Com apenas 19 cliques você pode estar em QUALQUER lugar da internet

Por , em 20.02.2013

Segundo um artigo da Royal Society, uma organização científica criada em 1660, a internet não é um lugar tão imenso assim: apenas 19 cliques separam duas páginas da web.

Assim como a teoria dos seis graus de separação, noção que diz que quaisquer duas pessoas no mundo estão a apenas seis apresentações de distância uma da outra, cientistas afirmam que um modelo parecido separa quaisquer duas páginas da web por apenas 19 cliques.

Ninguém sabe ao certo quantas páginas individuais existem na internet, mas estima-se que sejam mais de 14 bilhões. Ainda assim, apesar de existirem bilhões de páginas na web (da mesma maneira que existem bilhões de pessoas no globo), você pode chegar de uma página para qualquer outra em cerca de 19 cliques.

O método

As descobertas foram feitas pelo físico Albert-László Barabási e publicadas no Philosophical Transactions of the Royal Society.

Barabási considerou a web um “mundo pequeno” de cerca de um trilhão de documentos conectados por caminhos relativamente curtos. Dos cerca de um trilhão de documentos das mais ou menos 14 bilhões de páginas da net, junto com todos os arquivos de imagem, vídeo ou outros hospedados em cada uma delas, a grande maioria é mal conectado – ligado a talvez apenas uma ou algumas outras páginas ou documentos.

Distribuída pela web, porém, está uma minoria de páginas, como ferramentas de pesquisa, índices e agregadores, que são muito bem conectadas e podem ser usadas para mover-se de uma área da web para outra em menos de 19 cliques.

Barabási credita esse “pequeno mundo” da web à natureza humana, ao fato de que temos a tendência de nos agrupar em comunidades, seja na vida real ou no mundo virtual. Segundo ele, as páginas da web não estão ligadas de forma aleatória; estão organizadas em uma hierarquia interligada de temas organizacionais, incluindo país, região e área de assunto.

O método desenvolvido pelo físico não é totalmente à prova de falhas, já que Barabási não chegou a estudar a verdadeira internet, mas sim escreveu um programa que replicou sua escala e comportamento.

No entanto, o artigo mostra que a regra dos 19 cliques é inerente à concepção da internet, e não a um índice de seu tamanho ou conteúdo atuais. Independentemente da escala (uma pequena parte ou toda a internet), a mesma regra dos 19 cliques se aplica.

Conexão global, mas dependente

Ou seja, isso significa que, não importa quão grande seja a web, essa interligação vai governá-la.

A conexão das páginas espelha as conexões entre as pessoas. Não importa se você esteja observando uma cidade pequena ou o mundo todo, um número mínimo de conexões é necessário para vincular uma pessoa à outra. Da mesma forma, a distribuição de conexões em toda a web é a mesma, não importa se você considerar uma pequena parte dela, ou toda a internet.

Mesmo que a maioria das páginas fosse removida da web, algum caminho de uma página para qualquer outra ainda é provável de existir. Mas nem todas as páginas têm um número igual de conexões. Assim como as pessoas, algumas páginas são melhor conectadas do que outras.

Nesse caso, há uma diferença crucial entre o modelo feito para pessoas e o para a internet: se várias pessoas bem conectadas, por exemplo, líderes políticos, morressem ou desaparecessem, outros apareceriam e tomariam seu lugar.

No entanto, a remoção de um número relativamente pequeno de páginas altamente conectadas da internet levaria à “desintegração da rede”. Conexões decisivas poderiam ser quebradas, eliminando grandes setores da web. Para imaginar isso, basta pensar: “e se o Google não existisse?”.

O novo artigo revela tais riscos para a segurança cibernética. Se essas páginas cruciais que conectam a web desaparecessem, poderiam isolar várias outras e tornar impossível passar de um site para outro. Naturalmente, esses “nós vitais” são as partes mais bem protegidas da web.[LiveScience, Smithsonian, TheAtlanticWire]

1 comentário

  • Jeferson Pacheco:

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