As 10 piores farsas paranormais da história
Há quem argumente que tudo o que é “paranormal” é uma farsa. Embora seja difícil comprovar que absolutamente tudo que dizem por aí é mentira, temos que admitir quando uma fraude é uma fraude, como os 10 casos abaixo:
1. O Horror em Amityville
O best-seller de Jay Anson de 1977 tornou-se um filme de sucesso (e diversos filmes posteriores de não tão sucesso) e convenceu o mundo de que a casa na rua 112 Ocean Avenue era assombrada por espíritos vingativos nativo americanos e/ou bruxas, além de um porco fantasmagórico com olhos vermelhos brilhantes. Pelo menos foi o que os proprietários George e Kathy Lutz reivindicaram quando se mudaram para lá em 1975, meses depois de Ronald “Butch” DeFeo Jr. matar seis membros de sua família no local.
Apesar de várias investigações paranormais (a mais famosa por Ed e Lorraine Warren) terem sido feitas ali com resultados variados, alguns “fatos” do caso logo revelaram-se falsos (choque: a “sala vermelha” no porão não era realmente um portal para o inferno). A família que se mudou para a casa depois dos Lutz relatou uma absoluta falta de atividade fantasmagórica. De fato, ninguém que viveu ali desde então reclamou de qualquer tipo de atividade paranormal.
2. Uri Geller
Cofundador do Comitê para Inquérito Cético (Comittee for Skeptical Inquiry), James Randi não é fã da história do mais famoso médium que entorta colher com a mente, Uri Geller, tendo escrito em 1982 um livro chamado “The Truth About Uri Geller” revelando porque ele é uma farsa. Ações judiciais se seguiram, mas Randi, agora com 86 anos, ainda está disposto a pagar um milhão de dólares para “qualquer pessoa que demonstrar qualquer capacidade psíquica, sobrenatural ou paranormal sob observação satisfatória”. Geller, por sua vez, foi o tema de um documentário recente que investigou sua suposta vida dupla como um “espião psíquico” para a CIA.
3. Fadas de Cottingley
Em 1917, uma série de “fotos de fadas” feitas pelas primas Frances Griffith e Elsie Wright com a câmera do pai de Elsie, do lado de fora de sua casa em Cottingley, West Yorkshire, Inglaterra, ficaram famosas. Depois que o fotógrafo Harold Snelling declarou que as fotos eram “verdadeiras fotografias ao ar livre”, sem “qualquer vestígio de qualquer trabalho de estúdio envolvendo modelos de cartão ou de papel”, as imagens começaram a circular em toda a comunidade espiritualista britânica e angariaram até mesmo o apoio de Arthur Conan Doyle. Adivinha quem finalmente teve a honra de desmascarar as fotos décadas depois, em 1978, quando percebeu que as fadas fortemente lembravam desenhos de um livro infantil que era popular na época em que foram feitas? O nosso amigo James Randi.
4. Ghostwatch
Em 1992, a audiência da TV britânica foi tomada de horror por um “documentário” de Halloween sobre um grupo de repórteres da BBC investigando uma casa mal assombrada. Apesar de ter provocado reações aterrorizadas, a filmagem era completamente falsa. O público simplesmente não entendeu que o programa era um drama fictício.
5. As bruxas de Salem
Os julgamentos de Salem são completamente reais, e de fato resultaram em 20 execuções. Mas houve alguma bruxa envolvida? O “Salem Witch Museum”, museu sobre esse evento histórico, explica: “A forte crença no diabo, facções entre fanáticos na aldeia de Salem, a rivalidade com a cidade de Salem nas proximidades, a recente epidemia de varíola e a ameaça de ataque por tribos guerreiras criaram um terreno fértil para o medo e a desconfiança. Logo as prisões foram preenchidas com mais de 150 homens e mulheres de cidades vizinhas à Salem. Seus nomes foram ‘gritados’ por meninas jovens atormentadas”.
