Uma só família: tartarugas isoladas se encontraram graças à fome dos maias

Por , em 2.08.2011

Os maias, que consideravam as tartarugas de rio uma iguaria, reuniram populações isoladas dos répteis permitindo que elas cruzassem, de acordo com um novo estudo.

A conclusão surgiu depois que cientistas analisaram as estruturas genéticas de 238 tartarugas do rio da América Central (Dermatemys mawii) de três bacias hidrográficas no sul do México, Belize e Guatemala.

Como essas bacias são geograficamente isoladas pela distância e cadeias de montanhas altas, os pesquisadores se surpreenderam pela falta de diferenças nas linhagens das tartarugas. Embora os vários grupos pareçam isolados, os dados genéticos indicavam que as diferentes populações de tartarugas tinham estado em contato durante anos.

Os cientistas chegaram à teoria de que as populações de tartarugas foram capazes de interagir graças às civilizações antigas que as uniam por meio de trocas e negociações. Durante séculos, a espécie de água doce foi parte da dieta dos maias e de outros povos indígenas que viviam em suas áreas de distribuição.

As tartarugas serviam como uma importante fonte de proteína animal para os antigos maias da província de Petén, entre 800 a.C e 400 a.C., e também podem ter sido parte da dieta da cultura olmeca mais de três mil anos atrás.

Como as civilizações antigas não utilizavam refrigeração, as tartarugas eram mantidas vivas em lagoas de contenção, até que estivessem prontas para serem comidas ou vendidas. Durante a estação das chuvas nos trópicos, os rios e lagos inundavam, liberando as tartarugas em cativeiro, que se misturavam com as locais.

Os antigos maias não foram a última civilização a tratar as tartarugas de rio como uma iguaria. A atual procura comercial da carne dessas espécies tem a empurrado à beira da extinção. Como a última sobrevivente das espécies de tartarugas gigantes de rio da família Dermatemydidae, a D. mawiiis é a mais ameaçada da América Central. [LiveScience]

4 comentários

  • Glauco:

    Péssima explicação. Prefiro a do Immanuel Velikovsky.

    • Glauco Mega_X:

      Cara isso não é uma explicação é um fato histórico. Tenho vergonha de ter o mesmo nome que o seu ¬¬.

    • Glauco:

      isso não é um fato, são evidências de um fato.

    • Cristiano:

      Glauco Mega, parabéns pelo comentário, ninguém aqui aguenta mais este pseudo-cult-intelectual ocultista satanista. E ao contrário da fala do nosso nobre ocultista, isto não é evidência de um fato, é constatação de um fato. Fato é todo o acontecimento de origem natural ou humana verificável, que, “in casu”, foi constatado na matéria em tela.

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