Sem ideias de presentes para o Natal? A psicologia te ajuda

Por , em 24.12.2015

Você deixa para comprar todos os presentes de Natal de última hora? E, é claro, nem mesmo tem ideia do que vai comprar para os amigos e família?

Calma. Recrutamos ajuda. Veja abaixo o que alguns psicólogos acham, do ponto de vista de como a mente funciona, que é um bom presente. Não existe uma resposta certa para todos os casos, mas as dicas podem ser um bom ponto de partida.

Ideias de presentes?

1. Considere dar experiências

Pesquisas psicológicas sugerem que as experiências nos fazem mais felizes do que posses físicas. Isso porque quando você se acostuma a ver algo que possui todos os dias, o seu entusiasmo inicial sobre o objeto desaparece. Experiências, pelo contrário, continuam a dar prazer conforme você se lembra delas.

Ryan Howell, professor de psicologia na Universidade Estadual de San Francisco (EUA), conduziu estudos demonstrando que quando as pessoas pensam sobre as compras que fizeram para si recentemente, se consideram as experiências, são mais propensas a relatar maior satisfação. Isto aplica-se tanto no momento da compra, quanto depois da experiência ter passado.

Isto está de acordo com um estudo de 2003 feito por Leaf Van Boven e Thomas Gilovich. Ele também mostrou que as pessoas parecem mais felizes quando gastam dinheiro com experiências do que com objetos.

Não está claro se isso funciona com presentear. Dar e receber um presente é, em si, uma experiência, e os objetos que as pessoas recebem podem adquirir valor sentimental que aumenta com o tempo, tornando-se lembranças.

Mas pode ser uma boa ideia oferecer uma experiência como presente para alguém. Mas apenas se você conhece bem essa pessoa. Por exemplo, você pode levar alguém que você sabe que adora determinado artista ao museu para ver uma exposição dele. “A chave está na conexão com a outra pessoa”, diz Howell.

2. Na dúvida, pergunte

Você gosta de dar presentes de surpresa? Provavelmente, erra bastante. A pesquisa mostra que suas intuições são provavelmente equivocadas sobre o que uma pessoa quer ganhar.

Yan Zhang e Nicholas Epley publicaram um estudo em 2012 no Journal of Experimental Psychology no qual os participantes consideravam se tinham gostado de um presente ou não. Se não, refletiam sobre as intenções do comprador – por exemplo, por que eles lhes deram um presente tão terrível?

Ter pensado em um presente pode te dar uma moral com o presentado, mas não necessariamente aumenta a valorização do presente.

“Se você está tentando fazer uma pessoa feliz, deixá-la realmente grata, dê a ela o que ela quer”, afirma Epley.

Não sabe o que a pessoa quer ganhar? Não fique tentando adivinhar. Tente descobrir com ela ou com outros próximos dela, que você se sairá melhor assim.

3. Cartões de presente x dinheiro

Muitos gostam de ganhar dinheiro. Essa é uma realidade. No entanto, em nossas vidas diárias, quando cai um dinheirinho em nossas mãos, ficamos tentados a usá-lo em mantimentos, combustível ou algum outro item de necessidade que não se parecerá com um “presente”.

Assim, pode ser uma ideia melhor dar a alguém um cartão de presente que deve ser usado em uma loja especial, um restaurante ou local de entretenimento favorito etc, eliminando a culpa que a pessoa poderia sentir em gastar com ela mesma.

Assim, você aproveita o primeiro item deste artigo e cria essencialmente uma experiência para a pessoa, persuadindo-a a ir a um determinado lugar, como um SPA, por exemplo.

4. Considere o destinatário: homem ou mulher?

Algumas pesquisas sugerem que homens e mulheres veem presentes de forma diferente. Jeff Huntsinger, professor de psicologia na Universidade de Loyola, em Chicago, nos EUA, e seus colegas fizeram um estudo em 2008 sobre como os presentes influenciavam os relacionamentos.

Em uma série de experiências com homens e mulheres, as pessoas foram levadas a acreditar que tinham recebido um bom ou um mal presente de seu parceiro romântico e, em seguida, tinham que dizer seus pontos de vista sobre o parceiro e o relacionamento.

Descobriu-se que, independentemente de o presente ser bom ou ruim, as mulheres acreditavam que seu namorado era semelhante a elas e que eles iriam permanecer juntos por um longo tempo. Os homens, por outro lado, tiveram uma reação mais negativa ao presente ruim, sendo mais propensos a ver suas namoradas como diferentes e a prever que a relação terminaria mais cedo.

Isso não deve ser generalizado, já que o estudo foi pequeno e suas implicações não são claras. No entanto, de fato parece que mulheres que recebem maus presentes podem não vê-los tão negativamente quanto os homens.

“O que é interessante sobre presentes é que eles podem agir como um indicador de quão bem compreendemos a outra pessoa”, explica Huntsinger.

Então, se estiver dando um presente a um homem, especialmente um parceiro romântico, está na hora de reforçar a dica anterior: dê a ele o que ele quer. [CNN]

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