Existem muitas teorias para explicar os “ataques nervosos” das jovens meninas que acusaram muitos de praticar bruxaria. Entre as teorias estão histeria adolescente e envenenamento por esporão. No entanto, não há uma resposta definitiva.
6. Autópsia de alienígena
Em 1947, a filmagem de uma suposta autópsia de um alienígena encontrado em Roswell (Novo México, EUA) fez sucesso. Mais tarde, o artista de efeitos especiais por trás desse “exame” finalmente disse a verdade do que ficou conhecido como “Caso Roswell”.
7. Círculos em campos de trigo
Apesar de círculos nas plantações serem ainda bem comuns, o mistério diminuiu um pouco em 1991, quando dois homens admitiram serem os criadores de algumas dessas formações. Um artigo do New York Times dizia: “O mistério dos círculos gigantes e formas geométricas estranhas aparecendo no verão nos campos de trigo em todo o sul da Inglaterra foi explicado – até certo ponto. Jornais em Londres publicaram hoje as reivindicações de dois homens locais que disseram ter rondado os campos sob o manto da escuridão, fazendo desenhos com tábuas de madeira como uma grande piada. Para provar seu ponto, os homens, auxiliados por um tabloide de Londres, enganaram um autodenominado especialista sobre os fenômenos dos círculos em plantações, que declarou um padrão encontrado em um campo de trigo em Kent como genuíno, do tipo que nenhum ser humano poderia ter feito”.
8. Foto do Monstro de Lago Ness
A foto mais famosa do monstro do Lago Ness foi desmascarada em 1993, 60 anos após ter sido feita. O “monstro marinho” era, na verdade, “um pouco de plástico e um relógio, folha de flandres e um submarino de brinquedo”. O bicho foi inventado por Christian Spurling. Aos 93 anos de idade, Spurling admitiu que tinha criado o falso Nessie a mando de seu padrasto, Marmaduke Wetherell, que queria a imagem como vingança.
Em 1933, o jornal Daily Mail contratou Wetherell para registrar o monstro de Ness. Logo depois de chegar ao lago, Wetherell encontrou algumas pegadas estranhas de uma criatura de quatro dedos na lama perto da água. Wetherell fez moldes de gesso e as enviou para o Museu de História Natural de Londres. Enquanto o mundo aguardava a análise do Museu, centenas de caçadores de monstros e turistas apareceram na região. Infelizmente, depois de algumas semanas, o Museu anunciou que as pegadas não eram a de um monstro desconhecido, mas de um hipopótamo. Aparentemente, Wetherell havia sido enganado. Também havia marcas feitas por um guarda-chuva ou cinzeiro. O Daily Mail ficou indignado e ridicularizou e humilhou Wetherell.
9. O Pé Grande de Patterson
Ah, o Pé Grande. De todos os avistamentos e histórias envolvendo essa criatura, a mais icônica “prova” de sua existência foi a filmagem de 1967 de Roger Patterson e Robert Gimlin. Nenhum deles admitiu a falsificação do filme (Patterson morreu em 1972) e, apesar de muita análise, as imagens nunca foram definitivamente refutadas. Ainda assim, esse item merece estar nessa lista porque, se o Pé Grande for real, onde ele está agora e porque só foi visto por duas pessoas uma única vez?
10. As Irmãs Fox
Praticamente popstars na América e Europa na década de 1850, Leah, Maggie e Kate Fox alegavam ser médiuns que conversavam com os mortos através de “batidas” em uma mesa. Sua fama foi grande, mas não duradoura. Em 1888, depois de passar por problemas financeiros, Maggie admitiu publicamente que tinha fingido seus poderes o tempo todo. [io9]
3 comentários
Uri Geler não era médium e sim paranormal. Há uma diferença entre mediunidade e capacidade medianímica.
Na verdade, não era nenhum dos dois.
O Pé Grande, se não for uma farsa, pode ser um homem adulto alto e obeso com Hipertricose severa, vivendo recluso no meio da floresta.