Arqueólogos descobrem tumbas ocultas de 2 mil anos no Egito

Por , em 21.08.2017

Arqueólogos descobriram três novas tumbas no nordeste do Egito, todas com mais de 2.000 anos.

Os achados proporcionaram um tesouro de novos artefatos, incluindo ossos, fragmentos de argila e vários sarcófagos de tamanhos diferentes que vão ajudar os pesquisadores a entender melhor como as pessoas da área viviam e morriam.

Época

O trabalho de escavação está acontecendo em Al-Kamin Al-Sahrawi, perto da cidade de Samalut, desde 2015.

Uma análise dos fragmentos de argila mostra que as tumbas abrangem um período de tempo que se estende por vários séculos, entre a 27ª Dinastia (525 a 404 aC) e o domínio greco-romano (332 aC a 395 dC).

“Este fato sugere que a área foi um grande cemitério durante um longo período de tempo”, disse Ayman Ashmawy, do Ministério das Antiguidades egípcio, ao portal Ahram Online.

O que é interessante é que as novas tumbas são muito diferentes das 20 já descobertas no mesmo local até agora, que seguiam o mesmo estilo de catacumba prevalecente durante a 27ª Dinastia.

Cemitério púbico

As novas tumbas têm poços de enterramento perpendiculares a 90 graus do resto do túmulo, com espaços para sarcófagos.

Seis sarcófagos, um caixão de madeira e 15 poços foram descobertos até agora, sendo que as escavações ainda estão em andamento no terceiro túmulo.

Os antigos egípcios são bem conhecidos por seus caixões de pedra ou sarcófagos, muitas vezes esculpidos com características humanas para representar a pessoa morta e mumificada dentro deles. Como esse tipo de caixão tinha que ser planejado com antecedência, muitos acabavam com lugares de descanso mais humildes.

Os ossos recuperados dos três túmulos até agora parecem ser de homens, mulheres e crianças de várias idades, sugerindo que faziam parte de cemitérios públicos maiores.

Lidando com a morte

Embora não seja a descoberta mais espetacular já feita no Egito, as novas tumbas mostram o cuidado e consideração que os egípcios antigos tinham com o enterro, considerado um momento de passagem para outra vida; estes túmulos e sarcófagos duraram milhares de anos depois que as almas originais partiram.

Em maio, a mesma equipe encontrou 17 múmias armazenadas em catacumbas próximas, o que foi descrito como um achado “sem precedentes” na época. Também foram descobertos sarcófagos e duas folhas de papiro.

Com muito trabalho de escavação ainda a ser realizado no sítio arqueológico, é provável que mais descobertas nos aguardem em Al-Kamin Al-Sahrawi. [ScienceAlert]

2 comentários

  • Alfredo Perez:

    O Egito ainda pode dar muitas surpresas agradáveis ​​à ciência

    • Cesar Grossmann:

      A minha esperança é que algum dia encontrem a tumba intacta de Imhotep. E que ele tenha tido o tino de escrever alguma coisa sobre seus métodos, pesquisas e descobertas. Seria fantástico, seria ouro sobre o azul.

Deixe seu comentário!