade. Priorizar constantemente as necessidades e opiniões dos outros acima das próprias pode levar a sentimentos de autonegligência e limites fracos, alimentando assim a ansiedade.

Estratégias para Combater Comportamentos que Induzem Ansiedade

Grosso sugere técnicas de aterramento para gerenciar a ansiedade, como caminhar ou se exercitar. Práticas de atenção plena, como focar nos cinco sentidos, também podem ser eficazes. Reynolds recomenda a respiração diafragmática para aumentar o oxigênio no cérebro e induzir a calma.

Também é útil reconhecer e nomear esses comportamentos indutores de ansiedade à medida que ocorrem, aconselha Grosso. Com o tempo, essa conscientização pode ajudar a distanciar-se desses pensamentos.

Em alguns casos, pode ser necessário procurar ajuda profissional, pois a ansiedade pode ser complexa e às vezes mascarar outras emoções subjacentes, como Grosso observa. A psicoterapia pode ser uma ferramenta valiosa na compreensão e no manejo dessas emoções. [Huffpost]

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