Lavar suas mãos te deixa mais otimista e menos competente

Por , em 27.10.2013

O simples fato de lavar as nossas mãos influencia o modo como pensamos, julgamos e tomamos decisões. Isto é o que os pesquisadores foram capazes de confirmar por meio de longas e complexas experiências feitas ao longo dos últimos anos.

O professor de Psicologia Social e de Mídia da Universidade de Colônia, na Alemanha, Kai Kaspar, examinou como a limpeza física nos afeta após um caso de fracasso. O resultado: as cobaias que lavaram as mãos depois de uma tarefa se mostraram mais otimistas do que aquelas que não o fizeram, mas isso prejudicou seu desempenho futuro na mesma tarefa. Os resultados do estudo foram publicados na revista Social Psychological and Personality Science.

Em sua pesquisa, Kaspar separou 98 participantes em três grupos. Na primeira parte do experimento, as cobaias de dois grupos tiveram de resolver uma tarefa impossível. Tanto o grupo que, depois do fracasso, lavou as mãos, quanto o pessoal que não lavou as mãos apresentaram otimismo de que se sairiam melhor em uma segunda tentativa. O otimismo do grupo que higienizou as mãos, contudo, foi significativamente maior.

Em contraste com a constatação usual de que resultados mais elevados de otimismo acarretam um melhor desempenho, os participantes que não lavaram as mãos se deram consideravelmente melhor do que o grupo que higienizou as mãos. Em vez disso, o desempenho daqueles que tinham lavado as mãos estava no nível do terceiro grupo – que não tinham passado pela experiência de fracasso e apenas participaram do segundo teste.

De acordo com Kaspar, os resultados dão a entender que, embora a limpeza física após a falha possa eliminar os sentimentos negativos, também reduz a motivação para tentar com mais vontade uma nova oportunidade de restabelecer a própria percepção de competência.

Ou seja, o estudo concluiu que a higiene física tende a deixar a pessoa em uma posição melhor para lidar com o fracasso. A pesquisa abre caminho para um estudo mais focado no ritual diário de lavar as mãos partindo do ponto de vista psicológico, especialmente os efeitos que nossas ações podem ocasionar. [Medical Xpress]

5 comentários

  • Bruno Ramos:

    Eu não entendo essas pesquisas, talvez pela minha falta de conhecimento, se meu comentário for ridículo, por favor o ignore. Porém eu estudo muito empreendedorismo, e sei que cada um tem uma personalidade e a desenvolve de acordo com suas metas, fracassos e ideais. Agora, como um exame desse prova que lavar a mão cria esse sentimento de sucedido? E os demais traços de cada candidato? Existem tantos fatores a serem avaliados, e lavar a mão deve ser o menor deles hehe. Mas bom, isso é minha opinião. Abraços.

    • Cesar Grossmann:

      Bruno, olha o estudo para ver como foi que os pesquisadores chegaram à conclusão que quem lavava as mão se sentia mais otimista em relação à possibilidade de concluir a tarefa.

      É importante questionar os trabalhos, mas é preciso primeiro entender o que foi feito e como foi feito. Geralmente o que se faz é pedir ao participante para classificar, dar uma nota para a característica que está sendo avaliada. Esta nota é tabulada e a partir disto se traçam as conclusões do estudo psicológico.

  • João Bosco Soares:

    Forte concorrente ao Ig Nobel 2014!

  • MTulio:

    Sinceramente? será que é falta do que fazer? e eu perdendo meu tempo lendo e tendo que postar um comentário.

  • Vitor Menezes:

    Muito me preocupa o fato de uma página voltada para temas científicos e pretensamente visando divulgar conhecimentos, não contar com revisores de textos, permitindo que em um título se cometa erros primários de gramática, como o acima: “Lavar suas mãos te deixa…”
    A razão seria o ensino de má qualidade? A preguiça do estudante? A preguiça do professor? A preguiça do Editor? Ou a economia está por trás de tudo isso?
    Esse tipo de coisa só leva ao entendimento de que é desnecessário conhecer as regras da língua falada… ela que já está suficientemente solapada por uma língua que nada tem de afinidade com a nossa.
    O que mais preocupa é saber que isto se generaliza, permitindo um tipo de dominação ideológica quase impossível de se reverter.

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