Estudo na Amazônia descobre 381 novas espécies em dois anos, e há provavelmente muitas mais esperando por nós

Pesquisadores descobriram nada menos que 381 novas espécies durante um estudo de dois anos na região amazônica.
A imagem acima, por exemplo, exibe uma nova espécie de macaco zogue-zogue, apelidada de “rabo de fogo” por conta de suas caudas vermelhas distintas.
O relatório do órgão de conservação WWF em conjunto com o Instituto Mamiraua para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil disse que, em média, uma nova espécie foi descoberta a cada dois dias na Amazônia.
Momento oportuno
Todos os animais e plantas recentemente descobertos foram encontrados em áreas com risco.
Ricardo Mello, coordenador do programa WWF Brazil Amazon, disse que o fato de os pesquisadores encontrarem centenas de espécies é prova de que há muito mais trabalho a ser feito na região.
Ao mesmo tempo, Mello advertiu que a atividade humana, como a agricultura e a exploração madeireira, representam um risco para a flora e a fauna da Amazônia.
“Todas as espécies que foram descobertas, todas as 381, estão em áreas onde a humanidade está destruindo a Amazônia. Isso é muito importante para nós, porque liga o fato de que nossas atividades econômicas estão causando a extinção das espécies antes mesmo de sabermos sobre elas”, afirmou ao portal BBC.
O relatório vem em um momento de discussão acalorada no país sobre o uso de reservas naturais para atividade comercial. Na quarta-feira, um tribunal suspendeu o polêmico decreto do governo Temer abrindo a vasta reserva de Renca para mineração. O governo disse que apelaria contra a suspensão.
As novas espécies
A floresta amazônica, a maior do mundo, é famosa por sua diversidade de espécies e habitats.
Mais de 2.000 novas espécies foram encontradas nesse ambiente rico entre 1999 e 2015. O novo relatório é o terceiro de uma série e cobre os anos 2014 e 2015.
Entre as novas descobertas, estão:
- 216 plantas anteriormente desconhecidas;
- 93 peixes;
- 32 anfíbios;
- 20 mamíferos;
- 19 répteis;
- 1 pássaro.

Papiliolebias ashleyae é uma das 93 espécies de peixes descobertas entre 2014 e 2015.

O boto-do-araguaia foi a primeira nova espécie de boto a ser descoberta desde o fim da Primeira Guerra Mundial.

Rapazinho-estriado-do-oeste (Nystalus obamai) foi a única nova espécie de pássaro a ser descoberta durante o estudo de dois anos.

Maratecoara gesmonei foi encontrado em uma piscina natural temporária em uma ilha no meio do rio Xingu.
1 comentário
Logo logo não tem mais nenhuma espécie destas vivas pois o nosso nobre presidente vai liberar a Amazônia para ser explorada pelas empresas.